Francisco Razzo

Encontrados 13 pensamentos de Francisco Razzo

"O criminoso nega a si mesmo ao negar a pessoa do outro – um assassinato nunca é um crime contra um homem antes de ser um crime contra a humanidade."

Filosofia não é uma disciplina objetiva, mas a condição de toda objetividade de conhecimento. Não é uma disciplina da "área de humanas", mas a condição para se classificar todas as áreas.
Nesse sentido, eu realmente não consigo entender como um professor de filosofia pode usar sua disciplina para doutrinação ideológica. Ele precisa ser muito pilantra para falsificar a próprio natureza do conhecimento filosófico.

Ou você tende a pensar em um Estado Mínimo, como parâmetro para uma ação política de negação do poder do Estado, ou, pelo contrário, você tende a pensar em um Estado Máximo e os meios de sua efetivação.

Pobre de "direita" só pode ser: burro, sem memória, mau-caráter, interesseiro, idiota, canalha, digno de pena...
Afinal, pobre só tem algum valor social quando é fantoche das elites intelectuais de "esquerda".
Ainda bem que existem autores considerados de esquerda e de direita (Judt, Sandel, Dalrymple, Scruton e Sowell) para além dessa dicotomia maniqueísta pobre e burra.

Consta inúmeros episódios sórdidos na biografia do queridinho dos intelectuais ultra-descolados pós-modernos, refiro-me a Michel Foucault (ele tem coisas excelentes, embora Mario Vieira de Mello tenha sido um dos primeiros críticos no Brasil a levantar dúvidas sobre a qualidade de Foucault como filósofo): orgias, sadomasoquismos, consumo excessivo de drogas (Maconha e LSD)... enfim, nada que possa ser comparado, no entanto, a isto aqui: na época em que Foucault ensinava em uma faculdade na década de 60 e já desfrutava de certo prestígio, ele deu uma bolsa de assistente a seu amante, Daniel Defert. Não é lindo usar do prestígio para privilégio dos amigos, como ensinava Trasímaco lá no primeiro livro da República? Mas isso não foi nada. Quem nunca, não é verdade? O ponto importante é este: quando foi indagado pelo conselho universitário sobre ter dado bolsa a seu amante em vez de ter dado a outro candidato -- no caso o outro candidato era uma MULHER mais velha e, tomem nota, mais bem qualificada (não que mérito deva importar muito), Foucault respondeu: "porque nós não gostamos de SENHORAS DE IDADE AQUI". O pessoal que usa Foucault como o grande denunciador e libertador de toda forma de relação de sujeição, captou a mensagem?

Jesus de Nazaré, o Galileu, conhecido também como Cristo, nasceu da Virgem Maria, foi concebido pelo poder do Espírito Santo.
Infelizmente, Jesus cruzou o caminho de Pilatos, o golpista, que preferiu, em vez de fazer justiça, agradar o povo. No ápice de sua covardia, Pilatos mandou libertar Barrabás, um repugnante assassino metido a revolucionário, e, depois de lavar as mãos, mandou açoitar e crucificar Jesus.
Mas Cristo — isto é: a Verdade, o Caminho e a Vida — desceu à mansão dos mortos e, para cumprir a promessa, ressuscitou ao terceiro dia. Hoje, amanhã e sempre, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso.

Inserida por LEandRO_ALissON

"A universidade, que deve prezar antes de tudo pela livre circulação de idéias, não pode se tornar um ambiente cuja asfixiante atmosfera é de intimidação e servilismo dogmático."

Com a morte de Fidel, a esquerda e simpatizantes definitivamente saíram do armário. Não precisamos ficar espantados com essa declaração de amor, pois é exatamente assim que pensam: amam ditaduras, relativizam atrocidades... Surpreso eu estaria se agissem diferente.

Qual o problema de certos argumentos contra o aborto terem fundamento na visão religiosa de mundo? A maioria dos que são a favor fundamentam suas teses em uma concepção materialista de mundo. Em última análise, são conflitos de visões e que não só devem como permeiam todo debate público. Assim como o materialista tem o direito de professar publicamente seus dogmas, por que o cristão também não teria? Portanto, o problema é de outra natureza. Tem ver, na verdade, com postura. Ser um canalha dogmático não é exclusividade de pessoas religiosas, mas de pessoas estúpidas.

O nível da educação brasileira é um troço tão absurdo que a pessoa tenta ofender te chamando de 'professor de cursinho'.

Contrariando um pouquinho o veredito popular, filosofia é a mais concreta, exata e objetiva de todas as disciplinas, pois estabelece a racionalidade como seu critério fundamental. Além disso, exige tranquilidade e liberdade interior. Não falo isso por trabalhar com filosofia. Não tenho interesses corporativistas. Graças a Deus não há sindicato de filósofos.

A filosofia não cria problemas por capricho de gente desocupada. Todos os problemas são formulados a partir de experiências humanas muito concretas e vivas. No entanto, o pensamento filosófico exige a experiência de um tempo diferente do tempo cotidiano. A filosofia exige tranquilidade, coragem e humildade. Exige diálogo interior, liberdade e profundo senso de responsabilidade.

⁠A discussão séria em torno do aborto envolve dois problemas básicos. Primeiro: o que é isto — o ser humano? Segundo: como decorre o valor da vida humana? Esses temas, a despeito do que defensores do aborto alegam, não diminuem o valor da vida da mulher; pelo contrário, garantem. O valor da mulher não decorre de sua situação social empírica (por exemplo, ser brasileira, ter 22 anos, morar no interior do Rio de Janeiro etc.), mas do fato antropológico de ser pessoa e valer para este ou qualquer mundo possível. Com isso, afasto o argumento de que, se na maioria dos países civilizados o aborto é permitido, por que não seguir seus exemplos? Simplesmente porque o status pessoal e a relevância moral de uma mulher não aumentarão em razão daqueles países serem mais civilizados, assim como não diminuem o status pessoal e a relevância moral do embrião. A liberação do aborto não é uma condição necessária de civilizações empoderadas. Muito pelo contrário, pode indicar o início de seu processo de colapso. Liberar o aborto aqui não nos fará uma grande nação. E, mesmo se vivêssemos em um mundo materialmente farto, socialmente rico, culturalmente civilizado, no qual mulheres não morrem mais em decorrência de abortos clandestinos, não se anula o fato de o aborto ser objetivamente imoral. Porque, se é objetivamente imoral, assim o é para todos os mundos.

Inserida por sammisreachers