Maquiavel

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O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.

Maquiavel
O príncipe (1532).

Precisando, portanto, um príncipe, de saber utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe defender-se dos lobos.

Julgo poder ser verdadeiro o fato de a sorte ser árbitro de metade das nossas ações, mas que, mesmo assim, ela permite-nos governar a outra metade ou parte dela.

Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.

Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles.

Não é a intenção que valida um ato, mas seu resultado.

A mediocridade e o anonimato são a melhor escolha.

O fim justifica os meios.

Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.

Maquiavel
O príncipe (1532).

Homens ofendem por medo ou por ódio.

Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar à palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória.

Pelo que se nota que os homens ou são aliciados ou aniquilados

Assegurar-se contra os inimigos, ganhar amigos, vencer por força ou por fraude, fazer-se amar e a temer pelo povo, ser seguido e respeitado pelos soldados, destruir os que podem ou devem causar dano, inovar com propostas novas as instituições antigas, ser severo e agradável, magnânimo e liberal, destruir a milícia infiel e criar uma nova, manter as amizades de reis e príncipes, de modo que lhe devam beneficiar com cortesia ou combater com respeito, não encontrará exemplos mais atuais do que as ações do duque.

Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso"

Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons.

Maquiavel
O príncipe (1532).

Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!

Maquiavel
História de Florença (1532).

Nota: Tradução adaptada de um trecho do capítulo 27 do terceiro livro da obra "História de Florença".Trecho original em italiano: "tardi avvedutisi quanto sia pericoloso volere fare libero un popolo che voglia in ogni modo essere servo".

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"Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso""

Um povo corrompido que atinge a liberdade tem maior dificuldade em mantê-la.

A primeira imprensão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam.

Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuni-las, é mais seguro ser temido do que amado.

Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.

Há uma dúvida se é melhor sermos amados do que temidos, ou vice-versa. Deve-se responder que gostaríamos de ter ambas as coisas, sendo amados e temidos; mas, como é difícil juntar as duas coisas, se tivermos que renunciar a uma delas, é muito mais seguro sermos temidos do que amados... pois dos homens, em geral, podemos dizer o seguinte: eles são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ambiciosos; eles furtam-se aos perigos e são ávidos de lucrar. Enquanto você fizer o bem para eles, são todos teus, oferecem-te seu próprio sangue, suas posses, suas vidas, seus filhos. Isso tudo até em momentos que você não tem necessidade. Mas, quando você precisar, eles viram-lhe as costas.

Deve o conquistador exercer todas aquelas ofensas que se lhe tornem necessárias, fazendo-as a um tempo só para não precisar renová-las a cada dia e poder, assim, dar segurança aos homens e conquistá-los com benefícios.(...)Portanto, as ofensas devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, pouco degustadas, ofendam menos, ao passo que os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam melhor apreciados. (O Príncipe)

Maquiavel

Nota: Do livro O Príncipe

Não há outro meio de guardar-se da adulação, a não ser fazendo com que os homens entendam que não te ofendem dizendo a verdade; mas quando todos podem dizer te a verdade, passam a faltar-te com a reverencia. (O Príncipe)

Maquiavel

Nota: In O Príncipe

O tempo lança à frente todas as coisas e pode transformar o bem em mal e o mal em bem.

Maquiavel
O príncipe (1532).

Nota: In O Príncipe

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