Atores
ROLIÚDE NORDESTINA
Nesse canto isolado,
De uma aridez extrema,
Minisséries e novelas,
Atores entraram em cena.
Que se abram as cortinas!
Roliúde Nordestina,
É um lugar de cinema.
A Coxia
Palco vazio.
Atores na coxia.
Começa a peça,
Donde antes não havia.
Primeira cena. Na ribalta se exibiam.
Atores interpretando. Plateia, aplaudia.
Sonhos. Queremos sonhos. E por peça isso acontecia.
Fecham-se as cortinas. Todos juntos na coxia.
Uma apertava o vestido. Outro, o script relia.
abrisse e as cortinas. E no palco subiam.
A plateia fascinada. Nenhum barulho faziam.
E a peça prosseguia. Quando o cair da lona.
Toda berlinda aparecia.
Se o que era caixa. Ribalta. Não se sabia.
Misturava-se tudo coxia, araras, atores roupas e bijuterias.
E o povo nada entendia.
Sonhos , precisamos de sonhos. Era o que queriam.
E o canastra. Que sempre queria aparecer.
Improvisou um texto. Para a peça socorrer.
E chamava também a plateia, para o teatro vir fazer.
Se subia no palco, tanta gente. Como nunca se viu.
Em certo momento? Não sabia. O que era coxia,
Caixa, plateia ou rouparia.
Todo mundo falando, todo mundo reclamando , todo mundo improvisando.
E ninguém mais se ouvia.
E da plateia se ouvia. Os sonhos, cadê os sonhos?
E pouca coisa de bom se fazia.
Fecham-se as cortinas.
E os atores saiam. A plateia não via.
E teatro esvaziou.
Era muita realidade encenar. E repetidos fatos para sonhar.
E a peça, divida. Só duas partes encenou.
A parte por detrás da coxia. E a parte, onde toda a plateia via.
Não entendendo nada. Foram o teatro esvaziando.
E o sonhos. Queremos sonhar.
O teatro estava fechado, para nova coxia arrumar.
Marcos fereS
SOB AS LUZES DA RIBALTA
Sob as luzes da ribalta, nos afãs
dos espetáculos trágicos,
atores e artistas cênicos
aguardam para se exibir aos fãs.
A orquestra marca o compasso
bem atrás dos bastidores,
é aflição dos gladiadores
que se ataviam com embaraço.
Para não perderem a sua forma
eles se aquecem, relaxam
o plexo braquial e rezam
para não caírem da plataforma
elevada na gávea dos trapézios;
outros retraem os braços;
mascaram-se de palhaços
para se exibirem de gaudérios.
No entanto, as luzes da ribalta
que iluminaram o tablado,
ao terminar o seu reinado,
apagam-se no final e nada falta
para encerrar o triste panorama
que abruma o palco vazio.
Cessa então todo o desafio
que perfez o final de um drama.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
"E revezam nos tronos prefeitos e governadores; eloquentes, banais, fúteis atores. E navegam dissimulados sobre tuas dores. E você, Rio Capibaribe, continua sujo e belo nas mãos destes opressores."
Todos nós nascemos como uma folha em branco, nós somos os autores dessa folha, rodeado de atores que viverão ao longo do tempo a nossa história; umas muito boas...outras, nem tanto...
Faz parte do drama.
"Os atores"
Na berlinda da vida, os atores somos nós, representando um drama ou uma comedia,
Procuramos representar nosso papel, pois a plateia e exigente, um apupo ou uma vaia, estamos sujeitos, o enredo tem mais atores,
Mas somos os principais, tem hora que somos os mocinhos, hora somos os vilões, quando encerrar o pano no final, vão analizar nosso papel.
A vida é um filme e somos todos atores principais, nela não existem dubles e apenas tristes finais.
Nem os melhores atores conseguem trazer ao público o mais próximo da realidade quanto a própria realidade
Por trás das coxias
Na TV...
Uma matéria que demostra uma história..
Atores e atrizes se exercitam no que vão falar...
Entre uma cena e outra...
Um erro qualquer...
Que de fato isso é normal...
Tudo com intuito de chamar a atenção dos olhos de quem vão assistir...
Passou um comercial...
Entre as partes...
Teve suas Misturas de cores e arte...
Qualquer par de olhos podem isso decifrar...
Centrais de TVs...
Transmitem novelas e reportagens...
Filmes e séries...
Chocante é aquilo que ninguém vê...
Por trás das coxias...
O que é real não se mostra...
Mirabolante é o que fazem...
Pena que...
A diversão não é apenas uma profissão...
Entre valores e raízes....
Tudo vai pela contramão.....
Divertindo e sorrindo vão até a fita acabar....
Glossário são as palavras....
E não tem como isso negar...
Não sou ator...
Não sou figurino...
E nesse ramo...
Também não sou menino...
Entre cravos e canelas...
Uns sabem se fazer de boas peças nessa Câmara de gás...
Uns exalam e se sobrepõe....
Outros exalam e se sufocam....
Isso não está no pulmão...
E sim no pensamento....
Entre o juízo e prejuízo...
Tem também seus paraísos....
Cedo é para contracenar....
Tarde é para isso não ir ao Ar....
Medo pra que....
Se mostrar não é pecado....
Ir ao ar não é pecado....
Trafegar na artéria disso tudo não é fácil....
Porém...
Elas nos dão a saída de como combater o que será gravado....
Falar tudo que penso...
Nesse poema não caberá...
Isso não é poesia...
Pois minha parte aqui...
Teve apenas uma vírgula acentuada...
E ela é de baixo relevo...
Porquê no lago profundo que tentei mergulhar....
O relevo e contraditório...
E nele...
Quase eu me afogo...
Em tudo isso pensar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Mudando o cenário
O palco é triste e pobre.
Atores da dor.
Tudo pode ser mais nobre.
Não permita que a fé se dobre.
Vença pela fonte do amor.
Mudando o cenário.
Um texto novo meditar.
O pensamento precário.
De um ser hilário.
Que tudo pode se renovar.
Um palco ousado e temente.
Uma construção teatral.
O alimento necessário a mente.
Com atores da vida, valentes.
Mais que texto, mais que encenação.
Uma vida de construção.
Palco e plateia vencendo o mal.
Sei bem do que a sociedade se compõe.
Mas o que este texto propõe.
A vida dentro dessa novela.
No filme dentro dela.
Na humilde letra mais singela.
O palco que interessa.
De luta, de esperança, de sabedoria.
De mudança, saindo da teoria.
Deus falando.
Escrevendo e cantando.
Vencendo pelo jeito raro.
Uma letra, a palavra pra mudar o cenário.
Giovane Silva Santos
A falsidade faz das pessoas alguém irreal.
Existem por ai atores, dramáticos ou não, da vida real que mereceriam participar de qualquer premio, se fossem colocados à prova.
Mentem tanto e se mostram tão diferentes do que são, que sua própria realidade, aquela criada superficialmente, passa a ser sua verdadeira identidade.
Embora tamanha ficção seja tão transparente de se perceber pelos outros.
(Teorilang)
Nós somos atores da própria vida, interpretando papéis (máscaras, identidades) a todo momento, e nunca vivendo a vida verdadeira, natural e plena, que viemos viver.
"Fecham-se as cortinas, os aplausos silenciam-se, os atores retiram-se, fica apenas o se... Se eu tivesse lutado por tudo aquilo que recusei, se tivesse me redimido mais vezes,
Mas não é o fim, e se...?"
Somos atrizes e atores do palco do teatro Divíno,
é preciso seguir o roteiro para que as cenas não tenham que se repetir.
Se os dias forem pequenos capitulos, viva-os da melhor maneira. Se as pessoas forem os atores, atue da melhor maneira. Se a vida for uma história, escreva da melhor maneira.
O espetáculo será o mesmo se somente mudarmos de palco e substituirmos os atores, mas mantivermos o enredo dramático da peça.
Hoje, todos os políticos assediados pelas técnicas de comunicação acabam se tornando atores como Reagan a fim de também
ganharem as eleições. Hoje, o povo já não conhece mais a face verdadeira dos
políticos, mas conhece somente a sua máscara política.