Jack Indelével Wistaffyna
Num País em que a educação reina no seio familiar, social, politico, econômico e cultural, faz com que a ditadura, a opressão e a injustiça não reine e muito menos prevaleça por muito e longos anos. O que originará o absolutismo na governação.
É um grande suicídio quando: um aluno, um estudante, um académico, um professor, um filósofo, um instrutor, um formador, um guia, um revolucionário, um patriota, um artista, e um profissional, o ano termina sem ler nenhuma obra literária.
A minha Nação, não será mudada com licenciados, mestrados, doutores e phds. Mas sim com todos aqueles que têm sensibilidade e com os que têm um coração generoso. E também com os que são movidos e guiados pelo espírito fraterno e patriótico. Digo isto porque em ANGOLA os maiores gatunos, assaltantes e destruidores de sonhos de milhares de crianças que se encontram fora do ensino escolar e todas as crianças que ainda não nasceram já é sabido que eles têm uma dívida a pagar com a China, Portugal e a America e etc. Estes males e destruição têm e são provocados por licenciados, mestrados, doutores e phds que se encontram em frente da governação do País. Por isso é que hoje muitas crianças choram por falta de oportunidades de estudarem, sonharem e serem um dia próspera também e poderem um dia concorrer com os filhos dos governantes em concursos públicos. Em Angola sonhar é incerto e a probabilidade de se realizar o que se sonha é zero. Porque ainda não encontrámos a Luz no fundo do túnel em que está Nação foi jogada.
O nosso país não precisa apenas de pessoas com títulos acadêmicos, mas de líderes com coração, sensibilidade, fraternidade e patriotismo verdadeiro.
MARTIN LUTHER KING O HOMEM IMORTAL
Os que hoje idolatram a imagem de Martin Luther King, são os mesmos que ontem arquitetaram a sua morte.
Os que hoje reconhecem o bem que ele fez, são os mesmos que ontem lhe odiavam;
os que hoje convivem com os seus filhos e irmãos e amigos e familiares, são os mesmos que ontem lhe oprimiam.
Os que hoje dizem devemos sonhar, são os mesmos que ontem lhe disseram e gritaram em voz alta: ódio, ódio; quando o Martin disse no seu discurso: Eu tenho um sonho!
Os que hoje lhe aplaudem, são os mesmos que ontem lhe apedrejavam.
Os que hoje lhe amam são os mesmos, que ontem lhe desprezavam;
Os que hoje lhe exaltam são os mesmos que ontem lhe humilhavam.
A nação que ontem lhe negou a paternidade é a mesma que hoje lhe reconhece, como filho legítimo.
E lhe dá o direito e a certificabilidade de filho, depois de já ter sido morto há muitos anos.
Martin Luther King, sabia que a luta e a causa que ele defendia, lhe tornaria num imortal. Porque ninguém se torna um herói prejudicando o próximo.
PORQUÊ QUE A MEDICINA NATURAL É COMBATIDA?
A medicina natural chamada ervanária ou curandeirismo (afrikanamente falando), nunca será e muito menos terá espaço em grandes palcos científicos; por ela não aceitar:
1° Por não aceitar transformar a vida e a saúde humana numa mercadoria;
2° Por não aceitar fazer das enfermidades um negócio rentável;
3° Por não aceitar e acreditar na heresia científica, de que certas doenças são incuráveis e invencível farmacologicamente;
4° Não aceitar ser corrompida com valores monetários a fim de se permitir a propagação de certas doenças e dizimação de vidas humanas;
5° Não aceitar a falsificação dos seus antídotos, a fim de aliviar o homem da doença que está a padecer. Por defender o fator vida em primeiro lugar.
A medicina natural combate e cura todo o tipo de enfermidade, seja qual for o seu estado de gravidade.
A medicina natural por ela ser tão poderosa em muitos aspectos: por isso é que ela é combatida e banida pelos big players da indústria farmacêutica. Pelo facto de comprometer os seus lucros em conceder a cura naqueles que são seus clientes dos produtos farmacêuticos.
Nós povo angolano, continuaremos a ser um povo especial, enquanto formos ignorantes e conformados com a má governação implementada no país por políticos sem escrúpulos.
CONVERSA DE UM POLÍTICO COM UM FILOSOFO JAKURISTA
Certa vez um político conversando com um filósofo disse: transformei revolucionários em comediantes, críticos em bajus, opositores em seguidores e políticos em marionetes. Usando apenas a manipulação e retorica persuasiva nos meus discursos.
O FILÓSOFO perguntou-lhe: como conseguiste fazer isto?
O POLÍTICO, respondeu: eles ficaram excitado pela soma do valor da proposta, por isso acabaram por se renderem, porque a moral não satisfaz a fome e muito menos consegue oferecer casa e carro naqueles que a possuem. Dei a eles o que a moral nunca lhes deu... Risossssssssss.
O FILÓSOFO, retrucou dizendo: a moral não pode ser comparada com béns materiais e financeiros e muito menos com riquezas alcançadas neste mundo. Porque a moral ela faz parte da essência espíritual que liga o homem com o Divino. Ninguém pode julgar ninguém, mas estes homens acabaram por se corromperem, por não terem integridade e muito menos prestígio no que concerne ser: homens que não se vendem e nem se compram e nem se corromperem.
O POLÍTICO, disse outra vez: A vida é feita de escolha e oportunidades.
O FILÓSOFO, respondeu-lhe refutando da seguinte forma: Eu acredito em escolha e oportunidades, mas não aceito atitudes, escolhas e oportunidades que vêm para corromper os bons valores e a moral em prol de homens que não têm compromisso com a Pátria e a Nação. Apesar das dificuldades que passamos neste mundo.
Eu enquanto FILÓSOFO, acredito ainda que existem pessoas honestas e verdadeiras, que nunca aceitarão se venderem e muito menos se corromperem ou serem compradas o seu silêncio, porque continuarão a serem verdadeiras e leais com aqueles que lhes apoiam e acima de tudo com o povo que representam e a nação que defendem. Apesar de hoje o dinheiro comprar tudo a sua volta...
Eu não sou revolucionário e nem ativista. Eu sou antes de tudo e de mais nada um nacionalista e um filósofo em prol do meu povo e da minha nação. Apesar de todos nós termos algo em comum e estarmos ligado: cultural, económica, antropológica e espiritualmente.
Não sou revolucionário e nem ativista. Eu sou antes de tudo e de mais nada um filósofo em prol do meu povo e da minha nação.
Jack Indelével Wistaffyna, se define como um filósofo e não como um revolucionário, pelo facto de ele usar a palavra, a escrita, a reflexão e a sapiência para:
Despertar a consciência crítica, social e analítica.
Questionar a legitimidade dos dirigentes.
Estimular o amor ao próximo isto é: amor a Nação e o povo.
Respeitar e preservar a nossa identidade cultural.
Trabalharmos unanime em prol do País e do bem comum...
JONAS O PATRIOTA 1OO MEDO
Lá bem distante, quando Angola estava sob o conflito armado e reinava desentendimento entre irmãos. Militares matavam-se por ambição e ganância, fanáticos idolatravam ideologia partidária. Povos odiavam-se pela cor partidária. Ninguém estava isento da perseguição política. Por esta razão: Alguém disse certa vez ao Dr. Jonas Malheiro Savimbi, alguém disse certa vez ao Dr. Jonas Malheiro Savimbi, líder tens que fugir daqui porque os teus inimigos e aliados comunistas procuram te matar. Fuja para a Europa, deixe Angola e abandone a Áfrika. Jonas Savimbi, olhou fixamente no homem que estava a tentar lhe convencer a abandonar a terra mãe (Angola) e indiretamente a se render aos inimigos e aos seus opositores. Jonas respondeu: Eu tenho uma missão e compromisso com meu povo e com a minha Nação. Se for pra morrer; tenho que morrer dentro da minha terra e com o povo que defendo, amo e honro dentro do meu coração. Pra amanhã o povo saber quem foi herói e vilão durante a guerra e o conflito armado em Angola. O homem pergunto-o-lhe: Porquê Jonas? Ele respondeu: Porque quando o povo chegar a luz da verdade plena. Eu serei lembrado como um verdadeiro nacionalista, patriota e oraculista genuíno que um dia Angola já teve e conheceu, apesar de hoje vocês não me reconhecerem como tal. Prefiro morrer em Angola do que morrer na europa, na américa ou numa terra distante e no solo alheio, do que ser lembrado como fugitivo e inimigo do povo. Assim como um dia acontecerá com aqueles que me difamam e arquitetam a minha morte. Para melhor colonizarem e roubarem o povo e saquearem a minha Nação. O povo saberá quem é o verdadeiro inimigo quando um dia eu morrer. Estas palavras podem não ter sentido e significado hoje. Mas amanhã fará sentido nas vossas vidas. Porque se refletirá na realidade social que vocês enfrentarão em Angola. Eu amo Angola e o meu povo sem qualquer distinção racial e cultural. Apesar de eu lutar e defender ela politicamente. Amanhã as minhas palavras serão consideradas uma profecia pelo povo e não pelos políticos.
A RELIGIÃO IMPORTADA É O MAIOR ASSASSINO DO NOSSO CONTINENTE.
Muitos mercenários que foram enviados para a África tinham uma missão secreta a cumprir, a fim de expandirem o poder ocidental no continente afrikano. Para não serem descobertos pelas suas más intenções, vinham em nome da religião, que tinha como agenda: roubar, matar e destruir. E seus planos foram bem-sucedidos, porque vieram em nome de um deus que aprova: tráfico de seres humanos, escravidão, extorsão, exploração, violação dos direitos humanos e linchamento do povo nativo. E promove o auto-ódio contra si mesmo por aderir a uma nova religião, desprezando a sua cultura, seu povo, costumes, hábitos e princípios sociais e antropológicos, com a finalidade de se rever na cultura de um povo ao qual não pertence e com o qual não está ligado: espiritual, física e culturalmente. Os mercenários, denominados de missionários, continuam a cumprir uma agenda secreta e maquiavélica contra o nosso continente e povo. Isso tem perdurado por um longo tempo (séculos), porque nós (africanos) ainda nos encontramos divididos e separados cultural e espiritualmente em nome de uma religião que, em vez de nos unir, nos divide - diferente do povo asiático. Os mercenários, denominados de missionários, continuam a cumprir uma agenda secreta e maquiavélica contra o nosso continente e povo. Isso tem perdurado por um longo tempo (séculos), porque nós (africanos) ainda nos encontramos divididos e separados cultural e espiritualmente em nome de uma religião que, em vez de nos unir, nos divide - diferente do povo asiático...
POR QUE JES SENTIU-SE TRAÍDO NO FIM DA SUA CARREIRA POLÍTICA?
A política, enquanto arte da boa governação e administração política e territorial, conduzir-nos-á para o auge. Mas, quando usada como meio de manipulação, levar-nos-á à decadência e ruína.
JES foi um dos presidentes em África que, durante a sua governação, o povo angolano teve prosperidade, através das relações diplomáticas que ele teve e manteve com outros países, tanto na África, América, Ásia e Europa. Essas relações fizeram com que ele fosse conhecido e aceite em outras partes do mundo, o que fez de Angola ser um dos países cobiçados pelos empresários e comerciantes internacionais. Por esta razão, durante a governação de JES, o povo teve: educação, saúde, emprego, bens e serviços. Não era dos melhores, mas era o melhor que ele fazia por Angola e pelos angolanos. Nunca se viu, na sua governação, o povo a mendigar o pão ou apanhar comida nos contentores de lixo. Foi mediador na reconciliação para se alcançar a paz em alguns países de África que estavam desavindos há anos. Enquanto estava no poder, era e foi constantemente elogiado e bajulado por aqueles que tiravam proveito da sua governação e outros que amavam riqueza e poder. Havia seguidores e grupos com opiniões e ideologias diferentes concernentes à governação de JES. Eles estavam divididos em cinco grupos, que eram: o partido, jornalistas, revolucionários, aproveitadores, fariseus e judaizantes. Todos eles apresentavam uma visão diferente da governação de JES. O partido anunciava que ele era amado e insubstituível, e os verdadeiros jornalistas publicavam os erros e a má gestão que muitos gestores públicos cometiam e faziam na sua governação, para que se corrigisse este mal e crime que se cometia na gestão pública. Revolucionários criticavam e denunciavam: roubos, peculatos, desvios e a desumanidade que muitos dirigentes, deputados, militares e gestores cometiam em pleno exercício das suas funções. Os aproveitadores, fariseus e judaizantes (Judas) criavam rebanhos e promoviam neófitos e gado com a finalidade de bajular e idolatrar a imagem de JES. Alguns foram até mais distantes, chegando ao ponto de fazer veneração à sua imagem. Vendo que isto não era suficiente para conter o fanatismo que alimentavam por JES, enquanto presidente e líder do partido no poder, compravam e corrompiam a mente de líderes religiosos e alguns pastores para incentivar seus membros (ovelhas) a fazerem culto de personalidade e até idolatria da imagem dele. Este grupo, como tinha relação, amizade e aproximação com ele, explorou a sensibilidade de JES, incentivando-o a perseguir os jornalistas, revolucionários e até políticos que eram a favor da justiça e da boa governação. Afirmando que ele governaria melhor e estaria livre se esses opositores, críticos, revolucionários e filósofos fossem eliminados. Os que eram contra a boa liderança e boa governação davam apoio e até conselhos para que ele seguisse. Mostravam, pelas suas atitudes, que estariam com ele até às últimas instâncias e circunstâncias. Mas, quando chegou o momento de ele se aposentar da carreira política, os aproveitadores, fariseus e judaizantes foram os primeiros a lhe abandonar, desprezar e humilhar. Esqueceram-se de todo o bem que JES lhes fizera enquanto presidente e líder do partido no poder (MPLA). Uns, mesmo sabendo que, sem JES, não gozariam de imunidade, mesmo assim lhe desprezaram. Em vez de gratidão, deram-lhe como agradecimento: ingratidão, desprezo e silêncio. Isto, no momento em que ele mais precisava do apoio, conselhos e aproximação deles. Apesar de todo apoio e generosidade que JES concedeu a eles, mesmo assim desprezaram-no. Vendo isto, JES sentiu-se traído, abandonado e humilhado por aqueles que ele ajudou, no momento em que eles mais precisavam. Por esta razão, JES preferiu passar o resto da sua vida na Espanha, distante do solo angolano e daqueles que o traíram. Ele tomou essa atitude para simbolizar o seu desapontamento e tristeza, porque viu e sentiu a dor de ser abandonado pelos seus amigos, colegas, camaradas e compatriotas. Chegou à conclusão de dar razão a Deus, dizendo: “Maldito o homem que confia no homem igual.” Se soubesse que o meu fim seria assim, não teria criado lobos, hienas e serpentes durante a minha governação, e muito menos teria convivido com eles. Numa reunião familiar, lamentando e chorando, disse aos seus filhos: “Nada é para sempre...”
NÃO ACEITE AS MASSAS TE TRANSFORMAR E CORROMPER
O maior erro e defeito que muitos matumbos diplomatizados (ignorantes com diploma; intelectuais demagogos) cometem, este nome ou atributo é dado a todos: licenciados, mestres e doutores, é que o que mais demonstram durante uma entrevista ou debate é a arrogância e a prepotência para com o adversário ou opositor, no que concerne a conversar, debater ou dialogar. Eles tomam essa atitude porque não conseguem debater ou conversar sem primarem pelo respeito sapiencial e intelectual. Segundo as percepções e argumentos que mostram e defendem, estes estão fundados nas ideologias de escritores que mais gostam de ler e apreciar, seja pelo percurso acadêmico, intelectual ou estilo literário. Isso os torna centralistas, presos psicológica e intelectualmente e, acima de tudo, demagogos, porque não se preocupam em libertar os ouvintes com o conhecimento que adquiriram durante os seus anos de formação. O que fazem é apenas exibir as suas posições, sotaque e diplomas conseguidos em instituições acadêmicas de destaque, acabando por se esquecer do verdadeiro sentido da educação e da formação, que é partilhar, ensinar e instruir o próximo a ser um ser pensante, e não um robô ou papagaio cuja única funcionalidade é a repetição de ideias. Podemos ler muitos livros e estudar nas melhores escolas e universidades, mas, se não tivermos a capacidade de criticar e criar as nossas próprias ideias e argumentos, nunca estaremos em pé de igualdade com aqueles que nos instruíram e partilharam o seu saber conosco. Isso acontece com muitos porque se sentem confortáveis em estar e pensar dentro da caixa... Algo que torna muitos licenciados, mestres e doutorados em matumbos diplomatizados. Por essa razão, muitos ainda continuam e estão presos no sistema da Matrix.
Matumbo diplomatizado - alguém que passou pelo sistema de ensino formal, mas não desenvolveu pensamento crítico, nem autonomia intelectual. É alguém com título acadêmico, mas sem consciência transformadora.
Matumbo diplomatizado: é toda pessoa, embora escolarizado e certificado por instituições de ensino, permanece aprisionado em estruturas mentais colonizadas, arrogantes e descomprometidas com a emancipação do outro. É alguém que sabe, mas não entende; que repete, mas não questiona; que ostenta, mas não liberta.
COMO DESCOBRIR UM GOVERNO GENOCIDA?
1º Todo sistema que é baseado na ditadura e na opressão transforma o país numa prisão e campo de concentração. É perseguido e odiado todo aquele que pensa e critica o sistema e aqueles que governam. Todos devem ser fiéis e obedientes a um só senhor, que tem o garfo e a faca do país na mão. Ser militante é mais importante do que ser cidadão. A arte é amputada em todas as áreas. Os interesses do partido são mais importantes do que os interesses nacionais.
2º Só é permitido a um determinado grupo ascender e progredir no país. Todo aquele que é próspero e fausto, mas que não faz parte do sistema e do grupo que controla a economia, a política e a cultura, é conspirado contra e eliminado. Quanto ao povo, só lhe resta crer nas falácias dos chefes, que vêm com mel nos lábios dizendo: “as coisas vão mudar, vão melhorar”, “devagar se vai longe”, e os anos vão passando.
3º Todo intelectual é conotado e censurado. Não são bem-vindos nos assuntos de caráter cultural e nacional. São obrigados a compartilhar o seu conhecimento com o povo, através de obras literárias que publicam. São vistos como rebeldes e taxados de revolucionários e arruaceiros. Por esta razão, muitos recorrem ao mercado exterior e internacional. Mas, mesmo assim, não escapam das conspirações que são tramadas contra eles. Apesar das perseguições sem tréguas, muitos conseguem escapar pela intervenção divina. Neste tipo de governo, é mais perigoso o cidadão que lê do que o cidadão fora da lei.
4º A concorrência não é permitida, para que não haja crescimento e progresso dentro da nação e na vida dos cidadãos. Os estrangeiros são os mais privilegiados e bem mimados, sob a condição de que serão cúmplices e marionetes do sistema para oprimir o povo, tanto na política, quanto na economia e na cultura. Porque eles agirão na segunda pessoa, enquanto o patrono nunca precisará dar a cara nem ser combatido pelo povo. Isso ocorre de forma muito camuflada, e quase nunca se vê ou se nota, porque eles baralham o povo a partir das leis que são promulgadas pelos políticos detratores.
5º A juventude é impedida de crescer e evoluir de duas formas:
1º - Prioriza-se mais a construção de fábricas de cerveja do que a construção de novas escolas e campos universitários.
2º - A venda de bebidas alcoólicas chega a ser 10 vezes mais barata do que a venda de manuais escolares, e livros são mais raros e caros do que bilhetes para festas noturnas, farras e maratonas.
Essa política tem como finalidade destruir a camada juvenil, para que um determinado grupo continue a governar o país, e o povo permaneça na pobreza e na miséria. Nas instituições acadêmicas, não é permitido o ensino da Filosofia, Química e Física como carreiras, para que essas áreas não venham a ser uma pedra no sapato daqueles que governam a seu bel-prazer...
PARA TODOS OS ANGOLANOS QUE NÃO TROCAM A MORAL PELO PÃO
Durante as lutas e guerras contra os regimes coloniais em África, muitos foram destemidos e corajosos em defender o povo (cor preta), a terra (cor verde), a nossa cultura (cor amarela) e, acima de tudo, as nossas vidas (cor vermelha). Muitos destes continuam anônimos na história do nosso país e de África, pelo facto de, naquele tempo, não haver muitos estudantes, acadêmicos, filósofos, revolucionários e historiadores que se ocupassem de registrar acontecimentos desse género. Mas isso não impediu que muitos dessem o seu contributo em prol da nação e do povo. Com o tempo, os destemidos (nacionalistas, filósofos, intelectuais, artistas, patriotas e revolucionários) foram despertando mentes, alimentando sonhos e iluminando os caminhos de muitos que estavam aprisionados, e outros que eram injustiçados e oprimidos pelos colonizadores. Graças a essa resistência e oposição aos detratores, muitos aderiram à luta contra a opressão, a injustiça, a ditadura e a exploração. Essas revoluções foram as sementes lançadas no nosso solo, que deram origem e frutos para a criação e o surgimento de muitos partidos políticos da época, como: UPA, UNITA, FNLA, MPLA, etc. Com o tempo, a UPA foi-se juntando a outros partidos.
Esses partidos tiveram como líderes: Jonas Savimbi (UNITA), Holden Roberto (FNLA) e Agostinho Neto (MPLA). Estes partidos tinham como princípio angular (base) lutar e guerrear contra todo tipo de opressão, injustiça e ditadura dentro do território angolano, que naquele tempo era dominado pelo regime ditatorial português. Eles lutaram, mas nem todos se mantiveram sólidos. Porque dois dos líderes traíram o povo e os interesses nacionais e, pior ainda, venderam o país de volta aos antigos patrões (colonos), o que fez com que alcançássemos uma falsa independência, levando-nos a tornarmo-nos refugiados dentro da nossa própria pátria. Isso aconteceu porque a sede pelas riquezas (avareza) e a fome pelo pão (poder) falaram mais alto do que a moral. Por isso, muitos corromperam-se.
A teoria leva-nos ao servilismo, e o servilismo leva-nos à corrupção do caráter e ao enfraquecimento psicológico e espiritual do nosso ser. Se não nos desprendermos dela, seremos eternos escravos, porque ficaremos dependentes, por milhares de anos, daqueles que dominam apenas a teoria. Por isso, eis a razão de exigirmos a prática em vez da teoria: porque a prática levar-nos-á à auto-libertação, à auto-realização, à progressão e ensinar-nos-á a sermos independentes. O melhor de tudo é que, quando dominamos a prática, ajudamos o próximo a crescer e a desenvolver-se. E quem sai a ganhar não somos apenas nós, mas sim o nosso país, porque nos tornamos mais produtivos.
Por isso: seja mais prático e menos teórico.
A PEJORAÇÃO DO NOME INDÍGENA
Desde a antiguidade, o homem procurou formas de ter o controle de tudo e até do seu próximo. Por essa razão, havia sempre guerra entre os povos vizinhos, tanto de curta quanto de longa distância. Não existe povo indígena. Por quê? Porque o termo indígena é uma pejoração, usado pelo Ocidente com a finalidade de desprestigiar, excluir e, acima de tudo, separar aqueles que eram nativos e originários das terras onde eles haviam emigrado em busca de riqueza. Por amor ao poder, eles exploravam, saqueavam, roubavam e pilhavam. O termo indígena era usado como código para desqualificação, humilhação ou rejeição contra aqueles que estavam sob os jugos do Ocidente. Se formos fazer uma investigação sólida e emancipadora, descobriremos e encontraremos vestígios que provarão essa narrativa, e teremos a conclusão de que aqueles que são chamados de indígenas verdadeiramente são os filhos ou verdadeiros nativos. Este termo nunca deveria ser aceito por aqueles que são nativos e originários de uma determinada terra ou país que lhes foi deixado como herança pelos seus ancestrais. O Ocidente taxou de indígenas somente os nativos da África, da América e da Ásia. A história tem muitas verdades que foram ocultadas por aqueles que continuam a tirar vantagem das mentiras velhas e caducas que, de tanto serem repetidas, tornaram-se verdades. E, por atingirem uma idade avançada, tornaram-se lendas na mente dos nativos oprimidos e acéfalos. O preconceito histórico, científico e acadêmico do Ocidente só é aceito por todos pelo fato de ser escolarizado e institucionalizado, tanto na Europa quanto em países onde não reina o resgate dos valores morais, culturais e, acima de tudo, históricos. Você não é indígena, você é nativo, melhor dizer: é um cidadão genuíno. Para aqueles que se conformaram e se alegram de serem chamados de indígenas, lembrem-se: o objetivo deles é fazer você se sentir inferior perante eles, e não igual a eles, muito menos orgulhoso da sua origem, da sua cor e do seu povo. Sei que serei taxado de louco e analfabeto funcional, mas uma verdade eu sei: em toda parte da Europa nenhum povo nativo é denominado indígena.
COMO ENTENDER MARTIN LUTHER KING E MALCOM X À LUZ DA FILOSOFIA?
Texto II.
Segundo a ideologia de Martin Luther King, é necessário que saibamos percebê-lo e compreender suas incursões na filosofia jakurista: Martin não foi apenas um revolucionário, mas sim um filósofo com princípios e ideias sólidas. Por quê? Porque ele incentivava os pretos a adotarem um comportamento imparcial e passivo, que levaria à resolução dos problemas que enfrentavam pela via do diálogo, do amor e da sensibilidade para com o opressor, sem que se derramasse sangue. A lei do talião, segundo sua ideologia, só provocaria mais derramamento de sangue e levaria ambos os lados à promoção da carnificina, algo que sua crença religiosa condenava e repudiava. Por isso, ele incentivava os pretos a não revidarem; para vencerem o inimigo, era necessário desarmá-lo psicologicamente, emocionalmente e fisicamente, oferecendo-lhe amor em vez de ódio. Diferente da ideologia e abordagem trazidas e promovidas pelo grande Dr. Malcom X, que defendia a lei do talião para que os inimigos do seu povo sentissem a mesma dor, perda e sofrimento, era necessário aplicar a mesma lei usada pelos opressores e detratores do povo preto. Dessa forma, ambos os lados chegariam à consciência de que a dor é universal para qualquer povo, pois somos feitos à imagem e semelhança do grande criador do universo. Ninguém é obrigado a consentir com a opressão, subjugação e ditadura impostas ao seu povo ou à sua família. É obrigação defender toda e qualquer causa que tenda a ferir e manchar a reputação do seu povo. Esta é a ideologia defendida por ambos, tanto Malcom X quanto Martin Luther King: todos estavam certos, pois sua preocupação era defender o povo preto das garras, grilhões e prisões que lhes eram impostas numa terra pela qual lutaram, defenderam, morreram e se sacrificaram em prol da independência.