Anna Flávia Schmitt
Concupiscência embaladora
e mútua feita para te dar
Cajazinho devagar na boca,
Do jeito que tu gosta,
para dar mostra hipnótica
e entregar o seu corpo
nos braços da deleitação,
No afã de cumprir o pacto
à altura tua provocação,
Com estro e todo o charme
na mente e no teu coração,
Para que o verbo não se cale
e o amor em ti se cumpra
em salto sem temer a altura.
Ser a literal transverberação
que adentra os seus poros
ao redor da umbuzeira
carregada de frutos frescos.
No olhar captando o concúpito
arquitetado que não recuso,
consciente de que não escapo
quando chegar o dia marcado.
Ler no eriçamento do teus pêlos
a alta literatura sendo escrita
antes mesmo de ter começado.
Um paroxismo pelo enfeitiçamento
sedutor que não tem dado sossego
para o corpo, a alma e o sentimento.
Em inefável palpitação crepuscular
quando está no teu doce arquitetar,
durante o teu paroxismo silente
que todos os dias está a aumentar.
No teu peito, na mente e na alma
estabeleci território de total pacificação,
Onde Súcubo e Íncubo ágeis como
fantasmas de carícias fazem habitação.
O quê tu buscava acabaste de encontrar,
depois do meu aroma de Pitanga-preta,
a tua ânsia não deseja por outro buscar.
A tua intuição tem produzido fino absinto
sensorial só pela miragem de meus lábios,
abrindo os nossos portais para o paraíso.
Tenho envolvido os seus sentidos
pouco a pouco por dentro,
Porque sou o amor crescendo
e entregue de aurora em aurora.
Não estou em guerra com você
e nem você está em guerra comigo,
Para Deus só peço neste caminho
é que nós permaneçamos vivos.
Teto de espelhos não foram feitos
para nós e sim o teto de estrelas
em noite de céu aberto refletido
no salar de chão perfeito e cristalino.
O mais doce e que me pertence são
os teus lábios de Achachairu feitos
para desfrutar enquanto a canção
do vento do Hemisfério Sul a embalar.
Sem nenhuma pretensão
de ser nenhum pouco
diferente do que sou,
não volto atrás no tempo
que por mim passou.
O meu próximo rumo
é sempre em frente,
não disputo os espaços
que não me pertencem,
até as plêiades sabem.
Sob os teus olhos entre
as grumixamas que tingem
os lábios e a imaginação
rendidos para o gamahuche
inaugural para a cavalgação.
A sorte por nós foi lançada,
não é mais um jogo de sedução
que não vai dar em nada,
estamos na mesma conexão
a cada dia mais alinhada.
Por todos os lados aceitos
e considerados condenados
com beijos latinos de Bacupari
vou alcançando sem regresso
o teu fino avesso com sucesso
Para junto ir rumo ao universo
subverso cálido e metaverso
criptografado nos teus sensores
finos que pelos meus respondem
entusiasmados plenos de amores
No paraíso austral secreto
tem se revelado para os olhos certos
do teu jeito pleno que quero
o quê nunca sequer sonhado
nem pela História neste Hemisfério.
A queda envolvente silenciosa
diante da possessão absoluta,
O contentamento acende tocha,
tem me feito na tua bem-aventurada
do orvalho da proibida aurora,
que tu sorve sedento e dedicado
para fazer-te plenamente saciado.
Com os ventres licenciosos,
febris e nossos toques sutis,
A mente se deixar absorver
pelas respirações entrecortadas
com doce aroma de Jenipapo
e o seu cavalheiresco cuidado.
Tudo aquilo que por dentro foi
iniciado nem mais nenhum outro
alguém terá a audácia e a honra
do teu coração vir a tomar conta:
a inevitável glória do amor direciona.
Perto do tempo da Inuíba
florescer existem razões
imperiosas para te dizer
porque é preciso crescer.
Sempre que deixo alguém
é porque foi dado motivo,
Não caminho junto com
quem faz o outro diminuído.
Longe de ser narcísica
a visão e o autovalor
os mantenho refinados,
para ser sempre preservados.
Diante de ações e palavras
pelas quais não as procurei,
ao lado de quem as elegeu, não fico;
para não abalar a beleza do caminho.
Os anos passaram,
e não houve nada
capaz de fazer
com que me esqueça.
Sinal de que permaneço
como o teu jogo perigoso,
Em ti o mais poderoso
esquema de todos
os teus esquemas.
A Stella Alpina que tu
busca como estrategista
em prece e poesia
para fazer parte da tua vida.
A chance está lançada
ao alcance das tuas
mãos amorosas e divinas
que por muitas luas
será o teu Titânio onírico
entregue nu e dissolvido
pela audácia da quentura,
sem exitar de ser contido,
e sim irá se fundir íntimo
com o doce Cristal líquido
entre minhas hastilhas
conduzidas pelas tuas
ainda bem mais infinitas.
Murtinhas perfumadas
hão de ser degustadas
com arte aveludada,
compartilhada e dedicada
há de ser por nós celebrada.
Afinados como uma
orquestra de música clássica,
convictos seguiremos adiante
sem desejar da vida mais nada
que não seja viver de romance.
Com as mãos seguras
no Camboim testemunha
carregado de frutas,
Estremecidos por teu ser
íncubo a gente se festeja,
Enquanto os frutos brindam
a espádua perolada,
Palores lascivos alcançam
e resistem porque da cena
acordados estamos a permanecer,
Porque o livre encantamento
selvagem chegou para envolver:
(Viramos habitantes do querer).
Não preciso entrar em modas
e usuais jogos de sedução,
Embora aposte alto
e com total dedicação
para não ser mais uma opção.
Diante dos teus olhos envolventes
e da tua boca com total
tendência a boa perversão,
Assumo a dissimulação
por pura provocação
para brindar a tua imaginação.
Sem esbarrar no Capim-cambu,
na ponta dos pés colho Umbu,
Enquanto o vento abana
o meu vestido escolhido
para os teus mais famintos ensejos
inquietantes para que tudo
entre nós se cumpra sem segredos.
Em rendição por habilidade
de Súcubo olhos nos olhos,
pronunciando o teu nome baixinho
só para receber o quê é meu
e dizendo o quanto és desejado.
Sem dar muitas voltas só
para te deixar avassaladoramente
gamado abrindo o espaço
que não cabe ser mais ocultado
para receber o quê é safado
e encaixada no teu regaço.
Endoidados pelo ambiente
e pelo vaivém premeditado
embalados ao som de Indie Rock,
Envolvidos pelo entusiasmo
do amor e da paixão nos ter
pela primeira vez encontrado.
Daqui para frente já está certo
tanto para você quanto para mim,
que não precisaremos ter cuidado,
porque valeu a pena ter esperado.
O despertar em Rodeio
com os canarinhos
no meu sereno portão
acertaram o meu peito
poeticamente em cheio.
O Sol sempre quando
vai descansar nos braços
do Pico do Montanhão
eleva a minha inspiração
no mais alto da imensidão.
A Lua Crescente sobre
a nossa Cidade que
fica no Médio Vale do Itajaí
é a Lua mais Lua do que
em qualquer outro lugar daqui.
Da ponta da caneta
são escritos Versos Intimistas
para que não me esqueça
ao som de Indie Rock,
para que a gente vire poema.
...
Dividindo o Camboim
de um amor único
Íncubo e Súcubo
em Versos Intimistas
para daqui para frente
viver vestidos de poesias
e sussurros de amor.
...
O vento traz a chuva
que faz dançar
o Capim-Cambu,
A tua alma me chama
por Versos Intimistas
que inflamam na cama
as mais doces fantasias.
...
Palores lascivos só de ler
os meus Versos Intimistas
e de imaginar o quê farei
quando estiver a sós contigo,
Não é difícil de prever que daqui
prá frente é esse o nosso destino.
Sem precisar urgir buscar
no dicionário, na gramática
e até mesmo no calendário,
Por instinto os teus beijos
e os mais doidivanos gozos,
provocadora escolho todos,
como quem colhe na época
certa os pêssegos-da-praia
festejando contigo a entrega.
Para que despudoradamente
no teu ser se escrevam e gravem
os mais lindos Versos Intimistas
n'alma, no corpo e em mim atem,
para que os desejos por dois sempre,
e em qualquer lugar nunca se calem.
(Dou-te este poder e tudo mais
o quê não pode se admitir disfarce).
Tal qual a Flor da Araucária
traz a primícia para o Pinhão,
Todo o meu amor anuncia
a chegada no seu coração,
Os teus olhos observadores
como os da Gralha-Azul
nos meus já são senhores.
A ironia do destino revela
a cada instante que criei
em ti a estação eterna,
Como devoradora terna
capaz capturar a tua pulsação
com amabilidade, sedução
e aconchegante possessão.
