Múcio Bruck

26 - 50 do total de 258 pensamentos de Múcio Bruck

Contas...


Quando partir não deixe nada para trás
Nenhum batom, nenhuma foto
E nem seus ais
Não toque em nada do que você já me deu


Não leve o disco de Gardel
Não faça contas
O amor não subtrai, não se divide
Só se soma... não se trai


Se já não quer mais viver
De nosso amor é hora de partir
Quando a luz da manhã
Invadir os seus olhos vazios


E ao andar pela casa
Viajar em saudades de nós
Entender que geleira e amor
Não misturam ou combinam


Que fogueira e paixão
Prá quem ama é igual
Morrerás um pouco mais
Entre abraços, enganos e danos


Perceber que perdeu
A história
Que a vida
Te deu

Inserida por mucio_bruck

E dai?...


Foram tantas elas em pouca era
Bem mais haviam além de Stela's
De Lúcia's, loiras e indecisas Ana's
De Gih's, iguais a Tiana's que morenas eram


E se tantas delas vieram e se foram
Partiram, porque um dia chegaram
E se assim se deu, era para assim ser, e foi!
E eu amei cada chegada e pranteei toda partida


Mas o tempo passou como tudo passa
O rio leva suas águas, a chuva, lava as ruas
As folhas se deitão no chão dos outonos
A vida, vive seus dias nos dias de si mesma


Foram tantas e tantas as noites estreladas
Os dias de sóis e de vento soprando brisas lentas
E nessa estação de chegadas e partidas
O coração, errou seu norte e riu-se de si

Inserida por mucio_bruck

Em nome de Deus...


Sou semente de milagre milenar
Brotada criança do ventre de mãe forte
Menino somado de verbo e esperança
Que a sorte desdenha e a dor já não alcança


Sou filho de muitas aldeias
E de todos os mundos
Trago no peito todas crenças
E no sangue frágil, um sonho que teima


Não tomo a fome por inimiga
Nem o sol, por castigo
Das defesas, que me são poucas
A tez é a de mais orgulho e valia


Meu melhor emana de meu olhar
É ele que fere de vida qualquer morte
É ele que leva o perdão que entrego
Aos dias da infância que não visitei

Inserida por mucio_bruck

Enquanto dormia...


Um anjin
Que bem me queira
Me ensinou que noite
É o avesso do dia


Que toda rosa
Tem espinho e magia
Que, se pra alguns
Lua é corpo celeste
Pra outros, é queijo...
Ou astro de inspirar poesia!

Inserida por mucio_bruck

Então...

Minha juventude foi meia que vigiada
Não que tivesse desgostos ou incertezas
Tive meus dias de segredos e quietudes
Como outros de venturas e alegrias


Lembro que meu pai conversava por gestos
Entendia tudo o que seus braços e mãos diziam
Até mais que sua voz rouca e meio confusa
Sua fala beirava um português desafiador


Me apaixonava facilmente por seres conhecidos
Animais, flores e até pelo que não conhecia
Recitava poesias pra plantas e pra mim mesmo
Residia ali meu atalho às descobertas... à magia


Os dias vividos me trouxeram mais que poesia
Me peguei amando ainda adolescente
Juntei forças e fiz de amor planos de ter um lar
E nele, me perder dos ais e só amar

Inserida por mucio_bruck

Faltou bailar...

Não sei maneira tal de esquecer
O fim de nossa inesperada história
Naturalmente, qual uma semente
Brotou em meio a iguais desigualdades


Parei de contar as noites passadas juntos
Quando mil e uma já haviam corridas
Lembra da cicatriz em sua perna?
Do cinema, teatro, shows, da taberna?


Lembra das pintinhas espalhadas
Do rosto aos joelhos e suas eram?
Sei-lhes a forma e contei cada uma
E assim, sem pressa, te descortinei


Eram simples e longas as cartas
Que de punho próprio dediquei-lhe
Você, íntima das falas virtuais
Mas, não sequer me veio uma de ti


Isso nunca me incomodou de verdade
Era sua vida dividida entre o presente
E a luta para esquecer o passado
E no vão das coisas, seguias caminhando


Só não me perdoo por não tê-la dito
Que na valia do amor meu, marcante
Seria tirá-la para dançar nossa canção
Que ainda hoje, ecoa, sem fim, no salão

Foi assim...

A brisa tocava o fogo da vela, sem apagá-la
A foto, já sem cor, não carregava lembranças
A estrela, pairando no céu, sobre mar e floresta
Era a janela que me trazia o brilho de nossa festa


Arde, logo de pronto momento
Da tez à fibra menor do coração
Queimando saudades e desafios
Coisas de amor... sem sarar a solidão


Cadê você que não vem?
A coragem já não me existe
Para ir viajando em busca tua
Fosse nas ruas, vielas ou luas


Meu sangue se perde em mim
Cria caminhos na contra mão
Socorre-me um canto triste
Uma sensação de que não há razão


Tanto silêncio, distância e desistência
Me assegura, seguro que a explicação não houve
Sejam por suas últimas falas ou derradeiro olhar
Que inda pranteia, sensível, seu querer: um adeus!

Inserida por mucio_bruck

Lá na roça...


Vida que foge pelos poros
Pelas boas e desentendidas ideias
Vezes confusas, outras satisfeitas
Como um trem que erra de linha


Me tocam pensamentos férreos
Duros, que se amaciam e se acalmam
Na presença sentida de sua ausência
Na sombra que esqueceste na sala


Sombra inquieta pela saudade de ti e de nós
Que toca e espera em largo e intenso desejo
A querência de um reencontro sonhado
Fiando em temor poder ser esquecido


Passa chuva, uma hora na noite
Que menos essa hora tem
Mas que tem seu cheiro
Tem seu cartão, já ilegível, apagado


De ti, não guardei fotos, recados, sabor
Guardei na memória somente uma noite
Passada na roça, quase ao pé da serra
Admirando o céu desnudado em seus olhos

Inserida por mucio_bruck

Lá vem você...

Quem foi que disse que parti?
Pra onde iria, levando em mim tanto querer?
O que longe faria sem vê-la ou ter você?
Que alegria me chegaria sozinho, saudoso?


Quem foi que disse que menti?
Que decepcionei sua razão e esperança
De descobrir em mim o homem que sou
E sendo-o, sabia-me seu príncipe esperado


Quem te procurou pra magoar sua alegria?
Com intento de semear confusos pensamentos
Crendo que assim, desistirias do nosso desejo
De construir, no tempo futuro, uma família


Quem foi esse que, te amando silencioso
Inocentava seu modo de ser e viver
Fazendo mal juízo dos laços que atamos
Que se incomoda com a opção de nossa aliança


A resposta para tantas e vazias falas
Não vem do que foi-lhe dito, mas pensado
Fizeste a ti mesma tais questionamentos
Não te convencestes que seu futuro passa por mim


Mas para tudo existem regras e opções
Não me vejo sem ti vivendo em mim
E meu telefone, chamando todo o tempo
Explode em mim, levando o temor de perdê-la


Assim, meus dias amanhecem e anoitecem
Os beijos e carinhos se trocam nos encontros
E o que lhe é desconhecido é a causa do temor
Não te guie por dúvidas, o que sabemos é viver de amor

Inserida por mucio_bruck

Liberdade...

Cansei de ser boazinha
De levar a sério o que não me é
Para agradar a quem não me agrada...
Nem tampouco me faz-lhe sagrada

Cansei de beber bebidas que me tomam
Desde o juízo até tudo o que me cala
Não vou mais ser aquela santa
Que fica quieta, calada na sala

Não que vá me entregar insana
À devassa e pecaminosa ação
Sou antes, em mim, pura razão
Vou me entregar sim, mas a mim

Serei fado, rock, pop e tango
Cantarei cânticos, dançarei
Gastarei terços e sapatos
Falas, gestos... incomodarei Santos

Descerei mais tarde de meu sono
Darei bom dia ao dia!
Caminharei na praia a tocar o mar
E se a água convidar, vou me molhar

Não farei esforço por coisa pouca
Mas se o pouco me parecer muito
Luto, me entrego, sem deixar de sorrir
E caso alguém se incomode, convido a partir

Meia metade...

De todos os amores que o amor desenhou
Desejei ter em minha tela unicamente o seu
Porque a tela de meu amor andava meio vazia
Perdendo o rumo de ser a aquarela que era


De todos os amores eu quis o seu
Porque seu amor se parece com o meu
Brinca de esconder, esconde sem saber
Segreda ao peito o que sente desde semente


De todos os amores que o amor produziu
O seu desnudou o meu em rara joia turquesa
Atravessou a nado o mar que me atravessa
Deu asas ao anjo que me trouxe clareza


De todos os amores quis exato o seu
Pois não havia outro mais parecido com o meu
Amor de sorrir e rir-se de si por saber sorrir
Meio mel, meio são, meio mar, meio céu

Inserida por mucio_bruck

Menina...

Estreei no mundo descalça
Minha meninice é prova disso
Corria atrás de pipa
Remava canoa, fugia de coça


Também brincava de boneca
De polícia e de esposa
Era a melhor mãe de mim mesma
Uma bailarina... uma princesa


Meus primeiros dias de mulher
Vieram sorrateiros... bem vindos
Me chegaram num acorde merecido
Me contaram que eu havia crescido


Me peguei feminina pelos lábios
Não sei bem se pelo batton ou se pelo beijo
Mas tinha a pele que me esquentava
Tinha a nuca... a razão que me abandonava


Nunca me perdi da menina descalça
Somei com ela garra e esperança
Aprendemos que pra viver mulher
É preciso antes cuidar de ser criança

Inserida por mucio_bruck

Meu menino...

Então, que surpresa é essa?
Nosso encontro estava combinado
Era questão de tempo ou chamado
Estar aqui tem nome: milagre alcançado


Não pense que me foi fácil vir a ti
Me entreguei valente, seguro e certo
A tudo o que cabia convencer
De que sou digno de te merecer


Meu plano não é incomodar
Nem te envolver em nada insano
Quero mesmo é bem te querer
Atar nós... te tirar pra dançar


Que importa então o que possam dizer
Assumo toda culpa, se culpa houver
Isso não me alcança nem faz ferir
Só não vale desistir... ou deixar de sorrir

Inserida por mucio_bruck

Minha fé...

É dessas raras, que se acende
Que tem tino, honra e esperança
É filha forte com vocação de mãe
Postada atenta à porta de meus dias


Minha fé flutua no mar que me atravessa
Viaja de meus poros ao sangue que me cora
E sempre volta sadia a sorrir de minh'alma
Por ser bem dita, dita todo bem que me quer


Minha fé respira desejos de paz
Nas contas gastas de meu antigo terço
Nas intenções das velas que queimo
Nos passos da procissão que a torna mais bela


Minha fé tem compromisso com o perdão
E o nomeia encanto a cada encontro
Me habita a salvo ao que chamo paixão
E sempre me entrega o céu, sem me tirar o chão


Minha fé tem vida, graça e destino
É meu puro e melhor momento
É meu colo, valia, alimento e luz
É onde converso com Cristo, descido da cruz

Inserida por mucio_bruck

Miriam...


Falar de ti ou de sua alma não faz sã sentido
Sua áurea, por si só, se traduz: pura, iluminada
És a impar que brilha, vinda do nascer do bem querer
Confesso-te, vida outra teria se agraciado com alma gêmea


Bate em ti coração sábio, falante, inquieto
Pulsante, abençoado, cativante, único
Coração valente, forjado na nascente das paixões
Mãe de tantos filhos, que conta não faz e nem tem


Sinto por ti, sentimentos de flor e carinho
Quase paupável, rubro, raro, febril
Olho-te derramando luz e vida a cada passo
Ah, quem me dera, ter um dia, jeito assim


Me és exemplo, mais que irmã: amiga!
Santa na loucura que me pegou distraído
Heroína nas aventuranças inseguras do destino
Que me roubam a lucidez plena nas noites insone


Sei das cicatrizes e decepções que em ti tatuei
Ou cousas parecidas, na contramão do real desejo meu
Como certo, jamais me houve esse intento logrado
Só sei que tudo que de bem me vem, ali, seu nome tem

Mistério...

Tinha pra mim que era doença de querer
Desconfiei que poderia ser coisa de estrada
Adolescência perdida... mulher mal chegada
Era algo importante... ou talvez, quase nada


Porque amor, não sei se havia de ser
Tudo a comovia, brisa, orvalho, flor
Até loucura, abandono e dissabor
Precisava mesmo era ter uma fé melhor


Desejava dar a ela outras retinas
Que vissem o mundo com os olhos dos anciões
Desnudassem com sã alegria e jeito de criança
Os segredos das montanhas, rios de esperança


Tentei imaginar como seria seu dia
Vestindo as mesmas vestes que o bem vestia
Naquela rua que findava em sonho e magia
Só que despida dos temores a que tudo temia


Não entendi ao certo, certa batalha
A menina disparava falas desconexas ao acaso
Cega, insana, em pagã ousadia... nunca soube
Se ela lutava contra si ou contra a própria covardia

Inserida por mucio_bruck

Moça bonita...


Busque em casa de Dona Filó
Um verso simples, que tenha gosto
Sabor de caminho estreito e reto
Travessa que atravessa o rio claro


Caminho de caminhante sem rumo certo
Ou de certo só tem o rumo
Que deseja nele encontrar
Um pedaço de história ou um nascer de favo


Não me traga em sua volta nada triste
Não me conte coisas que não seja mais
Que boas novas ou que venha em silêncio
Um silêncio falante de tudo o que vistes


Moça bonita
Vá assim mesmo, de sandálias
Saia de chita e cabelos ao vento
Caminhe tricotando sonhos audazes


Ouça mais, sem nada dizer
Dona Filó lhe contará prosas
Histórias de curupira, até de boi tatá
Falará de estrelas, rosas e sonhos


Se quando sair, notares que ronda, insano
Ao acaso um vento frio, vindo do norte
Volte logo, apresse seu passo
Pois é ali que toda brisa morre!

Inserida por mucio_bruck

Não foi em vão...

Que aos seus dias piores
Dediquei os meus melhores
Desenhei poesias em teu coração
Lapidei flores em tua alma di-amante


Todo o tempo, em meu colo
Sobreviveste a ti
Dobramos soleiras
Cruzamos uma vida inteira


Não foi em vão...

Que chorei de dor e alegria
Ao ver que ferias a mim... não a si
Pois ali, todo ódio que navegava em ti
Naufragava no mar que havia em mim


Que rompi com a razão em mim
Ao impedir que abandonasse a si
Sei, condenei minha esperança
Mas salvei a menina, a criança...


Não foi em vão...

Pois te ver partir não me venceu
Não a estava perdendo...
Era um seu voo cego... só mais um
Detalhe de um plano do destino


Mas sei, se nada fiz por sua loucura
Foi porque ela só soube a ferir
Mas fiz pela minha
A ensinei perdoar... e a sorrir!

Inserida por mucio_bruck

Nem todo passarin
Que encontra em sua gaiola
A porta aberta, alça voo
Às vezes,
Ser cuidado é uma necessidade
Não uma opção

Inserida por mucio_bruck

O amor...

Não foi feito para ser explicado
Analisado, estudado, questionado
O amor foi feito fundamentalmente
Para ser sentido... e vivido


A gente não precisa entender
Porque é amado... não mesmo!
Só é necessário aceitar que é... ou foi
Porque entendendo ou não, não o afeta


A gente não precisa se admirar
Com um carinho ou um beijo inesperado
Com um toque na mão, uma flor recebida
Nem tudo tem ou precisa ter uma razão de ser


A vida não se enfeita só de garantias
Às vezes, nos jardins de nosso próprio éden
Vingam plantas tão diferentes e coloridas
E por descuido nosso, morrem sofridas


É preciso guardar somente o que é importante
O amor é mesmo mais forte que a morte
Um abraço é sempre muito mais do que é
E nem tudo precisa ser compreendido

Inserida por mucio_bruck

O que diria ao seu coração?

Que jurei nunca deixá-lo em abandono
Nem mais e por nada entristecê-lo
Se preciso fosse, palhaço seria
E da vida, um picadeiro de magia faria


Embrulharia em Serenata
Toda boa alegria... e te daria!
Mas acho que já não posso...
Olha, mesmo distante fio que faria


Te sinto ainda pulsante
E é ai que terás minha companhia
No bater de suas batidas
Nelas estarei sempre presente


Como você nas minhas...
Jurei também lhe dar poesia
Será ela nosso laço e elo absoluto
Fique então tranquila


Pois mesmo distante... corpo ausente
Darei a ti, por cuidado e carinho
Mesmo que sem rima ou talento
Um verso verdadeiro para seu sentimento

Inserida por mucio_bruck

Olhos Vazios...

Cansei de tentar te fazer entender
Que a distância não é a melhor solução
Ouvindo você me dizer
Que amanhã não estará em meu coração


E a noite se esvai
Quais as juras deixadas por ti
Remoendo em lembranças
Esse seu aprendiz


Nossas cartas de amor
Espalhadas sobre o cobertor
Dizem frases tão lindas
Entre estrelas, luares, batom


Quando o seu travesseiro
Fizer um estrago, enfim...
Vou rolar pela cama
Fazer sala pra mim


Não será tatuado em meu corpo
Nossa história, um caso vazio
Utopia de um amor
Que o tempo esqueceu


E o que resta no ninho
São detalhes perdidos
Qual bordado em toalhas
Eu e você...

Inserida por mucio_bruck

Passarin...

"Não me seria seguro viver em sua vida
Porque trazes em ti, atiradeira
E eu, passarin...

Não poderias viver em minha vida
Porque minha sina é ser alado, não atirado
Afinal, sou desses que, às vezes, até sangra

Não te acolheria em minha vida
Porque falamos línguas adversas
Assim, não saberia por qual amor viveria...
ou morreria!"

Inserida por mucio_bruck

Peregrino...

Não me entendo bem com partidas
Não me dou com despedidas
Lenços brancos ao vento e à brisa
Mãos de crianças acenando em colos


Às vezes, só com chegadas
Por isso me invento e me reinvento
Sempre e sempre... só pra voltar
Porque se reinventar faz bem à alma


Invento sonhos, contos, canções
Luas azuis, anjos prateados
Palavras que só eu entendo
E só entendo na hora que as invento


Desenho povos cheios de pudor
Outros sem e sem temor também
Afogo o mar e queimo o fogo
Armo alçapões pra pegar estrelas


Mas, o que mais me atrai
É ser capaz de carinhos e paz... isso me atrai
Peço a um e a outro um verso que versa inocente
Reinvento em mim um recomeço e sigo em frente

Inserida por mucio_bruck

Pra encerrar seu pranto...

Troco suas lágrimas por um beijo
Não um leviano... mas um sonhado
Com sabor de mistério inventado
Que lhe revire os olhos cerrados


Troco suas lágrimas por um abraço
Que não conhece outra razão de ser
Senão a de ser somente um abraço
Lento, certo, seguro, estreito laço


Troco suas lágrimas por uma fogueira
Não dessas de queimar paixões
Dessas não... essas queimam sonho e alma
Mas das que se acendem sob balões


Se nada disso lhe for de agrado
Troco então suas lágrimas por minha alegria
Assim, tomo de ti toda dor que fere e castiga
Dou a ela mil cores e o estandarte de minha folia

Inserida por mucio_bruck