Bertrand Russell

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A matemática é a única ciência exata em que nunca se sabe do que se está a falar nem se aquilo que se diz é verdadeiro.

Quantos mais motivos de interesse um homem tem, mais ocasiões tem também de ser feliz e menos está à mercê do destino, pois se perder um pode recorrer logo a outro.

A raiz do mal reside no fato de se insistir demasiadamente que no êxito da competição está a principal fonte de felicidade.

O coração humano, tal como a civilização moderna o modelou, está mais inclinado para o ódio do que para a fraternidade.

Nada é tão fatigante como a indecisão e nada é tão fútil.

O amor sob a sua forma mais elevada revela valores que sem ele ficariam ignorados.

Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.

Mesmo quando todos os especialistas estão de acordo podem muito bem estar enganados.

Se a raça humana sobreviveu, foi graças à ineficiência.

O homem moderno não combate as calamidades com a humildade; descobriu que elas devem ser combatidas com os conhecimentos científicos.

Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade.

O segredo da felicidade é o seguinte: deixar que os nossos interesses sejam tão amplos quanto possível, e deixar que as nossas reações em relação às coisas e às pessoas sejam tão amistosas quanto possam ser.

O trabalho é desejável, primeiro e antes de tudo como um preventivo contra o aborrecimento, pois o aborrecimento que um homem sente ao executar um trabalho necessário embora monótono, não se compara ao que sente quando nada tem que fazer.

O problema com o mundo é que os estúpidos são excessivamente confiantes, e os inteligentes são cheios de dúvidas.

Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar...

Muitos homens cometem o erro de substituir o conhecimento pela afirmação de que é verdade aquilo que eles desejam.

Se houvesse no mundo um grupo grande de pessoas que desejasse mais a sua própria felicidade do que a infelicidade dos outros, em breve teríamos o paraíso.

O que os homens realmente querem não são conhecimentos, mas certezas.

Muitos ortodoxos falam como se fosse obrigação dos céticos contraprovar dogmas consagrados, e não dos dogmáticos comprová-los. Isso é, claro, um equívoco. Se eu sugerisse que entre a Terra e Marte há um bule de chá chinês rodando em torno do Sol numa órbita elíptica, ninguém seria capaz de contraprovar minha afirmação, desde que eu tenha tido o cuidado de acrescentar que o bule é pequeno demais para ser revelado até pelos nossos telescópios mais potentes. Mas, se eu prosseguisse dizendo que, como minha afirmação não pode ser contraprovada, é uma presunção intolerável por parte da razão humana duvidar dela, imediatamente achariam que eu estava falando maluquices. Se, porém, a existência do bule tivesse sido declarada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todos os domingos e instilada na cabeça das crianças na escola, a hesitação em acreditar em sua existência se tornaria um traço de excentricidade e garantiria ao questionador o atendimento por psiquiatras numa era esclarecida ou por um inquisidor em eras anteriores.

Eu acredito que quando morrer, irei apodrecer e nada do meu ego sobreviverá. Mas me recuso a tremer de terror diante da minha aniquilação. A felicidade não é menos felicidade porque deve chegar a um fim, nem o pensamento e o amor perdem seu valor porque não são eternos.

A menos que se admita a existência de Deus a questão que se refere ao propósito de Deus para a vida não tem sentido.

Moralistas são pessoas que renunciam às alegrias corriqueiras para poder, sem culpa e recriminação, estragar a alegria dos outros.

A causa fundamental dos problemas no mundo de hoje é que os estúpidos são convencidos enquanto os inteligentes são cheios de dúvidas.

Bertrand Russell
RUSSELL, B. Mortals and Others: Bertrand Russell's American Essays, 1931–1935. London: Routledge, 1998.
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O mal dos tempos de hoje é que os estúpidos vivem cheios de si e os inteligentes cheios de dúvidas.

Bertrand Russell
RUSSELL, B. Mortals and Others: Bertrand Russell's American Essays, 1931–1935. London: Routledge, 1998.
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Por que cometer erros antigos se há tantos erros novos a escolher?