Alcemar, Pedro Smaniotto

Encontrado 1 pensamentos de Alcemar, Pedro Smaniotto

Exato, tchê. É uma sinuca de dois bicos, é uma tacada de dois legumes. Faca e queijo na mão, berinjela, goiaba, chanflis, toco y me voy, não se passe, venha com você agora toda a virtude que nunca percebestes que o caminho é sem fim desde aqueles momentos que tu viestes ao pranto sem saber qualquer virtude que nunca te acontecestes até tu sentir o que se passa pela tua cabeça porque tu nunca usastes um filtro solar nem um boné. O sol te pegou, a vida garrou, você fumaste, bebeste, saíste, e nem pensaste em trabalhaste porque o trabalho de certa forma te consumistes sem saber o que pensastes da vida. A vida que é uma vida só, que não pega e não passa, não vem e não laça, o laço vem, o laço materno, umbilical, cordão umbilical, cortou no nascimento mas tu ainda guardas o cordão do teu filho num armário porque tu achas que algum dia tu vai ser primário pra achar que o leite materno vai te salvar. Oxalá, passa pra mim, vem, toque y me voy. Traz pra mim de volta a previsão, previsão que pra mim virou apenas uma previsão de vida que já tem um fim. Então eu digo aqui que eu falo do tempo, previsão do tempo. Tempo chuvoso, as vezes sol, as vezes nublado, as vezes com granizo, as vezes seco, as vezes frio, e a vida é assim. Por isso que eu digo que a previsão do tempo é sem fim, mas tudo tem um fim, tchê. E o meu fim chegou, e assim eu vou. Nessa vida que vai ser muito notório, e o pior é que agora com o covid não vai ter nem velório. Então, eu me despeço e dou tchau. Tchau, tchau, tchau.

Inserida por joao_augusto_porto