Autoritarismo x Autoridade
A NECESSIDADE DA PROPAGANDA
“É possível que em nosso país nem tudo ande como deveria andar.
Mas ninguém pode negar que a propaganda é boa.
Mesmo os famintos devem admitir
Que o Ministro da Alimentação fala bem (...)
Um bom propagandista
Transforma um monte de esterco em local de veraneio.
Quando não há manteiga, ele demonstra
Como um talhe esguio faz um homem esbelto.
Milhares de pessoas que ouvem discorrer sobre autoestradas
Alegram-se como se tivessem carros.
Nos túmulos dos que morreram de fome ou em combate
Ele planta louros. Mas já bem antes disso
Falava de paz enquanto os canhões passavam.
Somente através da propaganda perfeita
Pode-se convencer milhões de pessoas
Que o crescimento do exército constitui obra de paz
Que cada novo tanque é uma pomba da paz
E cada novo regimento uma prova de
Amor à paz.
Mesmo assim: bons discursos podem conseguir muito
Mas não conseguem tudo. Muitas pessoas
Já se ouve dizerem: pena
Que a palavra ‘carne’ apenas não satisfaça, e
Pena que a palavra ‘roupa’ aqueça tão pouco.
Quando o Ministro do Planejamento faz um discurso de louvor à nova impostura
Não pode chover, pois seus ouvintes
Não têm como se proteger.”
O uso do Poder deve conduzir ao Respeito e não ao Medo. Quando se usa o poder com Autoridade se obtém Respeito. Quando se usa o Poder com Autoritarismo se produz o Medo.
A maior parte do poder do autoritarismo é concedida voluntariamente. Em tempos como estes, as pessoas calculam com antecedência o que um governo mais repressivo pode querer, e muitas vezes oferecem sua adesão sem que sejam solicitadas. Um cidadão que procede dessa maneira está ensinando ao poder o que ele pode fazer.
Um dos maiores valores morais da advocacia encontra respaldo na defesa daqueles que se invertem em vítimas pelo injusto penal transfigurado de medida certa aplicada, no qual o absurdo jurídico em detrimento do “justo” tem “fundamento” arbitrário em cunho pessoal doentio, o vingativo social, dos hipócritas obcecados por impelir a “justiça com as próprias mãos”, seja por atos mais simples, ante os sórdidos e às escondidas,a exemplo se negar informação jurídica quando solicitada a quem deva informar.
A inspiração pode vir de qualquer lugar. O poder autoritário que inspira os revolucionários, a natureza que inspira os monges, o sol nascente que faz o padeiro levantar todas as manhãs. O poeta de cigarro e café vê a poesia em sua própria existência, sendo ela feliz ou triste. A mente que produz tanta inspiração é tão importante quanto alma a qual ela inspira.
Não é o autoritarismo que demonstra poder, mas sim reconhecer as outras pessoas e trata-las de igual para igual, um ser livre, que pensa e tem suas necessidades.
O poder autoritário te faz bem?
Ninguém foi feito para apanhar!
Cair e levantar estando na atividade...
Se sentir bem é puramente o fruto da Opressão,
Sempre olham desconfiança,
Perseguição,
Para meias verdade não existe o caos.
Ordem deve ser mantida...
Virtude que te mantem cativo...
Sua opinião não existe num mundo de liberdade...
Todo ditador político é autoritarista, um líder carismático negativo, soberbo, controlador de poderes, narcisista, paranoico, manipulador, tem medo do que é correto, aversão à verdade, promovendo culto a si mesmo, rebelião, perseguidor, irresponsável diante da justiça e dos direitos sociais, irresponsável pela administração pública, civil e militar, além de boicotar toda e qualquer ideia contrária à liberdade, igualdade e fraternidade, apto à censuras, um ativista de ódio contra à democracia, corrupto e promotor do ódio, incompetente para trazer a paz, a economia, o trabalho digno para o crescimento e o bem-estar social do povo e da nação, que jurou protegê-la e se fracassou com tiranias, corrupções e poder em sua duvidosa eleição.
O DITADOR
Se eu fosse o ditador da Síria, da Líbia ou do Iêmen
– lutando pelo poder –
não atiraria balas, não lançaria bombas:
a revolução não se curva às armas.
Eu atiraria rosas, lírios e tulipas,
recitaria poemas e entoaria canções:
eu mataria de amor.
Se eu fosse o ditador do Egito, do Iraque ou da Jordânia
– lutando pelo poder –
não atiraria balas, não lançaria bombas:
a revolução não se curva às armas.
Eu lembraria histórias, causos e mentiras,
compraria um circo e contaria piadas:
eu mataria de rir.
Se eu fosse um sangrento ditador,
eu deixaria de ser um sangrento ditador.
Não atiraria balas, não lançaria bombas, não faria nada:
eu mataria de tédio.
O equívoco maior é daquele que busca o poder deste modo: só persegue a expansão do próprio nome e, como diz Canetti, na tentativa perpetuamente renovada de fazer seu nome conhecido, precisa tornar o dos outros, e do Outro ignorado
A UNIVERSIDADE EM QUESTÃO
”O mundo verá o futuro trágico daqueles que usam o poder para impor a tirania. O fim desses ditadores será igual ou ainda pior do que o dos tiranos do passado. Nós viveremos, e nossos olhos testemunharão o fim dos algozes.”
Não grite, achando que vai impor autoridade. Ao gritar com alguém ao invés de ser autoritário, você perde o respeito.
O que usa o nome de Deus para legitimar seu autoritarismo perverso, apenas manifesta os demônios que vivem em sua própria alma.
Autoridade é influência.