Maquiavel

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“Nenhum governo nunca deve pensar que tem poder para tomar decisões absolutamente certas; pense antes em ter que tomá-las sempre incertas, pois isto está na ordem das coisas, que nunca deixa, quando se procura evitar algum inconveniente, de incorrer em outro”.
(O Príncipe - cap.XXI)

“A prudência está justamente em saber conhecer a natureza dos inconvenientes e adotar o menos prejudicial como sendo bom”.

(O Príncipe - cap.XXI)

Inserida por Filigranas

Costumam dizer que os homens prudentes, e não casualmente ou sem razão, que aqueles que desejam ver o que será, ponderam sobre o que já foi: porque todas as coisas do mundo, em todo tempo, têm sua própria relação com os tempos antigos. Isso acontece porque se as coisas são feitas pelos homens, que têm e sempre tiveram idênticas paixões, é inevitável que produzam idêntico efeito.”

Inserida por fredvilar

...é comum nos homens não se preocupar, na bonança, com as tempestades.

Niccolò Machiavelli in O Príncipe

… muitos têm tido e têm a opinião de que as coisas do mundo são governadas pela fortuna e por Deus, de sorte que a prudência dos homens não pode corrigi-las, e mesmo não lhes traz remédio algum. Por isso, poder-se-ia julgar que não deve alguém incomodar-se muito com elas, mas deixar-se governar pela sorte
(Niccolò Machiavelli - O Príncipe)

… quando um príncipe se apoia totalmente na Fortuna, arruina-se segundo as variações dela. Também julgo feliz aquele que combina o seu modo de proceder com as particularidades dos tempos, e infeliz o que faz discordar dos tempos a sua maneira de proceder.
(Niccolò Machiavelli - O Príncipe)

Inserida por Filigranas

Quando cai a noite, volto para casa e entro em meu escritório; e, à porta, dispo-me das vestes cotidianas, cheias de lama e lodo, e me enfio em panos reais e curiais; e, vestido decentemente, entro nas antigas cortes dos antigos homens, onde, recebido amorosamente por eles, farto-me daquele alimento que é só meu e para o qual nasci; lá, não me envergonho de falar com eles e perguntar-lhes a razão de suas ações; e eles, por sua humanidade, me respondem; e, por quatro horas de tempo, não sinto nenhum tédio, esqueço qualquer aflição, não temo a pobreza, não me assusta a morte; transfiro-me todo para eles.

Os homens cometem o erro de não saber quando limitar suas esperanças

Todo homem é de alguma forma político, mesmo que muitos cabeçudos alienados não tenham consciência disso e até afirmem que são apolíticos. Crassa tolice pois, se não são agentes em menor ou maior escala da política, são os instrumentos, objetos ou marionetes dos agentes políticos que os manipulam.

Todos os seres, a partir do momento em que nascem, estão destinados uns a obedecer e outros a comandar.

O ser humano é um animal político, o homem é necessariamente governante ou governado.

Mesmo que se disponha de poderosos exércitos, há sempre necessidade dos favores dos habitantes de uma província.

Inserida por Desligado

Os homens devem ser afagados ou aniquilados, visto que se vingam das pequenas ofensas.

Inserida por Desligado

Deve fazer-se chefe e defensor dos vizinhos menos poderosos.

Deve-se prever a desordem para facilmente poder remediá-la, pois se aguardar sua aproximação, o medicamento chegará tarde demais, e a doença terá se tornado incurável.

O desejo de conquista é coisa verdadeiramente muito natural e ordinária, e sempre que os homens capazes da conquista a realizam serão por isso louvados e não censurados; mas quando não a podem fazer e desejam fazê-la de qualquer modo, eis que estarão presentes o erro e a censura.

Destrua quem pode ou deve lhe causa dano.

Não podendo fabricar um papa segundo sua vontade, pode ao menos fazer com que não fosse papa aquele que não desejava que fosse.

Alguns meios traz a conquista do poder, mas não a glória.

Ao conquistar um Estado, o conquistador deve avaliar rapidamente todas as violências que lhe são necessárias cometer e cometê-las todas de um só golpe para não ter que repeti-las todos os dias, assim, não as repetindo, irá tranquilizar os homens e conquistá-los. Quem fizer de outra forma, seja por timidez, seja porque mal aconselhado, será obrigado a ter sempre o punhal à mão.

As violências devem ser feitas todas em conjunto para que, dispondo-se de menos tempo para provar seu gosto, pareçam menos amargas; os benefícios devem ser concedidos pouco a pouco para que sejam mais bem saboreados.

O bem que fazes por obrigação não te favorece pois é considerado forçado e não te traz nenhum reconhecimento.

Para conquistar algumas coisas não se é preciso ter grande valor nem grande fortuna, mas sim uma astúcia afortunada.

Os homens demonstram mais gratidão quando recebem o bem daquele de quem acreditavam que iriam receber o mal.

Não estará seguro de si mesmo com armas alheias. As armas alheias ou escapam ao teu controle, ou te pesam ou te constrangem.