Andreza Filizzola
Então, por destino ou não, por acaso ou por merecimento, o telefone toca e espanta a solidão de estar entre tantos e estar só.
Arrumar a mala dessa vez doeu. Doeu por não poder nela levar um coração. Doeu por não poder deixá-la ir, e aqui poder ficar com o coração que eu gostaria de levar.
Simples palavras que acabam de me arrancar, delicadamente, um sorriso bobo, cheio de saudade, de ânsia de querer estar perto; contando os dias, as horas, e os segundos, pra sentir aquele coração bater junto ao meu, assim, tudo sem pausa, sem porquês, só respiração, pele e um sentimento que eu ainda não se explicar, mas sei que me faz alguém bem mais feliz.
Sim, eu sinto falta. Sim, eu sinto uma vontade absurda de chorar. Sim, eu sinto uma vontade absurda de chorar quando lembro que fomos muito felizes juntos, e eu acreditei que seria assim por todo sempre. Sim, eu ainda choro. Sim, eu estou chorando. Mas vai passar. Assim como todo aquele amor que sentias também passou.
É só saber que se vai partir, que o coração se parte; parte dele vai, mas parte fica. Metade vê glória no novo, metade chora partida. Despedida.
Eu sabia que você chegaria. Não sabia que era você, mas sabia que o destino me traria alguém por quem meu coração acelerasse assim.
De onde eu pudesse ver o Cristo. De onde eu pudesse ver o mar. (Sobre: Estrada das Paineiras - Rio de Janeiro)
Muitos têm reclamado que ando ausente, mas poucos veem que a vida implica em movimento e mudanças. Raros compreendem que chega um tempo em que precisamos focar em determinados objetivos e ir à luta, sem desvios, sem interrupções. E isto, requer, espaço. É, então, que prioridades mudam. E não é por maldade, ou por esquecimento; é por determinação e vontade de evoluir.
Eu não deixei de amar os meus amigos; só não tenho mais tanto tempo disponível como antes. Eu não deixei de sentir saudade; só procurei ocupar o lugar vazio com a tranquilidade de quem quer muito ser alguém melhor.
E lá longe - escondidinho nesses tais pedaços de algodão - Ele de abraços abertos. (Sobre: Cristo Redentor visto do Pão de Açúcar - Rio de Janeiro)
É como se as energias positivas não encontrassem mais lugar no meu corpo e resolvessem explodir. (Sobre: Reveillon em Copacabana - Rio de Janeiro)
Saudade absurda de lá. Não que cá não seja bom, mas lá... lá eu deixei parte de mim que me faz falta aqui.