Charles Baudelaire

101 - 117 do total de 117 pensamentos de Charles Baudelaire

⁠"Há coisas que deveriam excitar a curiosidade dos homens no mais alto grau, e que, a avaliar pelo seu modo de vida normal, não lhes inspiram nenhuma.
Onde estão os nossos amigos mortos?
Porque estamos nós aqui?
Viemos de alguma parte?
O que é a liberdade?
O número de almas é finito ou infinito?"

Inserida por dia_marti

⁠"Os ditadores são os criados do povo, nada mais - aliás um raio de papel - e a glória é o resultado da adaptação de um espírito à tolice nacional"

⁠"Desconfiemos do povo, do bom senso, do coração, da inspiração e da evidência"

Inserida por dia_marti

⁠" A menina dos editores
A menina dos chefes de redacção
A menina espantalho, monstro, assassina da arte
A menina, o que ela é na realidade"

Inserida por dia_marti

⁠"Não pode marcar-se exactamente onde termina uma influência, mas essa influência substituirá em toda a geração que a sofreu na juventude"

⁠«O homem de espírito, aquele que nunca se porá de acordo com ninguém, deve aplicar-se a amar a conversa dos imbecis e a leitura dos maus livros»

⁠"Para que a lei do progresso existisse, seria necessário que cada qual a quisesse criar; isto é, quando todos os indivíduos se aplicarem a progredir, então, a humanidade estará em progresso"

⁠"Tanto no moral como no físico, sempre tive a sensação do abismo, não só do abismo do sono, mas do abismo da acção, do sonho, da lembrança, do desejo, do arrependimento, do remorso, do belo, do número. Cultivei a minha histeria com prazer e terror. Agora, continuo com a vertigem e hoje (...), sofri uma singular advertência : senti passar por cima de mim o vento da asa da imbecilidade"

⁠"A desgraça que se perpetua produz na alma o efeito da velhice no corpo: deixamos de nos poder mexer; deitamo-nos"

⁠Em cada minuto somos esmagados pela ideia e pela sensação de tempo. Não podemos olvidar o tempo a não ser servindo-nos dele. Tudo só se faz a pouco e pouco. Não há obra longa a não ser a que não ousamos começar. Ela torna-se pesadelo

Inserida por dia_marti

⁠quando dispomos de muito tempo para gastar, persuadimo-nos de que podemos aguardar anos a brincar em frente dos acontecimentos

Inserida por dia_marti

⁠Uma série de pequenas vontades faz um grande resultado. Qualquer recuo da vontade é uma parcela de substância perdida

⁠"É fácil observar que a Natureza torna bastante dura a vida daqueles de quem deseja extrair grandes coisas.”

Prefácio de Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe

⁠Faça o seu melhor todos os dias e, no dia seguinte, confie em Deus.

⁠Pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: É hora de embriagar-se!

Charles Baudelaire
O Spleen de Paris: Pequenos poemas em prosa. Rio de Janeiro: Imago, 1995.

Nota: Trecho do poema Embriagai-vos! (ou Enivrez-vous, no título original).

...Mais
Inserida por jorge_henrique_elias

A indústria fotográfica, ao invadir os territórios da arte, torna-se sua mais mortal inimiga.

Charles Baudelaire

Nota: Trecho da carta Le Public Moderne et la Photographie (O público moderno e a fotografia, em tradução literal).

...Mais
Inserida por pensador

EMBRIAGUEM-SE

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se!
Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire
Petits poémes en prose (1869).
Inserida por marcosarmuzel