Isabel Morais Ribeiro Fonseca

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"ALMA DE PRANTO"

Quem foi que viu
A sua alma a chorar
A própria dor agoniada
De noite as almas passeiam
Sombrias pelos caminhos
Pelas estradas, becos e ruelas
De véu escuro, nas noites em claro
De noite, quando as almas passeiam
E todos os ruídos, revertem-se em refúgio
De um corpo rasgado, remendado de dor
Vela acesa, no desabafo, vinho doce do desafio.
De uma promessa de passos entre os silêncios
A mordaça irônica aumenta no último refúgio do oprimido
Por isso que Deus proteja todas as almas de pranto e lamento.

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"ESCANINHOS"

Perspectiva em fúria
Saciada eternidade
Consumistas mutilados
Abutres feitos em momentos
Provérbios refletidos
Devoram os escaninhos
Tantas vezes ocultos
Verdades inversas
De quem cala
E não consente
Na vastidão do corpo
Do mistério da alma
Por lapso do tempo
Compasso de espera.
Mesquinho vizinho
Enlouquecido crepúsculo
Candeeiro ilumina o cemitério
Tristeza, choro, mar de infelicidade
Saudade, dor insignificante
Medo sobressaltado
Indiferença de quem não tem
Descaminho desalinhado, espinho alinhado.

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"POESIA EM VERSO"

A cortina da janela agita-se ao vento
Enquanto a minha mão tocava no teu peito
As nossas bocas sussurravam os beijos
Os nossos olhos falavam por nós
Antes que a noite pudesse ir embora
Os nossos lençóis cobriam-nos o corpo
Eterna noite esta, a nossa feita em poesia.

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"ENVELHECER"

Quando eu envelhecer
Na minha pele surgirão as rugas
Os vincos fixos
Mas no meu coração
Jamais ficará indiferente ao amor
A vida, a paixão
Por medo e coragem
Já deixei de fazer tanta coisa
Somos loucos, confusos
Em caso de dor, dê um belo sorriso
Amargo, doce
Se chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal
Em cada lágrima há um milagre
Reze, reze o terço
Nunca deixe de viver, de sentir
Saia fora do seu contexto
Ame e sinta-se amado
Envelhecer é um processo natural
Jamais fique longe do seu coração
Faça uma novena
Afinal em cada lágrima há um milagre
Se chorar será sempre inevitável
Sinta o gosto do sal, doce, amargo.

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FOSTE DOCE

.......Guardei-te, encontrei-te
Meu querido amor
........No meu silêncio
Sem palavras
......Perdi-me sem saber
E sem saber perdi-te
.......Quando julguei ter-me perdido
Encontrei-me em ti
......Reconheço-te, conheço-te
Ao adormecer as lágrimas
.......Que denunciam o meu amor.
Foste um sonho que passou
......Uma lágrima que deixei cair
Numa tarde quente
.....Foste uma utopia, um segredo
E uma verdade
........Nas palavra, nos silêncios
Que calaram-se
......Foste tudo, foste nada
De uma morte anunciada.

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TOCA-ME O CORAÇÃO

Estou apaixonada, o tempo parou
Os sentimentos são desejos que nos dominam
Sentimos o sabor, o cheiro, a magia do toque
No corpo e na alma
Já trilhei caminhos e descaminhos à procura de ti.
Ultrapassar os limites, sem perder a razão
Percorri as estradas escrevendo reversos
A delirar de prazer nos teus braços
Se tudo isto não for paixão
Talvez não saiba então
Decerto que não é um deserto seco.
Mas sim um belo jardim, com as belas flores
Com as sementes mais belas plantadas em terra fértil
Sem querer tu entraste no meu coração.
Entraste na minha vida, com um sorriso e um olhar sedutor.
Que me fez enlouquecer, se alguém me perguntasse
Porque o amo tanto
- Não saberia responder -
O teu lindo rosto toca-me o coração e os teus olhos conquistaram-me

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DOCE

.......Guardei-te, encontrei-te
Meu querido amor
........No meu silêncio
Sem palavras
......Perdi-me sem saber
E sem saber perdi-te
.......Quando julguei ter-me perdido
Encontrei-me em ti
........Reconheço-te, conheço-te
Ao adormecer as lágrimas
.........Que denunciam o meu amor.

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FOSTE

Foste um sonho
..... Que passou
Uma lágrima
...... Que deixei cair
Numa tarde quente
......Foste uma utopia
Foste um segredo
..... E uma verdade
Nas palavras
.....Nos silêncios
Que calaram-se
.........Foste tudo
Foste nada
.....De
Uma morte anunciada

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LIMOS DO SILÊNCIO

O silêncio sufoca-me
E amordaça-me calada
No espelho das palavras
Acumulam os sonhos

Vazias de si próprio
Na lama de águas mortas
Mágoas transformadas
Em limos desfeitos de medos

Silêncio refeito no espelho
Sonhos reféns das palavras
Mordaça fingida nas águas
Sentidas na morte da mágoa

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"SOLETRA-ME"

Soletra o meu nome
Entre o colar das nossas bocas
Entre os gemidos dos nossos beijos
Procuro a força das palavras
E o carinho nos teus braços
Bebe-me e apressadamente
E colhe o néctar do meu corpo
Entre as rosas que me ferem
O coração, a alma de alegria
Rasga-me como se de amor
De paixão se tratasse, meu querido.

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FILHOS

Os meus queridos filhos
São e serão sempre "os meus filhos"
Sangue do meu sangue, carne da minha carne
Enquanto eu viver, enquanto viverem, eu serei a sua mãe
Os filhos são um fragmento de nós
E não um prolongamento dos nossos sonhos
Temos o dever, obrigação de os ensinar a caminhar no mundo
Amando-os sempre, por muito diferentes que sejam de nós.
Eles são livres para sonhar e desejar um futuro à sua maneira
Não à nossa, temos de respeitar os seus sonhos
Os meus filhos são e serão sempre meus filhos
Do amor, da razão da minha vida, pedaços do meu coração.

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CAMINHO

O caminho é e será sempre Deus
Não carregue as mágoas no seu coração
Pois ele foi feito para amar
Não prenda a sua alma as correntes das tentações
O seu corpo foi feito para fazer o bem
Deixe as preocupações de lado e seja feliz

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"QUANTO TEMPO"

Há quanto tempo meu amor
Há quanto tempo que não me ouves
Há quanto tempo não me olhas nos olhos
Há quanto tempo não sentes a minha alma
Há quanto tempo que não me dás um abraço
Há quanto tempo não me dizes, gosto de ti
Há quanto tempo não sentes o meu abraço
Há quanto tempo não mostras que gostas de mim
Há quanto tempo não provas a minha boca
Há quanto tempo que não me prendes com as tuas mãos
Há quanto tempo não tenho o sabor dos teus lábios
Há quanto tempo não dizes que me amas
Há quanto tempo não ouves o bater do meu coração
Há quanto tempo somos dois, num só corpo, numa só alma.

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SENHOR

Senhor, tu sabes que sou frágil.
Tão frágil, ao ponto de partir-me
Como uma simples porcelana
Quero curvar-me diante de ti com humildade.
Tu sabes que tudo em mim
São como os dias de tempestades
Guia os meus passos, pois os meus
Levam-me para as águas intermináveis dos mares
Orienta as minhas noites que são revoltas e tristes.
Sopra nos meus ouvidos uma prece
Refresca a minha pobre alma
Tu sabes que sou imperfeita e por vezes desatenta.
Humildemente agradeço-te e ajoelho-me
Bendito seja o teu amor por mim
Amém

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"HÁ UM CORAÇÃO"

Há um lugar em mim
De onde mais ninguém tem acesso
Há um sitio, onde não me ausento
Há um cantinho, que eu não saio
Há um sitio, que é intocável
Há um coração, onde eu não quero sair
Onde é tudo intocável
De onde mais ninguém tem acesso
Que não me ausento, de onde permaneço
Esse lugar és tu, meu amor
Há um lugar no teu sossego
Do nosso desassossego
Que nos teus braços, nos teus beijos
Que me transportam para longe
Para as tuas mãos perdidas em mim.
Num afago lento, numa paixão declarada
A minha pele é tua, a tua é minha.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"COMO LER É BOM"

Como é bom ler, sem fôlego
Com paixão, com amor, sem dor
As palavras, letras, lidas, escritas
São impacientes de vontades apressadas
Irrequietas, agitadas de quereres constantes
Apressadas, inquietantes que entram de rompante.
Constantes, determinadas de ideias arrumadas
Obstinadas, decididas, sabem bem onde encaixar.
Cismadas, apaixonadas sabem por que regras guiar
É bom ler o amor, a paixão através dos outros
Sem fôlego, talvez mesmo que nada aprendamos
Ó que eu duvido muito meus amigos.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

CAMINHO DO AMOR

O caminho é e será sempre Deus
Não carregue mágoas no seu coração
Pois ele foi feito para amar
Não prenda a sua alma às correntes das tentações
O seu corpo foi feito para fazer o bem
Deixe as preocupações de lado e seja feliz
A nossa liberdade começa quando obedecemos à alma
Senão, somos levados à nossa própria escravidão
Ajude os outros, porque o caminho para a felicidade
É o caminho da nossa sintonia com Deus
Derrube as limitações que o seu ego lhe impõe
Livre-se do egoísmo, liberte-se da maldade
Esqueça-se de si mesmo, pense mais nos outros
Ponha fim a esta cadeia de todas as preocupações
Embeba o seu coração, com tudo que o faz feliz
Cultive a alegria em dose máxima, na plenitude da vida
Afinal a alegria provém dentro de nós mesmos
No amor com os outros, que vibra nos nossos corações
Apesar de todos os sofrimentos e injustiças desta vida
Sejamos sempre alegres e quando a dor, a tristeza
Quiser encobrir o arco-íris do sol que há na sua vida
Peça a Deus a serenidade e a luz brilhará novamente.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

É BOM

Como é bom poder acordar
Acordar bem disposta
Com um doce beijo ensonado
Mesmo num dia nublado
Como é bom acordar
Sentir a tua pele perfumada
Enrolada num abraço apertado
De um sorriso rasgado
Como é bom poder acordar
Acordar bem humorada
Mesmo num dia chuvoso
Com um doce beijo molhado
Enrolado num abraço carinhoso
De um sorriso rasgado
Como é bom poder acordar
Acordar bem humorada
Com um ensonado beijo profundo
Sem dissimulações ou cobranças
Enrolada num abraço apertado
Como é bom, um beijo simples molhado.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

POETA

Quisera eu ser poeta
....Escreveria um verso
Para traduzir o meu amor
....Passaria por marés ventosos
Entraria nas tempestades da paixão
...Nas calmarias do amor
Quisera eu ser trovador
...Diria todas as palavras
Para traduzir o meu amor
.......Sem destino
Sem passado, sem futuro.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"DO TEU CHEIRO "GOSTO "

Do teu cheiro gosto bastante
Quando me invades a alma
Fazes-me viajar para longe
Roubas os meus pensamentos
Leva-os para terras longínquas
Nunca me perguntas se eu quero
Levas-me simplesmente
Contigo ando de mãos dadas
As tuas folhas são linhas do meu coração
Que eu permito, preciso e procuro
Contigo levito, voo sem asas
As minhas mãos estão sedentas de ti
Página a página, de partes de nós
Amo sentir, contigo recomeço tantas vezes eu queira
Sonho contado, escrito em várias línguas
Em todos os idiomas pelos quatro cantos do mundo
Dimensões, realidades, sonhos de encantar
Incentiva os corações de várias gerações
Até os insensíveis, os durões choram
Riem, amam e sofrem
Do teu cheiro eu gosto muito
Sentem-se a germinar, a transformar
Dos velhos livros já lidos e relidos
E os novos à espera para serem lidos.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"METADE DE MIM ÉS TU"

Sofro por não te ver, sofro se te perder
Palavras feitas de silêncios, esquecidas no sótão
Longe de perder os teus gestos, os teus afetos
Onde o sorriso embala a tua, a minha alma
Durante todos os segundos, minutos
Horas, dias, meses e anos
No silêncio da noite os nossos corpos
Estão sobre os lençóis amarrotados de linho
Noite de todos os segredos desvendados
Que o tempo despertou em versos solitários
Onde a felicidade vive agitada, sem tempo de recordações
Da fome das palavras que dizíamos no nosso silêncio
Olho-te, sinto o teu pulsar, és como um vulcão
Num laço apertado de desejo, de amor.
Porque metade de mim é amor e a outra metade és tu.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"AMAR É BOM"

Como é bom
Amar e sentir-me amada
Como é bom
Poder acordar, nos teus braços
Onde me abrigo em ti
Como é bom
Protegeres-me de mim, em ti
Como é bom
Entregar-me a ti, sem reservas
Como é bom
Amar-te incondicionalmente
Como é bom
Poder acordar contigo
Com um beijo ensonado
Numa manhã nublada
Com a confiança na alma
No coração, na mente.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

DEUS

Quando nos tornamos felizes
Com a alegria dos outros
Mergulhamos bem fundo
Na procura de Deus
Encontramos as pérolas da sua presença.
Não sou exigente com a vida
Muito menos com nada
Só quero que Deus conserve a beleza
De uma sede de vida
De um vendaval de emoções
Na coisas mais simples e belas
Da minha, da tua, da nossa vida.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"PRISÃO"

Ar contemplativo das feras presas
Passeiam mudos, os bandidos cativos
Em grades de algemas frias
Calcam e recalcam tudo em redor
Olhos frios, calculistas, mesquinhos, vorazes
Coração de ferro deitado ao mar
Alma triste resignada, cérebro mole
Corpo de um inútil deserto
Tatuagens no peito, no braço
Entre guerreiros e poetas
Olhos cansados, riso magoado
Mata-se a dor, a saudade invade o regresso
De novos trilhos, novos caminhos
Pés doridos, roxos de espinhos
Perde-se a imagem da auto estima
Morre-se na hora prometida
Apaga-se a luz na noite da vida
Cessa-se a ressaca das trevas
Chora-se o pesadelo em ruínas
Olhar apagado cansado de ver
Acorda-me depressa que eu não quero beber
O veneno que me dão doidamente
Como um verme doente e frio.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"OBRIGADO"

Obrigado por seres quem és
Obrigado por estares quando preciso
Obrigado por tomares conta de mim
Obrigado por tirares-me o medo
Obrigado por me encontrares
Obrigado por não me perder
Obrigada por me dares a mão
Obrigado por o teu abraço
Obrigada por saberes sossegar-me
Obrigado por me protegeres
Obrigado por me defenderes
Obrigado pelo amor que me tens
Obrigado pela tua dedicação
Obrigado por seres quem és em mim.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro