Múcio Bruck

151 - 175 do total de 258 pensamentos de Múcio Bruck

É no jardim do desamor que floresce a dor...


Lembra-se daquele tempo em que me fazias sorrir?
Nunca se atrasava e, por vezes, trazia-me algo
Uma manuscrito em rima, um bombom, uma flor
Mas, o principal, você se trazia inteiro, completo



Lembro-me de seu olhar e perfume a cada chegada
E durante o tempo passado juntos, de cada seu toque
Fazias de mim, merecedora do paraíso havido em nós
Sentia ser normal, viver a paz e a vida de bem querer


Desapegos materiais me vieram naturalmente
Cedi aqui, ali, abri mão de egos, nada que um dia
Falta fizesse ao meu eu e me senti mais gente
Mais bem vinda em mim mesma, mais mulher


Por isso, já não me reconheço no espelho
Essas marcas que deixaste em meu corpo
Não são minhas, são resultado de incompreensões
De esquecimento de quem somos e nos tornamos


Meu sangue não deveria sair de minhas veias
Me ser retirado pela insana e violenta ação sua
Meus braços, acolhem o resultado de sua ira
Que desejo insano é esse de admirar minhas lágrimas¿


O que ficou por ser dito?
O que já não te alegra em nosso amor sonhado
Se é que o amor sobreviveu à sua mão espalmada
Sou frágil, sou aquela que te espera, que se entrega


Vago assustada, só e ferida e não sei explicar
Em qual momento de minha... nossa jornada
Seu amar, carinho puro e fiel, se tornou gelo
E a alquimia de minha alegria, virou pesadelo

Inserida por mucio_bruck

Morando em ti...

Conheço bem o afeto de seu coração
Seu pensar, seus desejos e penares
Em sua alva alma, que brinca com a minha
Reside-se-lhe a estrada de todo meu canto
Nele, respiro e encontro a luz de seu encanto
E em cada canto, semeio rimas e versos
E versando, me toma cissura de seu sim e não
Trago em mim um passarin, ânima de emoção
Por isso, não importa, se sua construção
É meu cativeiro, universo ou alçapão

Inserida por mucio_bruck

Morando em ti...



Conheço bem o afeto de seu coração
Seu pensar, seus desejos e penares
Sua alva alma, que brinca com a minha
Onde lhe reside a estrada de todo meu canto
Em cada canto, semeio rimas, versos e pranto
E versando, me toma cissura do sim e do não
Tenho em mim um passarin, ânima de emoção
Por isso, não importa, se sua construção
É meu cativeiro, universo ou alçapão
Nele, respiro e encontro a luz de seu encanto

O Que Fizeste de Ti?


O que passa por sua cabeça?
O que dizem seus pensamentos
Quais as suas certezas e desejos?
Que sanidade fias que trás em si?


Roubas de ti os próprios cabelos, a barba
Veste-se como reles e inglório apátrida
Se encanta com desenhos insanos na pele
Desses que expõem símbolos de violências


O que pensas sobre ti e tua honra?
Que hombridade lhe restou nos anos
De amor, a ti dedicados, por mim e teu pai?
Que valia teve alegrias e dores a cuidar-te?


Trago ainda, de tua infância, tanta saudade
Seu carrinho azul, sua bola de meia
Hoje, trocados por tatuagens de símbolos
Que ao mundo, remontam ao terror e maldade


Que amigos lhe são caros e íntimos?
Os intolerantes? Os racistas? Os covardes?
Tenho por ti sentimentos de amor de mãe
Mas, não reconheço-te, saído de meu ventre

Inserida por mucio_bruck

Se fosses uma rosa, seria eu, um verso alado a viajar no colo da brisa, em direção à inspiração que reside no olhar do poeta!

Inserida por mucio_bruck

Era uma vez...


Havia na montanha do Verdouro
Uma caverna, iluminada à luz de vela
Morada de um mago centenário
Magro, estranhas vestes, solitário



Tinha apego por flora, gosto por fogueiras
Pelas fases lunares a se revezarem curiosas
Pelo brilho prateado das estrelas a reluzirem
Pelos traçados admiráveis das nebulosas



Um ancião dado a pescarias e fusões
Houve um dia que roubou do horizonte a linha
Uma ponta, amarrou em seu cajado
A outra, na calda de um cometa apressado



E deitado numa encosta, observando o céu
Planejou fisgar um “tantin” de breu
E nele, aprisionar os ais dos lamentos
As ações dos maus e os piores momentos



Era decisão decidida e sem volta
Era seu querer, eternizar o viver
De cada alegria que suprimisse o sofrer
Para que a vida vivesse feliz por vida ser



Sofria ele as dores que trazem o saber
Pois ouvia da natureza cada querer
Distante da evolução da modernidade
Resoluto, reinventava a paz a cada idade

Inserida por mucio_bruck

Sou Brasileira...


Sou uma mulher de minha época
Meus pais, filhos de ditaduras e semitismos
Jamais se abateram ou se entregaram
Conheceram o terror, as perseguições, a fome


Sou uma mulher de minha época
A criança que fui, assistia o que não entendia
Brincava do que queria, com imaginárias amigas
Com bonecas de pano, ilusões e rabiscos em folhas


Sou uma mulher de minha época
Sou filha, sou mãe, esposa e dona de meu passado
Senhora de meus desejos, mas temo o por vir
Temo que toda luta pela liberdade tenha fracassado


Sou uma mulher de minha época
Conheço os resultados aterrorizantes
Inda pulsantes na memória da humanidade
Temo racistas, ditadores e atos de crueldade


Sou uma mulher de minha época
Uma gota num mar adverso de uma nação
Sou racional e aos que amo, dou amparo
Por isso, não darei minha pátria a Bolsanaro

Aprendendo com o passado...


É, não seria pedir muito!
Vir a ter bom sono... fiar no poder do bem
Acordar sem ver minha gente aos lamentos
Andando sem rumo, como gado a pastar


Que fosse curricular a história da humanidade
Aprender sobre reis, faraós, ditadores e heróis
Entender os diferentes regimes de governos
Monarquia, ditadura e democracia


Não mais prantear tenebrosos ocorridos
Nutrir amor próprio e pelos iguais
Saber que profundas feridas se curam
Que traumas, são sequelas inevitáveis


Fazer do passar dos dias, tempo de bem viver
Ter fé que a humanidade ainda se dará conta
Que nela, milhões de pessoas não se anularam
E deram suas vidas por um e por todos nós


Morreram sós e às centenas
Sem abandonar um sonho
Sem deixar de lado a coragem
Que tantos, por medo, a negaram


A democracia não é nenhum achado
A monarquia, nada decide, não tem voz
A ditadura, governa com punho de ferro
Dá vida ao terror que abraça uma nação

É, não é pedir muito!
Ter direito ao respeito
Saber que mais vale amar
Ter um lar, trabalho e poder sonhar

Inserida por mucio_bruck

Respeito, atenção, cuidado, carinho. É tão fácil doar e entregar ações e atos do bem que, quem recebe, é tomado pelo sentimento e a compreensão exata de tamanha generosidade. Jamais se tratou apenas de dependência, mas sim de acolhida, despertando desejos de reciprocidade! Isso só reforça o que disse o poeta: "amor é mais forte que a morte!".

Aprendi, num piscar de estrelas
Que a vida é uma viagem lenta, passante
Tem cores, dizeres, sorrisos e dores
Vem pronta para o certo e o errado também
Cabem nela esperanças e prazeres
Tristezas e desesperos passageiros
Mas, acima de tudo, no correr dos dias
A vida ensina que o bem pode ir sempre além

Inserida por mucio_bruck

Docente...



Era ela uma senhora de meia idade
Trazia em si, sabedoria milenar
De tantos acontecimentos passados
Que eclodiram no tempo... cada fato


Tinha intimidade com pensadores
De Aristóteles a Carlos Drumond
Dos deuses gregos aos criados magos
Sabia tudo do que se podia haver no mundo


Recitava soneto, cantava poesia
Narrava prosa com rara maestria
Olhava nos olhos de quem lhe vinha
E ensinava sobre o que no mundo havia


Era ela uma senhora de meia idade
Dona de si e de toda consciência e razão
Era pessoa sensata, capaz e serena
Era simples, modesta, cheia de paixão


Tinha amor pelo ofício que optara
Reunir crianças de toda raça e cor
Para ensiná-las, numa mesma sala
Que a vida é arte que fica e nada apaga

Inserida por mucio_bruck

A arte do Pangolelê...



A marcha compassada do Bertrano, era breve e indicava duas realidades: a idade já avançada do pardo cavalo e o peso da carroça que puxava, uma velha carroça coberta em lona colorida, tatuada em desenhos que remontavam à lembrança a magia da arte circense.

Era nela que o palhaço Bambolin, seguia à frente da caravana e nela, cabia tamanha alegria que ia do nariz de bolinha à peruca vermelha e todas as peças que ele vestia: roupas de cetim com formas de toda cor, todas bem cuidadas, guardadas em baús de madeira, que juntos, servia de cama para dormir, durante a viagem, a trapezista que também era atriz e não abria mão de fazer de sua arte, motivo para todo povo se emocionar e também, sorrir.

Circo sem bicho, sem cobertura, sem bilheteria, sem bancos nem cadeiras, sem hora nem lugar pro show que não pode parar.

As atrações eram tantas que cabia um mundo de sonhos na imaginação de menina, de menino, de gente grande, que viam nas trapalhadas do palhaço e no voo do homem bala, no estranho gigante João correndo atrás do anão trapalhão, na curiosa mulher de barba e se admiravam com Gismundo, o homem mais forte do mundo.

Mas havia um momento de tensão, a apresentação da bela trapezista, que também era atriz e, de um lado pro outro, recitava, cantava e encantava a plateia!

A cartomante, nascida em Lisboa, além de interpretar o que via nas cartas, “lia mão”, adivinhava o futuro e dizia que bastava um tostão pra pagar a adivinhação.

O circo Pangolelê, era itinerante! Tinha somente artistas da vida, operários da felicidade, gente que tinha por regra, a falta de regras, naqueles eternos minutos que a atenção que recebiam, em encanto se fazia.

Ali, não cabiam sentidos e nem lembranças de sofrer, e pelo querer, transportavam a plateia para um universo de emoção e ficção!

Inserida por mucio_bruck

Voz de pai...

É prá sempre
Não importa se serena ou severa
Se presente ou distante
Se dita ou calada

Voz de pai é pra sempre
Através dela, a gente entende
Porque a vida tem mais valia
Em dias de fúria ou de alegria

Voz de pai é pra sempre
Quando vigora ou se perde a fé
De tão prestante e calma
Prá ele, é voz... pra mim, é alma

Inserida por mucio_bruck

Melhor seguir só...


Soube amar-te como poucos souberam, enganastes meu coração inocente, sem guardas e entregue, queria esquecer muitas de suas falas, seus modos que vagam por aventuras! Desejava deixar o calor de seu corpo conversar com a febre do meu!

Erramos nós quando vivemos na vida do outro, acreditando que haveria futuro onde sua reciprocidade da entrega tinha afinidade com a infidelidade!

Inserida por mucio_bruck

Insanas Amarras...


Como podem tantas amarras se manterem
Atadas, por tempos a fio, de maneira tal
Que delas, jamais nos libertamos?
A gente já nem tenta, pois o tempo é passado
Num cenário que um dia, a intenção era atar nós
Algo quase umbilical... bendito amor sonhado
Num repente, tão explícito, férreo e claro
Desejo inquieto, seguro e sedento
Que não houve outro sentido sentimento
Que rompesse a relação eivada de valores
Pois a vida trás mais paixões que amores
Alguns trágicos, outros, desanimadoras armadilhas
Eternas no viajar lento da passada do vento
Invisíveis no vão de um universo de verdades
Umas, somente silhuetas, vazias e vãs
Valores vis sem fim, sem eira, sem raiz
E aquelas eternas, que nada as apagam
Sorte assim, nos doutrinam amar sem padecer

Inserida por mucio_bruck

Rara Maria...



Olha, Maria
Chegara em minha solidão
Desnuda da latência do pudor
Sem lamentos, sem sonhos, sem dor




Bela Maria
De alma tecida em retalhos de verdades
Estrela no olhar de muitas idades
Encanto que canta rimas e sã poesia




Pura Maria
Menina airosa, flor a desabrochar
Que no tempo lapidou e findou em alegria
Heroína num inverso de sorte que não merecia




Assim, Maria
Sendo seus atos e dias, magia renascida
Restou sincero, um caminho vivente
Não de interesses, mas de imensa valia




Uma estrada, Maria
Sem cercas, claras avenidas coloridas
Para abraçar o destino rogado
Iluminando o futuro, sanando o passado

Inserida por mucio_bruck

Armadilhas do amor...


Naquela tarde de outono
Sua decepção se socorreu em mim
Vieste decidida, em lágrimas e coragem
Num férreo desejo de necessitada acolhida
Seu corpo inquieto, alma e sentimento feridos
Buscavam bem mais que um abraço
Sofrias a dor da traição, da decepção
Imposta por aquele a quem se rendeste
Mais que isso, confiaste sua rica pureza
Cega, no acreditar de reciprocidades
De entrega de dedicação, paga com traições
Lembro de seu choro desiludido
Sua voz embargada, confusa
Olhar sem horizontes, sem esperanças
Bastou uma atenta escuta, doada atenção
Um carinho fora de hora, um beijo roubado
E uma nova esperança nascia ali
Sem enganos, sem trapaças... sorte sonhada
Num repente, o amor ferido sofrido e carente
Em meio a um querer acontecido, acolheu sincero
A surpresa gêmea de nos aceitar em sentimento

Inserida por mucio_bruck

Soneto de um Desejo...


Rosa de meu jardim, pérola rara, alva flor
Abrace meu penar com desejos de cuidados e amor
Preencha meus pulmões, invadindo-os com seu leve olor
Doe ao meu penar, o calor dos quereres de suas pétalas
Solte minhas amarras num suspiro de brando sonhar
Rosa de puro encanto, silente, inspire meu caminhar
Se a esperança atrasar, seja generosa, venha me cuidar
Troque meu pranto por alegrias e canto
Oh, silente jóia, que sob a lua desperta emoções
Contagie os poetas, os sonhadores e as paixões

Inserida por mucio_bruck

Passei parte da vida a "colecionar" amigos
Com o passar dos anos, poucos me restaram presentes
Uns mudaram de amigos, outros, nem chegaram a me ser
Trocar de amigos não é uma opção que há de se inculpar
Não há de se considerar a distância como abandono
Há sim, de se agradecer, ser feliz pela escolha do outro
Porque amigo é aquele que aceita e quer afinidade
É aquele que enseja uma boa e sincera reciprocidade
Diferente disso, não é amizade, é um bem querer
Reciprocidade é batizada como afeto, quando perto...

Inserida por mucio_bruck

22/11 - Dia do Músico


Seria uma quase heresia se eu citasse o nome de cada músico que admiro, seja por seu talento, seja pelo conjunto de sua obra, mas, especialmente, por ser músico! Numa melhor tradução, se pode afirmar, MÚSICO: “aquele que talha e constrói a arte, com paixão, devoção e talento. É o artista que conhece cada fibra da emoção viva no coração do outro e, por bem conhecê-las, as toca com delicadeza, e deixa sua marca tatuada em quem o ouve, emanando encanto e magia nos versos musicados que entrega, com graça e desejos de bem!
Meu carinho, respeito, admiração e gratidão a cada músico, operário da arte!

Universo de meu eu...



Viajas em mim, leve, alado, desnudo
Sem rumo, sem norte nem direção
Vives livre e sabes bem alcançar
Meu peito amante e descansar


Viajas em meus olhos como a canção
Que transita de meus ouvidos ao coração
És a brisa que sussurra a valentia
Do anjo que cuida e ilumina meu dia


Viajas em minhas ternas lembranças
Por meu jardim, em puro olor de jasmim
Chegando a tempo de ganhar meu tempo
Minha emoção e o bom, ganho sem fim


Viajas pelas estradas de meus sonhos
Não te importas em passar as estações
Já tantas e tantas vezes decoradas
Desde as que partem às já esquecidas


Viajas pelo eu, refletido no espelho
Sendo-me nas retinas aquele quem sou
Minhas geleiras, meus desertos, começo e fim
Desbravando a vida que segue viva em mim

Inserida por mucio_bruck

"O medo é uma "arma" que dispara em nós um "dispositivo" de alerta de auto defesa! É esse sentimento que multiplica, infinitamente, tudo o que somos capazes em realizar em ações de auto-defesa impensáveis, seja para nos proteger ou proteger aqueles que amamos! É no medo que nos agigantamos e nossa força se torna imensuravelmente maior e nos torna heróis de nós mesmos!"

Inserida por mucio_bruck

Antônimos...



Fazes impune a festa de seu carnaval
Leve, pés que quase não tocam o chão
Delicados, flutuam no compasso
De meu insano e apaixonado coração


Sem planos de ser aclamada ou quista
Com teu olhar fitando o vago vazio chão
Estrela da noite, quiçá, a mais bela que há
Metade brilho, metade cais e solidão


Voas no ritmo, com o passar dos janeiros
Atriz, dona dos suspiros de minha alma
Tens de mim o reverso de cada meu verso
Quase santo, quase herege, em mim imerso


Me tomo por desabitado em minha natureza
Fico a admirar-te, capitã de meu lamento
E parto, estradeiro, cafuzo, sem norte
Me entregando silente ao revés da sorte

Inserida por mucio_bruck

Soneto do despertar...


Já não cabe e nem mais interessa
Apontar culpas ou motivações
Desanuviar o que já se faz explícito
Importa é que em meu abandono
Sua ausência é minha dor e penar
É pranto que afoga verso e prosa
E tudo o que passo já não te importa
Porque fiquei só, bem antes da porta
Porque seu socorro se me ausentou
E o amor que era teu, dei ao meu eu
Foi então que se me abriu o horizonte
Trazendo o sol por trás do monte

Inserida por mucio_bruck

Aécius Nevulosu...


Aécius Nevulosu nasceu com uma grave doença
Ladrus corruptus pseudomaníaquis
Doença que somente se manifesta na fase adulta
E se caso venha a ter contato com a política
Desatento e sem saber portar tal enfermidade
Optou frequentar esse contaminado ambiente
Com pouco e breve contato nesses locais
Aécius, se pegou gravemente débil
Passou a apresentar os sinais e sintomas
Dessa rara e desventurada moléstia
Primeiro apresentou a febre Peculatis
Não havia cura e esses episódios duraram anos
Diagnosticados como incontidiles apropriades
E vieram as manias, sinais da grave patologia
Sintomas diversos se acumularam num repente
Nevulosu decidiu se auto tratar e assim o fez
Iniciou a busca pela cura fazendo planos
Se elegeu político, mudou de hábitos
Criou intimidades com porcentagens
E fez do 9 e dos pares de zeros sua distração
Gostou tanto que passou a colecioná-los
Admirador do vil metal e da pecúnia alheia
Se deu a tomá-los para si, sem cerimônias
Aécius jura, de pés juntos, que se curou
Na verdade, passou a fazer muitas juras
Mas, somente quando se precipitava em juízo
Nesse momento lhe vinha de pronto à fala
Em convulsos gatunites:
“Nunca declarei presente que ganhei”
E replicava: “Podem perguntar no partidão!”

Inserida por mucio_bruck