Juliana Rossi Cordeiro

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Eu pinto o Rosto
Como fazem os índios
Para guerra,
Como faz o palhaço
Para o espetáculo

Minha maquiagem facial
Já me faz parte de um ritual
Esconde coisas profundas
E me faz parecer mais forte

Saio de casa pronta pra guerra,
Pra mais um dia, um espetáculo
Onde só sei eu e o espelho
Oque há atrás dessa maquiagem

Inserida por julianarossicordeiro

Asas

Há quem queira cortar minhas asas
Pois não querem ver me voar
Dizem tenha os pés no chão
Que meus devaneios são em vão

Mas quem pode cortar as minhas asas?
Elas vêm de minha imaginação
Seria como engaiolar um pássaro
Mesmo preso continuaria sua canção

Pode tentar impedir-me,
Mas meus poemas vão surgir
E registrarei cada um em meu coração
Ou nas pareces dessa prisão.

Inserida por julianarossicordeiro

Maria Lúcia minha mãe amada
Às vezes assusta sua sinceridade
Melhor seriam mais pessoas assim
Autêntica e verdadeira
Amiga e confidente
Sinto muitas saudades
Porque estas longe do alcance do meu olhar
Longe do alcance de minhas mãos
Mas sempre presente em meus pensamentos
Mas principalmente no meu coração.

Inserida por julianarossicordeiro

Sementes de delírios

Oque fazer com esses devaneios?
Momento em que me perco em pensamentos
Não posso contar com alheios
Que logo começam os argumentos

-Você está louca, ou quer chamar atenção?
-As coisas não são como você diz
-É tudo coisa de sua imaginação
-Nada do que você fala condiz

Melhor seria calar-se para sempre
Para não assustar meus amigos e parentes
Plantar esses delírios como sementes
Para levar a vida aparentemente

Nascerá um fruto estranho
Diferente e atraente
Talvez resulte em ganho
Para mim e toda essa gente

Inserida por julianarossicordeiro

Preso

Estou preso a um diagnóstico
Dentro de uma mente inquieta
Tomando remédios pra me manter
Sob controle, dopado.
Como um animal que foi derrubado
Por um pequeno dardo.

Inserida por julianarossicordeiro

Você já se sentiu totalmente incompreendido?
Então sabe que a tendência é se isolar
Talvez pra pensar um pouco, ou orar, fazendo um pedido.
De encontrar alguém pra te consolar

Então se deu comigo
Que uma pata se estendeu
Sim foi um animalzinho que me compreendeu.

Inserida por julianarossicordeiro

Tomando um café
E escrevendo poesia
Em cada xícara mais fé
De alcançar oque se ânsia

Cada xícara um verso
Liquido estimulante
Que a poesia faz companhia
E a mim estimula a mente

Inserida por julianarossicordeiro

Fragmento de palavras

O poeta tem uma grande necessidade
De expor seus sentimentos
Porque se não vai explodir
Então vai esvaziando-se
Soltando fragmentos de palavras
Que vai remediando
Essa extrema necessidade
Cá estou eu escrevendo
Esvaziando-se, aliviando-se
De sentimentos
De devaneios
De sonhos,
Desejos
Dores.

Inserida por julianarossicordeiro

Preciso me salvar
Sair dessa profundeza
E não tem como me ajudar
Sair desse lago profundo de tristeza

Para reviver, eu tenho que reagir
Oque só depende de mim
Tenho que ressurgir

Inserida por julianarossicordeiro

Ciclo vital

Segue o lago o grande rio
Que se divide ao longo
Um fio
Riacho que se divide
Artérias, veias e vasos
Até que se encontra
com o grande mar
de agua salgada
perfeito equilíbrio
que leva a todos vida
Que não me canso de admirar
Esse ciclo vital, que não pode parar.

Inserida por julianarossicordeiro

Trilha

Sigo a trilha
Devagar para tudo ver
Plantas, flores, pássaros
Deslumbrante queda d’agua
Mata virgem
Borboletas azuis e vermelhas
Por que sinto tristeza
Onde há tanta beleza?
Fico encantada
Mas é passageiro
Como pássaro ligeiro
Logo volto ao preto e branco
De minha rotina

Inserida por julianarossicordeiro

Sonho adiado

Tanto preparo e anseio
em busca de um sonho
levar meus poemas
as mãos das pessoas
sonho adiado
sigo frustrada
me consolo que foi adiado
e não destruído
um dia talvez
minha descendência
leve por mim
como herança esse sonho
mesmo que eu não esteja mais aqui

Inserida por julianarossicordeiro

Alguém que me compreenda
sem me julgar
que me console
sem me criticar?
alguém que ouça
alguém que quer ajudar
alguém que fique
alguém para confiar
para amar...

Alguém?

Inserida por julianarossicordeiro

Terra Vermelha

Onde foi morar minha saudade
Esta longe demais
Para alcançar com um abraço
Foi morar em outra cidade
Viajo horas ansiosa
Vendo lindas paisagens
E imaginando o reencontro
Chegou em terra vermelha
Me pego com um nó na garganta
Tanta coisa pra falar
Pouco tempo pra aproveitar
Logo acaba euforia
E o vermelho fica
Na solado sapato
Nas minhas meias
No pneu do carro.

Inserida por julianarossicordeiro

Sou tempestade de sentimentos
Sou intensa
Sou bebida inebriante
Fumaça entorpecente

Suave brisa da noite
Deserto tropical
Mistério e transparência
Doce e Sal

Sou agua e fogo
Pedra e pétala
Labirinto escuro
Luz que brilha

Sou ausente e presente
Ardente e fria
Eclipse total
Inofensivamente
Fatal.

Inserida por julianarossicordeiro

Se eu não tiver nada de bom para falar
De algo ou de alguém
Prefiro nada dizer.
Se eu nada falar
De algo, ou alguém
É por que nada tenho de bom para dizer!

Inserida por julianarossicordeiro

Beije-me com todas as suas letras
Toque me com todas as suas palavras
Objeto de sabedoria
Levando de geração após geração
Combustível da mente e do coração!

Inserida por julianarossicordeiro

Música que é pura poesia
Que é pura magia
Que toca dos ouvidos
Ao coração.

Inserida por julianarossicordeiro

Está é a Rosa
Uma pequena flor
Tem espinhos
Que causam dor
Mas o seu aroma
É realmente reanimador
Ela é minha amiga Rosa
Pequena mulher
Grande guerreira,
É preciosa no meu jardim
Onde cultivo minhas amizades

Inserida por julianarossicordeiro

Meu desafio diário
É acordar
Dormindo estou em qualquer lugar
Acordar é a realidade
Seria possível dormir
E acordar em meus sonhos
Porque essa realidade eu não posso engolir
Viver se tornou um desafio
Dentro do meu peito
Tem um felino nervoso
Arranhando-me toda por dentro
Como me acalmar?
Escrever...escrever...
Dormir... dormir...

Inserida por julianarossicordeiro

Espelho, espelho meu
Quero ouvir um conselho seu
Diante de ti estou eu
Só nos dois, amigo meu
Sincero
Singelo
Olho profundamente nos olhos teus
Que são reflexo dos meus
É a idade?
Ou a vaidade?
Mostre-me espelho meu
Onde posso retocar
Onde posso melhorar?
Espelho, espelho meu
Diga-me que aconteceu
Onde preciso mudar
Para paz encontrar
Há algo a me incomodar
Só você pode mostrar
Diga espelho meu
Estamos aqui só você e eu!

Não se espante
Se encante!

Inserida por julianarossicordeiro

Criatura Felina
Com um andar que fascina
Olhos de gata
Com autoestima
Sou assim feminina

Olhar que penetra na alma
Que despe sem tocar
Sem tirar a calma
Mas consegue provocar

Mulher de sete vidas
Gata, leoa, onça, pantera
Mãe, filha, amante
Efêmera dominante
Que o futuro da espécie
Nos garante!

Inserida por julianarossicordeiro

Antônimos

Tão certo quanto
Dois e dois são quatro
Diga-me, qual o antônimo de morte?
Diria vida, exato?
O antônimo de escuro
Sabemos que é claro
O antônimo de quente
Certamente é frio
Da vida deveria ser morte
Mas há quem proteste
Pois diz que a morte não é o fim
Diga-me qual o antônimo da morte?

Inserida por julianarossicordeiro

Giovana era uma jovem de bom coração
O Pessoal dizia ser ela uma menina bacana
Cheia de sonhos e emoção
Mas não tinha malandragem
Sofreu por sua ingenuidade
Acreditava de mais nas pessoas
Esperando recíproca amizade
Levou uns tombos
Machucou-se;
Ganhando um pouco mais de idade
Começou a entender que amigo de verdade
É uma coisa muito rara
Mas era forte e inteligente
Levantou-se bravamente
E seguiu seu caminho
Olhando sempre em frente!
E os que a amavam realmente
Orgulhavam-se e apoiavam
Essa jovem tão valente!