Tereza Lima
A tarde cai serena, o sol já se despede,
E a sombra longa esvoa sobre o chão que pisei.
Em cada brisa fria que a alma, triste, sente,
Um pensamento aflora que o tempo não desfez.
Soneto da Brisa e o Destino
A brisa que murmura,
em seu velado véu,
Traz sons de um passado que o tempo não desfez.
No vasto azul do sonho,
a buscar o teu céu,
Minha alma, em doce anseio, na canção se refaz.
A cada flor que nasce,
no orvalho matinal,
Um verso se revela,
num canto que me traz
A essência mais pura
do amor primordial,
Que em cada gesto aflora
e me inunda de paz.
E o coração, pulsando
na espera que me invade,
Desenha em teu sorriso
um eterno querer.
A solidão se esvai, finda a velha saudade.
Pois em teus olhos vejo
o sentido do ser,
A luz que me ilumina
em toda a adversidade,
O porto que me acolhe
e me faz florescer.
Soneto da Alma
E, por fim, a alma fez-me entender,
Que em cada verso o sopro se fez lei,
Qual brisa mansa que em ti me encontrei,
E o riso meu, constante, a florescer.
Floresceu a tarde, em névoa a entardecer,
Na fria calma, o corpo a desejar
O aquecer terno que se faz do olhar,
No teu abraço que me faz viver.
Entrego o tempo, em melodia e luz,
Ao ritmo calmo que me fez saber,
Que a vida em ti, só em ti, me seduz.
E as tuas mãos, que vêm me aquecer,
São o refúgio, a paz que me conduz,
Num campo eterno de puro bem-querer.
Vilanela: Lírio Frontera.
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes,
Leva-me em fluidos aos Alpes, tão leves,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.
Como almas que em ti pousam, dançantes,
Teus risos, em meu peito, velhas chaves,
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes.
Nunca finda meu amor, são só desafiantes,
Teus sorrisos iluminam caminhos breves,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.
Por entre flores, entre sonhos, viajantes,
Seus sons na brisa trazem desejos leves,
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes.
A cada dia, eu me lanço sem instantes,
A vida é um quadro que você escreve,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.
E se voltas a mim, num abraço, constantes,
A beleza que encontras, em mim não se atreve.
Lírio Frontera, com suas cores vibrantes,
Em leve aroma perfumado, refletindo instantes.
Oceano da Vida.
A vida é troca, é fluxo, é mar,
mas não se doa o infinito
a quem só sabe contar
gotas no vazio.
Por que mergulhar em águas rasas,
se tua voz é profundeza?
Não te perdas em ondas falsas,
Guarda teu sal na pureza.
Cultiva a terra que te entende,
regando raízes firmes,
Quem te escuta, te compreende,
e não te reduz a murmúrios banais.
Há quem venha com o oceano,
e em teu copo não te afogas,
Esse sim, é irmão,
esse merece tuas delicadezas.
Soneto: A Íris Pura.
Tens a graça no olhar, sinfonia funda,
De um cálice rubro, lírio em esplendor,
Na voz silenciosa e pura, sem rumor,
Qual floresta que o verde abundância inunda.
Da pureza de sua face, que me inunda,
Onde recebo os braços do amor,
Sentimentos que jorram, sem dor,
Qual púrpura lagoa que me aprofunda.
Da Íris finda, sensível como a rosa,
Que na pedra nasceu, forte e divina,
Expressão de beleza tão gloriosa.
Em teu ser, a canção que me acalina,
A perfeição da forma venturosa,
A alma que em meu peito se abarracina.
Ao Coração Do Oceanos, Meu Filho. Deixo-te meus Poemas.
30.06.2025
Ausência.
Em meus sonhos, hoje dormiras comigo
Eu te seguirei sempre, minha alma em tua ancia,
Como a lua que segue no céu contigo,
Meu amor, eterno e fiel, sem mácula.
No silêncio da noite, juntos sonharemos
E nas estrelas, nosso destino traçaremos
Nossas almas unidas, assim viveremos
Para sempre juntos, nunca nos separaremos.
Nossos sonhos entrelaçados, um só coração
Na dança eterna do amor, seremos um só
Nada poderá quebrar nossa ligação.
Em meus sonhos, hoje dormiras comigo
E pela eternidade, meu amor te seguirá
Nenhum obstáculo poderá nos deter, meu amor.
A tarde se vai, plena de lembranças tuas, invade m'alma,
Como um renascer de uma primeira ascendente ,
A ouvir a voz que segue no ritmo belo e pleno,
Iguala_se como o florescer de um lírio de amor e paz.
Sentimento cá em mim, floresceu,
Qual semente plantada com meigo acalanto,
Oh, meu amor, teu olhar singelo e doce, a florescer,
Como orvalho matinais, como um sol resplandecente.
Mas os ventos alados, levou_te de mim,
como nuvens que passam, em singela e morna tarde,
deixando teu olor no ar meu, a borbulhar nesta saudade.
Hoje olhei e reguei nosso lírio, nesta dor em meu ser,
olhei o céu de cor azul, embacando meu olhar,
ouvi o canto do passaro, em tons sensíveis a perguntar_me!
O quer que há? Vim cantar para ti, minha flor.
Por sua jovem conduta, és vento que viaja sem rumo, mesmo assim, pergunta-te por que não vives sem mim!
Sou teu abrigo e segurança, meu moranguinho, teus ais são um arco-íris.
