saramago

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A arte não se inventa. ela Nasce e parece não ter fim

Inserida por carlossaramago

É de todos conhecidos, porém, que a enorme carga de tradição, hábitos e costumes que ocupa a maior parte do nosso cérebro lastram sem piedade as idéias mais brilhantes e inovadoras de que a parte restante ainda é capaz...
(O homem duplicado)

Inserida por EmOutrasPalavras

Posto diante de todos estes homens reunidos, de todas estas mulheres, de todas estas crianças (sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra, assim lhes fora mandado), cujo suor não nascia do trabalho que não tinham, mas da agonia insuportável de não o ter, Deus arrependeu-se dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de contrição, quis mudar o seu nome e para um outro mais humano. Falando a multidão, anunciou: “A partir de hoje chamar-me-eis Justiça”. E a multidão respondeu-lhe: “Justiça, já nós a temos, e não nos atende”. Disse Deus: “Sendo assim, tomarei o nome de Direito”. E a multidão tornou a responder-lhe: “Direito, já nós o temos, e não nos conhece”. E Deus: “Nesse caso, ficarei com o nome de Caridade, que é um nome bonito”. Disse a multidão: “Não necessitamos caridade, o que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite.”

José Saramago
SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Inserida por andretuffy

O meu atelier é onde eu quiser.

Inserida por carlossaramago

A minha arte tem que provocar quem vê, quero que as pessoas sintam admiração ou recusa

Inserida por carlossaramago

"... enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém, o sono vence, talvez para nosso sossego e descanço, paz à alma dos vivos"

Inserida por dia_marti

⁠Que dirá a vizinhança quando der por que já não estão aqui aqueles que, sem morrer, à morte estavam.

(As intermitências da Morte)

Inserida por JPVercosa

«Se um morto se inquieta tanto, a morte não é sossego, Não há sossego no mundo, nem para os mortos nem para os vivos, Então onde está a diferença entre uns e outros, A diferença é uma só, os vivos ainda têm tempo, mas o mesmo tempo lho vai acabando, para dizerem a palavra, para fazerem o gesto, Que gesto, que palavra, Não sei, morre-se de não a ter dito, morre-se de não o ter feito, é disso que se morre».

Inserida por dia_marti

"... como se a imagem dele se fosse desvanecendo com a memória que dele tem, ou melhor, é como um retrato exposto à luz que lhe vai apagando as feições, ou uma coroa mortuária, com as suas flores "

Inserida por dia_marti

⁠⁠Eu me pergunto se gostaria que meu nome fosse apenas uma assinatura em uma tela ou lembrado para sempre

Inserida por carlossaramago

Não há uma língua portuguesa, há línguas em português.

José Saramago
Língua – Vidas em Português (2001).
Inserida por pensador

Há um mal econômico, que é a errada distribuição da riqueza. Há um mal político, que é o fato de a política não estar a serviço dos pobres.

José Saramago
SARAMAGO, José. Saramago vem ao Brasil falar contra a cegueira da razão. [Entrevista concedida a] José Geraldo Couto. Folha de S.Paulo. São Paulo, 27 jan. 1996.
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Inserida por TioTigasSilva

⁠A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.

José Saramago
Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
Inserida por figueiredoanna

O tempo das verdades plurais acabou. Agora vivemos no tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto. Vivemos na mentira, todos os dias.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por Ketteiteki

A vida, que parece uma linha reta, não o é. Construímos somente uns cinco por cento da nossa vida, o resto fazem os outros, porque vivemos com os outros e às vezes contra os outros. Mas essa pequena porcentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

O único valor que considero revolucionário é a bondade, que é a única coisa que conta.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

A minha posição é de constante interrogação.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

A nossa vida é feita do que nós fazemos por ela, e do que temos que aceitar dos outros.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

A felicidade é apenas uma invenção para tornar a vida mais suportável.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Utopia é uma coisa que não se sabe onde está, nem quando virá nem como se chegará a ela. A utopia é como a linha do horizonte: sabemos que, embora a persigamos, nunca chegaremos a ela, pois a cada passo ela se distancia mais, colocando-se fora, não do alcance dos olhos, mas do nosso alcance.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Não há nenhum caminho tranquilizador à nossa espera. Se o queremos, teremos de construí-lo com as nossas mãos.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Incutiu-se em nossas mentes essa nova ideia segundo a qual, se você não consome, você não é nada. E é tão mais quanto mais for capaz de consumir. Se o ser humano vê a si mesmo como um consumidor, todas as suas capacidades diminuem, pois todas serão colocadas a serviço de uma possibilidade cada vez maior de consumir.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Nada está definitivamente perdido, as vitórias se parecem muito com as derrotas, no sentido de que nem umas nem outras são definitivas.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

Se o escritor tem algum papel, é o de incomodar.

José Saramago
As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Inserida por pensador

A maior dificuldade para chegar a viver razoavelmente no inferno é o cheiro que lá há.

José Saramago
Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador