Gabriela Turrin.

Para mim, escrever não serve só como desabafo. Escrever é como se eu estivesse falando com alguém, mesmo ele não me respondendo, mas ainda sim continua me ouvindo.

Saudade vem, vai, passa e a gente esquece.

Ás vezes eu me surpreendo com minhas próprias dúvidas; e se nós nascêssemos sabendo de tudo? Certamente de que tudo seria mais fácil, mas nós nunca experimentaríamos a sensação de aprendizagem, de um começo de amor, de amizade e qualquer outra coisa. Não iríamos viver por muito tempo, nosso corpo necessita de aprendizagem, clama por ela. Nem tudo o que é mais fácil é sempre bom. Talvez o mais difícil seja a melhor das soluções e de mais coragem. Cada vez mais difícil, melhor fica. Afinal, quem não gosta de um desafio?

Amar não significa jogar-se de um precipício com a certeza de que seu amado estará no final da queda com os braços abertos para te segurar.

Encaro o sorriso como uma quimera. Meus olhos e lábios sorriem, mas meu coração chora.

Não encare minhas palavras as mais verdadeiras. Mas prefiro machuca-lo com as verdades, do que iludi-lo com as mentiras.

O mal de filmes de romance, é que eles iludem tanto uma garota que ela esquece que nem sempre existe um final feliz.

Meus lábios dizem não, mas meus olhos dizem sim. Só questão de prática, se me conhece do jeito que diz, saberia disso.

Quer que eu pare de chorar? Transforme suas frases em algo que não seja tirado de um filme. Beije minha testa carinhosamente e diga que sou sua garota, sua menina. Diga "Eu te amo" com sinceridade. Quando isso acontecer, minhas lágrimas se transformarão em sorrisos verdadeiros e contagiantes. Mas enquanto não acontece, vou chorar, porque chorar faz bem.

Viva nas suas ilusões, que eu viverei nas minhas realidades.

"Suas mãos soam, você gagueja na presença dele(a). Ri de tudo que ele(a) fala, mesmo não tendo graça. Isso não é amar. Amar é muito pior que isso.".

Sabe, eu me amo. Mas não sofro de egolatria. Afinal, se eu não me amar, quem fará isso?

Não sou gostosa e nem tenho olhos perfeitos e azuis. Meus defeitos destacam mais que as minhas qualidades. Mas sei fazer miojo. Quem está com fome?

Meus sorrisos? Bem, podem ser considerados como máscaras. Creio eu que a máscara foi criada por alguém que não queria deixar os demais vê-la chorando. Para não se preocupar com a maquiagem borrada ou com os olhos avermelhados. Máscaras foram feitas para iludir, enganar. Assim como os meus sorrisos.

Minha esperança não morreu. Tenho esperanças de que ao nascer do dia, quando abrir meus olhos preguiçosos e terrivelmente teimosos, verei você velando meu sono. Tenho ainda a esperança de que onde quer que esteja, lembrará e me amará como eu lembro e te amo. Tenho esperanças de um dia terei você de volta e que tentarei todos os dias não cometer o mesmo erro. Tenho esperanças de que nunca me esqueça. Mas lembre-se; passe horas, dias e anos, sempre te amarei.

Há momentos na vida que você tem de decidir. O tudo ou o nada. Ser corajoso e lutar, ou covarde e fugir.

Meu amor é como uma nuvem. Um dia, o vento leva ela embora, mas logo depois ele traz outra para ocupar seu lugar.

O inverno é tão bom, inova um pouco. O calor logo se vai, e aquele friozinho gostoso chega. Mas o inverno lhe deixa mais vulnerável, mais carente. Deixa você querer sentir aquele calorzinho nos braços de quem você ama. É ruim? Bem, não sei. Cabe a você decidir.

800 - Eu deveria ter o seguinte aviso colado na testa: Cuidado, extremamente frágil, o coração pode quebrar em milhões de pedaços. Se apega muito rápido. Favor, não abrace, nem beije e muito menos diga coisas bonitas. Assim, seria muito mais fácil.

Beleza não é pra sempre, tão pouco a juventude. Pare de tentar conquistar algo com a beleza e conquiste com o seu caráter. Pois com ele, você nasce vive e morre.

Enquanto vivemos imensamente tentando fazer o certo e evitando o errado, eu vejo que mesmo nos nossos erros, tiramos alguma vantagem nisso, afinal. Você cai, sente-se fraco por um momento, mas logo depois você se levanta, e tenta novamente. Tudo tem um propósito.

Não há como negar; todos nós, às vezes, gostaríamos de ser abraçados por alguns tentáculos da solidão. Pelo menos, desse jeito, sairiam da mesmice que nós chamamos de vida, que a mesma se encontra afogada num tédio profundo. A monotonia só cansa a quem tem a sabedoria de que a mesma o rodeia. Outros, por outro lado, estão cegos demais para enxergar a verdade. Eu, no entanto, não sabia se posso considerar isso como um dom ou apenas uma coisa da minha cabeça. Eu estou ciente que sou diferente, só estou com medo dos outros não me aceitarem.

Ele era um desconhecido, mas não para os que lhe cercavam, e sim para si mesmo. Uma infelicidade tremenda, não conhecer o ser que habita em si. E por mais que perambulasse pelas ruas desertas procurando a resposta, jamais a encontraria. Poucos viviam com essa tristeza. Por ora, ele não era sortudo. E quando perguntou a si mesmo; quem eu sou? Percebeu o quão sem sentido era, e perdeu-se em seus pensamentos confusos. Percebera também que era meio infeliz. Sei que você, caro leitor – pelo menos, os que sabem interpretar – sabem que não existe meio amado, ou meio traído. Na verdade, não existe. Ou é, ou não é. Um tolo ingênuo sem o conhecimento de si, digno de pena.

- Cara...
- O quê?
- Estou apaixonado.
- Ih... Boa sorte.
- Boa sorte? Com esse tom de tristeza? Parece até que estou com uma doença terminal.
Bufou o apaixonado.
- Não, cara. Se continuar com essa de amor, vai estar terminando mesmo. Terminando com a sua liberdade.
- Você não sabe do que está falando. Você perde sua liberdade, sim. Mas, da forma mais bonita possível. Eu viro um poeta, viro um amante da noite. Ainda mais quando se é correspondido. Ah, tudo fica fenomenal. Deveria tentar.
E ele saiu andando com passos tortos, cantarolando.
- Perdi mais um amigo para o amor.
Jogou o resto do seu cigarro no chão, pisou nele. Suspirou melancólico.
- Quando eles irão me perder para esse ladrão da liberdade?

— Cara...
— O quê?
— Estou apaixonado.
— Ih... Boa sorte.
— Boa sorte? Com esse tom de tristeza? Parece até que estou com uma doença terminal.
Bufou o apaixonado.
— Não, cara. Se continuar com essa de amor, vai estar terminando mesmo. Terminando com a sua liberdade.
— Você não sabe do que está falando. Você perde sua liberdade, sim. Mas, da forma mais bonita possível. Estonteante. Eu viro um poeta, viro um amante da noite. Ainda mais quando se é correspondido. Ah, tudo fica fenomenal. Deveria tentar.
E ele saiu andando com passos tortos, cantarolando.
— Perdi mais um amigo para o amor.
Jogou o resto do seu cigarro no chão, pisou nele. Suspirou melancólico.
— Quando eles irão me perder para esse ladrão da liberdade?