Lavínia Lins
"NESTA NOITE"
"Que a luz do Natal entre pela janela,
Que nos invada o corpo e a alma;
Que nos inspire sonhos coloridos,
E nos faça viajar sem tirar os pés do chão.
Que as dores que ficaram guardadas
Sejam destiladas nesta noite;
Que se esvaiam, e nunca mais nos visitem.
Que sorrisos e abraços se multipliquem,
E que sejamos amor...
Porque, com ele, tudo se constrói
E se reconstrói.
Porque, com ele, não há medo ou escuridão.
Há apenas a vontade de ser feliz, muito feliz,
Por um tempo duradouramente infinito.
Amém!".
"Quando se objetiva algo que parece muito distante, você tende a ficar decepcionado por falhar, por não alcançá-lo; mas, quando você almeja, ao menos inicialmente, uma melhora - que é algo conquistável a curto/médio prazo - fica mais fácil ver resultados e se sentir estimulado por eles... Pequenas conquistas carregam sempre ares de boas e grandes mudanças ... Confie!".
"Causar dor àquele que ama não é garantir a sua dependência emocional. Ao contrário, é criar o óleo que o fará escorrer por entre os seus dedos".
A vida vai desenhar curvas no seu caminho. Não tema, se porventura não conseguir enxergar o outro lado. Você foi programado pra sentir. Feche os olhos e siga a sua intuição. A resposta está dentro de você. Encontre-se e liberte-se...
"Sonho em ver, um dia, o anúncio: 'vendo borrachas que apagam as lembranças ruins e canetas que escrevem recomeços coloridos'. Que venha!".
"Há dias em que não se quer doces, conselhos ou elogios... há dias em que apenas um abraço faria sumir toda e qualquer dor!".
"Sou a soma dos meus tantos 'eus'... desde os mais amáveis aos mais arredios. Sou um infinito de loucuras que me levam aos céus e aos meus labirintos sombrios. Sou o meu bem, desejando ser também o de alguém. Sou o meu mal, e nunca o serei para além...".
"DE VOLTA PRA CASA..."
Entre os sorrisos disfarçados, a lágrima contida. Era mel que desejava, mas dos seus esforços só via brotar féu. Questionava as leis do mundo, e não obtinha resposta. Pensava em desistir. Seria hora de partir? Não sabia o caminho... "para onde ir?". Por mais que soubesse que aquele não era o seu mundo, também não conhecia o de origem. "E aí?". Resolveu, então, pintar o seu, à sua maneira... fazer de um, dois; multiplicar os pães da esperança. Trabalho árduo, cansativo; por vezes, quase esmorecia. Mas, algo maior lhe esperava - sabia. Então, numa manhã de outono, ao abrir os olhos, convidada pela luz da manhã que entrava pela janela, ouviu uma voz que dizia: "vem, minha menina... a sua hora chegou. Vamos fazer a sua tão esperada viagem. A viagem dos seus sonhos. A viagem de volta para o seu verdadeiro lugar". Não hesitou. Abriu os braços e deixou-se levar. A brisa tocava-lhe o rosto. Ela sorria. Relembrava da sua história. Sentia orgulho. E alívio. Estava indo... de volta pra casa...