Cornelia Funke

Encontrados 12 pensamentos de Cornelia Funke

Alguns livros devem ser degustados, outros são devorados, apenas poucos são mastigados e digeridos totalmente.

Não é estranho como um livro fica mais grosso depois de ser lido várias vezes? Como se cada vez ficasse algo grudado entre suas páginas. Sensações, pensamentos, ruídos, cheiros… E então, quando folheia novamente o livro depois de muitos anos, você descobre a si mesmo ali, um pouco mais novo, um pouco diferente, como se livro tivesse guardado você, como uma flor prensada, estranha e familiar ao mesmo tempo. (No livro Sangue de Tinta)

Eu acho que ela se alimenta de letras. Toda a casa dela está atulhada de livros. Ela os prefere à companhia de seres humanos.

O mundo era terrível, cruel, impiedoso, negro como um sonho mau. Não havia um lugar para viver. Os livros eram o único lugar onde havia compaixão, consolo, alegria… e amor. Os livros amavam a todos que os abriam, ofereciam proteção e amizade sem exigir nada em troca, e nunca iam embora, nunca, mesmo quando não eram bem tratados.

As histórias nunca acabam... mesmo que os livros gostem de fingir que sim. As histórias sempre continuam. Elas não terminam na última página, tanto quanto não começam na primeira página.

Qual de nós nunca sentiu que a personagem que está lendo na página impressa é mais real do que a pessoa que está do nosso lado?

Não se envergonhe das lágrimas. Em minha vida, derramei muitas lágrimas e não foram suficientes.

Ele sentia a escuridão na pele, como uma promessa. Como um manto tecido por liberdade e perigo.

Dizem que muitas vezes os humanos sentem o amor como se fosse a morte. É verdade?

Eles eram o seu lar quando ela estava num lugar estranho – vozes familiares, amigos que nunca brigavam com ela, amigos inteligentes e poderosos, audazes e experientes, viajados, aventureiros calejados.

Você mesmo sempre diz que os livros têm de ser pesados, porque o mundo inteiro está dentro deles.

Por que os adultos achavam que as crianças suportavam melhor os segredos do que a verdade? Será que não faziam ideia das histórias tenebrosas que elas inventavam para explicar os mistérios?