Ausência
Solidão não é ausência de companhia.
É o vazio que grita, mesmo rodeado de vozes.
É estar entre todos, mas não pertencer a ninguém.
E essa diferença… mata aos poucos
Solidão a dois: o silêncio que machuca mais que a ausência. Nem sempre a dor está na ausência física. Às vezes, está no olhar que não vê, na escuta que não escuta. Entenda por que o abandono emocional silencioso pode ser mais doloroso do que estar só.
*“O Lugar Onde o Amor se fez Mar”*
Eu andava pelas ruas da ausência —
um deserto de silêncio e de promessas,
onde o tempo escorria em pó e vento,
mas ouvia, no fundo, aquela canção:
o canto leve do rio, o sussurro da areia,
o abraço antigo da terra e do céu.
Sentei-me na margem do instante,
onde a água se dobra em espelhos de calma,
e o cansaço, esse velho amigo,
desfez-se como fumaça de cigarro na madrugada.
Ali, o mundo era só um gesto simples —
um abraço que não pede nada,
um silêncio que fala de eternidade.
Os anos, esses ladrões de lembranças,
tentaram apagar o mapa do nosso refúgio,
mas o lugar ficou — intacto, suave,
como um verso guardado na pele.
Não é só um ponto no espaço,
é o começo e o fim do nosso tempo,
o jardim secreto onde o amor germina
mesmo quando a gente esquece de regar.
Hoje procuro com os pés cansados,
mas sobretudo com o coração que sabe —
a dor que é saudade é também promessa.
Será que existe um retorno?
Um caminho feito de memórias e luz,
onde possamos reviver a primeira vez,
onde o amor não morre, só se reinventa?
Vamos, então, deixar o tempo de lado,
e abrir a porta daquela casa antiga,
onde o amor se fez mar e a vida, poema.
Porque o amor que nasce assim, tão simples,
não se perde — só se transforma,
e será sempre o nosso lar,
o lugar onde o amor se fez mar.
Meu coração dói com sua ausência. Sinto sua falta, filho. Só queria que vc se lembrasse de mim de vez em quando.
A dor do luto é uma ferida profunda na alma, que marca a ausência de quem amamos.
É um silêncio que ecoa no coração, uma saudade que nunca cessa.
Cada lembrança traz um misto de dor e gratidão, pois o amor permanece, mesmo na ausência.
O luto nos ensina sobre a fragilidade da vida e a força que carregamos para seguir em frente.
Chorar é permitido, sentir falta é inevitável, mas é preciso lembrar que a vida continua.
Com o tempo, a dor se transforma em saudade serena, e as lágrimas dão lugar aos sorrisos de lembrança.
O amor que sentimos nunca morre, ele apenas muda de forma e passa a habitar a memória.
Respeitar o próprio tempo de cura é um ato de amor consigo mesmo.
Cada pessoa lida com o luto de maneira única, e não existe um caminho certo, apenas o seu.
Que, mesmo na dor, possamos encontrar esperança, acolhimento e paz.
Não vejo o frio como ausência de calor.
Na forma mais poética de enxergar o mundo,
é o jeito do inverno falar sobre o amor:
aqueçamos nossos corpos no abraço.
Vem, deita, se aconchega.
Fica mais um pouco.
O frio é ausência de calor;
A incredulidade é ausência de fé;
A escuridão é ausência de luz;
A ostentação é ausência de algo interior e o desrespeito é a total ausência de humanidade!!!
PARTIR
Navegar-te foi ausência
Entender-te foi silêncio
Parto agora sem ressalvas
Parto também o meu peito
Logo à frente um sorriso
Ao sul de algum lugar
A vida é partir
A morte é ficar
O início de tudo não foi um momento, mas uma ausência: a ausência absoluta, onde nem mesmo a ausência podia ser concebida. Antes de qualquer tempo, qualquer espaço, qualquer lei, havia apenas o impensável — aquilo que nem o nada consegue nomear. E então, sem porquê, sem finalidade, sem testemunha, o ser se insinuou: não como um estouro, mas como uma inevitabilidade silenciosa, um gesto que não pôde ser contido. O que chamamos ‘início’ não é o princípio de algo, mas a fratura do impossível — o ponto em que a inexistência já não pôde mais se sustentar e, ao ceder, deu lugar à possibilidade. O tempo nasceu junto com o espaço, como dois gêmeos siameses, costurados pela necessidade de que algo se transformasse. A matéria não veio depois: ela sempre foi o desdobramento desse impulso primordial, o eco daquela primeira vibração sem origem. O início não aconteceu, ele ainda está acontecendo, a cada respiração, a cada pensamento: o universo segue começando, incessante, em nós, através de nós, apesar de nós. E talvez seja esse o maior segredo: que o início nunca terminou.
Além do ser não há o nada, porque o nada já é uma ideia. Além do ser não há sequer a ausência, pois ausência é medida em relação ao que poderia ser presente. O que está além do ser é o inominável absoluto — não aquilo que não conhecemos, mas aquilo que não pode sequer ser cogitado, pois toda cogitação é já um ato
Se o ser é o campo onde tudo se manifesta, então além dele só pode haver a pura impossibilidade, não como uma barreira, mas como uma ausência total de necessidade. Não há tempo além do ser, não há espaço, não há movimento: há apenas o que nunca poderia ter sido, e ainda assim, não é.
Mas ao mesmo tempo… talvez não haja ‘além’. Talvez o erro seja pensar o ser como algo com bordas, com limites, com um exterior. Talvez o ser não tenha fora, e tudo o que somos capazes de imaginar como ‘além’ seja apenas uma dobra interna, um não-lugar que só existe como ilusão de afastamento.
Se for assim, não há além do ser: há apenas o ser, infinitamente curvado sobre si mesmo, experimentando-se em múltiplas formas, inventando abismos para sentir a vertigem da sua própria infinitude.
Talvez, no fim, perguntar ‘o que existe além do ser?’ seja o próprio gesto que revela a impossibilidade da pergunta: porque o ser é o campo onde a própria pergunta se forma. O que está além é o que jamais poderá ser pensado, sentido ou dito. É o absoluto silêncio, não como falta, mas como aquilo que nunca pôde ser interrompido pelo som.
Então, talvez… não exista ‘além’.
Talvez só exista o ser, pulsando sem motivo, sem fim, sem fora.
Porque tem gente que a gente não supera — a gente aprende a conviver com a ausência. Como quem mora com um fantasma que já virou parte da mobília.
Saudade é isso: dançar sozinho com as lembranças.
Com o peito apertado e o coração bêbado de passado.
A ausência deixa espaço. E é nesse espaço que mora a dor. A memória do que já foi e talvez nunca tenha sido do jeito que a gente lembra.
Aqui a tempestade ficou engarrafada e o sentimento não resolvido é transformado em memórias que a gente não queima porque o cheiro da fumaça lembra casa.
A ignorância não é apenas a ausência de luz, mas o solo fértil onde a alienação finca suas raízes e cresce, cega e obediente.
Ser feliz não é a ausência de dificuldades, mas a escolha consciente de encontrar significado e gratidão, mesmo quando a vida se apresenta com desafios e perdas. É a profunda convicção de que, apesar dos obstáculos, a experiência de viver é intrinsecamente valiosa e merece ser celebrada.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
Tenhamos fé!
Cê loco
Paixão para quê?
Na ausência: um sofrido
Na presença: um entorpecido
Paixão é uma invenção,
Do capitalismo com certeza
Feita para comprar, gastar e entregar
Chocolate, presente e coração
É caro: custa a paz, o sono, e a vida
Não tem tratamento
Quando não mata
Fica a vida toda
Por isso se proteja,
Pois quando acontecer
(E vai acontecer)
Vai doer, vai durar , vai matar
E com certeza vai ficar
E você ainda vai ter um sorriso
Bobo o resto da vida
Mas agora eu uso a tua ausência como um casaco: grande demais, pesado demais e cheio de coisa tua.
Ainda me aquece.
Mas só machuca.
O eterno reencontro
Amizade é luz que não se apaga na ausência,
vento que sussurra histórias antigas
e renova o calor do encontro.
Amigo é aquele que vê não apenas o que somos,
mas o que somos capazes de ser
e nos ama nessa possibilidade infinita.
Na desigualdade que nos une,
na diferença que respeitamos,
cresce uma árvore imensa,
cuja sombra acolhe corações cansados.
E quando o mundo tenta separar,
quando a vida desenha rotas distintas,
a amizade verdadeira se faz ponte,
um reencontro eterno, sem fim.
Pois amizade é arte de nunca esquecer
que, em algum lugar, um outro coração
bate no ritmo do nosso,
esperando para sorrir junto mais uma vez.
