Oscar Wilde

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Devia-se estar sempre apaixonado. É a razão pela qual nunca nos devíamos casar.

Nenhum grande artista vê as coisas como realmente são. Caso contrário, deixaria de ser um artista.

A moderação é uma coisa fatal (...). Nada tem mais sucesso do que o excesso.

Não quero adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.

O homem pode suportar as desgraças, elas são acidentais e vêm de fora: o que realmente dói, na vida, é sofrer pelas próprias culpas.

Há apenas um tipo de comunidade que pensa mais em dinheiro do que os ricos: os pobres. Os pobres não conseguem pensar em mais nada.

Quando a mulher se casa novamente, é porque odiava o primeiro marido. Quando o homem volta a se casar, é porque adorava a primeira esposa. As mulheres tentam a sorte; os homens põem em risco a sua.

Meu gosto é muito simples. Gosto do melhor de tudo.

O amor das mulheres casadas é o mais digno do mundo, só que os próprios casais não sabem disso.

Nenhum homem é suficientemente rico para comprar o seu passado.

Abandonaríamos muitas coisas, se não tivéssemos o receio de que os outros as recolhessem.

Toda a mulher acaba por ficar igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia. Nenhum homem fica igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia.

Os homens casam-se por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem.

Oscar Wilde
O Retrato de Dorian Gray (1890).

Posso partilhar tudo, menos o sofrimento.

A música cria para nós um passado que ignorávamos e desperta em nós tristezas que tinham sido dissimuladas às nossas lágrimas.

As mulheres permanecem sempre crianças que vivem à espera de algo.

Feliz sou porque amo e sou amado
Sem ter que alterar nem ser alterado.

Sou o que sou, e quem me apontar
Os excessos medirá os que são seus;
A prumo talvez eu esteja, e eles vergados;
Os seus pensamentos não denunciam os meus atos.

Cada um de nós para o tempo em busca do segredo da vida. O segredo da vida está na arte.

Posso perdoar a força bruta, mas a razão bruta é uma coisa irracional. É bater abaixo da linha do intelecto.

Deixem-me dizer-vos neste momento que não fazer nada é a coisa mais difícil do mundo, a mais difícil e a mais intelectual.

A verdade não é complexa, nós é que somos.

Influência boa não existe.

Estamos todos na sarjeta, mas alguns de nós estão olhando para as estrelas...

Balada do Cárcere de Reading
(...)
Eu soube, então, a idéia lacerante
que o atormenta, e o faz correr,
e o faz olhar, tristonho, o céu radiante,
radiante, e alheio ao seu sofrer:
de matou aquela que adorava,
- por causa disso vai morrer.

No entanto (ouvi) cada um mata o que adora:
o seu amor, o seu ideal.
Alguns com uma palavra de lisonja,
outros com um duro olhar brutal,
O covarde assassina dando um beijo,
o bravo, mata com um punhal.

Uns matam o Amor, velhos; outros, jovens;
(quando o amor finda, ou o amor começa);
matam-no alguns com a mão do Ouro, e alguns
com a mão da Carne — a mão possessa!
E os mais bondosos, esses apunhalam,
- que a morte, assim, vem mais depressa.

Há corações vendidos, e há comprados;
uns amam, pouco, outros demais;
há quem mate a chorar, vertendo lágrimas,
ou a sorrir, sem dor, sem ais.
Todo homem mata o Amor; porém, nem sempre,
nem sempre as sortes são iguais."
(...)

A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida.