Coleção pessoal de TioTigasSilva

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Eu Sou o Obstáculo

Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.
Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.
O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio -, a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.
Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento.
Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar. Mas nós somos a barreira. Nós não podemos nos desviar – quem vai desviar-se de quem? Nossa barreira somos nós e nos seguirá como uma sombra. (...) Esse é o ponto onde nós estamos – juntos da água, quase mortos de sede. Mas alguma coisa nos impede, porque nós não estamos saltando para dentro. Alguma coisa nos segura. O que é? É uma espécie de medo. Porque a margem é conhecida, é familiar e pular no rio é ir em direção ao desconhecido. (...) O medo sempre diz: “agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido”. (...)
E as nossas misérias são habituais. (...) Nós vivemos com elas por tanto tempo e nos agarramos a elas como se fosse um tesouro. O que nós temos conseguido com isso? Será que não podemos renunciar às nossas misérias? Já não vivemos o bastante com elas? Será que já não nos mutilaram demais? O que nós estamos esperando? (...)

Esse é o caso de todos nós. Ninguém nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como uma semente e nós como uma flor. Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo. Portanto, não continuemos a jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter autopiedade. Fiquemos atentos. Abramos os olhos.

Um plano, como uma árvore, deve ter muitos ramos se for produzir frutos. Um plano com apenas um objetivo é como um poste liso.⁠

A adaptação da direção do esforço em relação ao grau de resistência oferecido pelo inimigo ocorre por meio da exploração dos pontos fracos de seu dispositivo.⁠

Colocar o inimigo em um dilema: se ele age em um flanco, ele deixa o outro descoberto, e vice-versa.⁠

Todo plano de campanha deve incluir diversas variantes de modo que pelo menos uma delas tenha sucesso.⁠

Deve-se estabelecer sempre dois objetivos distintos para garantir o sucesso, e um deles deve ser oculto. Se o inimigo tem conhecimento certo do objetivo do adversário, as chances de defesa são as melhores possíveis.⁠

⁠A economia de forças consiste em reunir todos os recursos em um local específico e, a partir desse ponto, empregar todas as tropas.

O propósito da ação diversionária é privar o inimigo de sua liberdade de movimentação.⁠

Normalmente, a ação destinada a provocar o desequilíbrio do inimigo é precedida por outra ação diversionária, cujo propósito é desviar a atenção do inimigo para outro local.⁠

A linha de menor resistência é a linha de ação menos provável.⁠

A ação direta empurra o inimigo em direção às suas reservas, seus suprimentos e seus reforços.⁠

O ato de virar desequilibra tanto um exército quanto um indivíduo. O cérebro humano é muito mais sensível a qualquer ameaça vinda por trás.⁠

O desequilíbrio psicológico surge da sensação de estar cercado.⁠

Os estrategistas habilidosos se posicionam em uma situação vantajosa antes da batalha.⁠

O objetivo da estratégia é criar desequilíbrio.⁠

A batalha é apenas um dos meios para se alcançar os objetivos da estratégia.⁠

A derrota sofrida por Belisarius (...) ao ceder aos desejos de suas tropas de buscar uma "vitória decisiva" –depois que os persas já haviam desistido (...) – é um exemplo claro de esforço e risco desnecessários.⁠

A finalidade da estratégia é reduzir a probabilidade de resistência, seja por meio do movimento ou da surpresa. (...) O movimento gera a surpresa, que, por sua vez, impulsiona ainda mais o movimento.⁠

A razão mais comum para adotar uma estratégia de alvo limitado é a de esperar uma mudança no equilíbrio de forças – uma mudança muitas vezes procurada e alcançada drenando a força do inimigo, enfraquecendo-o aos poucos, em vez de arriscar golpes. A condição essencial dessa estratégia é que o desgaste sobre o oponente deve ser muito maior do que o desgaste sobre as próprias forças. O objetivo pode ser alcançado atacando seus suprimentos; realizando ataques locais, que aniquilam ou infligem perdas desproporcionais a partes da sua força; indução do inimigo para ataques inúteis; causando uma distribuição excessivamente ampla de sua força; e, não menos importante, esgotando sua energia moral e física.

A queda dos Estados civilizados tende a resultar menos de ataques diretos de inimigos do que da decadência interna, combinada com a exaustão na guerra.⁠