As vezes Tinha que ser assim
O conhecimento, acreditava Humboldt, tinha que ser compartilhado, trocado e disponibilizado a todos.
Como é difícil chegar ao ponto de ter que escolher como falar com quem se tinha tanta liberdade de se expressar. Será que vou ter que explicar, tudo que falo?
Quantas vezes eu bati no peito e disse que tinha muitos amigos,hj eu tou como eu nasci,Com minha mãe,Deus e minha família, pois são os únicos que não me abandonam,tive que apanhar demais da vida pra aprender que sou rodeada de pessoas e não de amigos
Fruto do Pai
Meu pai dizia
Que tinha de ser aroeira
Lustrar a epiderme cinzenta
Pinçar as sobrancelhas
Escovar o hálito
Acetinar os cabelos
Cortar as cascas
Ser adstringente nas respostas
Resinoso para atrair
Não ter muita importância
Se banhar de estimação
Ser baga trilocular
Desconfiar
Que somos
Filhos de Deus
Em parto humano
Que nada descende
De nossa criação
Mas do espírito
Capsula
Suavizada em Deus
Com nome e identidade
Pela vida além
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
[...] e eu não tinha a pretensão de gostar de você, eu só queria te fazer bem, como tento fazer com todas as pessoas que conheço. Mas daí fui ficando, ficando, e despretensiosamente virou amor, e quando se transforma em amor, a gente perde toda pretensão de ir embora.
Para Celeste Rebordão Rodrigues -
Tinha braços largos de abraçar o mundo
tinha olhos fundos de beber a vida
tinha gestos brandos com toque de cristal ...
Tinha uma esperança crescendo e outra e outra ...
Chegou ao mundo vestida de poesia
trazia o fado na voz
a guitarra na Alma!
Traçou paisagens, ergueu destinos,
voou no vento ...
Nada foi inútil! Porque nada é em vão!
A memoria desse amor será eterna ...
Teus braços largos que me abraçavam
teus olhos fundos que me viam
teus gestos brandos que me tocavam
nem a morte pode fechar ...
Celeste, vem, e recolhe a última flor da Primavera!
(Dois anos volvidos ... cheios de silêncio e de saudade.)
Eu não tinha nada
Aí eu consegui tudo, o melhor de tudo
E agr... eu sobrevivo com os vestígios de algo que um dia foi bom, que um dia foi meu...
Alex estava sozinha, e a única coisa que ela ainda tinha era a liberdade de seguir a narrativa que mais lhe convinha.
CORPORE
Tudo começou numa tarde de sábado.
Tinha agendado um atendimento no seu espaço.
Ainda me lembro de cada movimento e palavras trocadas.
A energia que circulava no ambiente e aquela luz, que parecia uma sessão de cromoterapia.
Muitas coisa foram ditas que alcançou uma profundidade na qual eu não sabia que era possível.
Solidão, bem, oportunidade, rasteira, oportunismo, família e outras coisa que não podem ser ditas.
Acabei no meio do caminho desejando um relacionamento que talvez nesta vida não se concretize, mas na próxima quem sabe.
Não pude me despedir de uma maneira adequada, mas logo te encontrarei no caminhar da minha estrada.
THIAGO RIBEIRO DOS SANTOS
02/08/2020
Se eu tinha pressa de chegar
Hoje eu prefiro ir devagar
Cansei de correr
Deixa o tempo passar
A gente nunca sabe o que vai acontecer
Pensou que eu tinha me calado porque não ouviu ruídos
Enquanto eu arquitetava em silêncio meu maior grito
Pensou que eu tinha cansado mas nada me para e eu sigo
Mesmo sem sabermos, esta tinha sido nossa primeira viagem, mas não a última. Outro destino nos esperava. E quem sabe se também… outro mistério.
Papai e o Palmeiras
Década de 80, zona oeste de São Paulo. Tinha uns 7 anos eu acho.
No quarto em cima da cama, acompanho junto com meu pai o jogo do Palmeiras pelo rádio
de marca SANYO (que tenho até hoje).
Está é a primeira lembrança que tenho do meu Verdão querido.
Não me lembro com quem estávamos jogando...muito menos o resultado...
Mas me lembro da apreensão e atenção do meu pai escutando o jogo...a cada ataque,
a cada entonação mais forte do narrador...
E isto se repetiu por inúmeras vezes...e foi assim que fui apreendendo
a ser o Palmeirense apaixonado que sou hoje.
E chegou o grande dia de ir a um jogo! Foi no velho Pacaembu. Que emoção!
Dentro do ônibus já não me aguentava de ansiedade...ver o meu time jogando no estádio!
Ao descer no ponto, já via a nossa torcida maravilhosa fazendo festa, com as bandeiras
verde e branco tremulando sem parar...
Aquele clima de uma partida de futebol que só sabe quem já foi...
Correria para comprar o ingresso...depois para entrar no estádio.
Agarro firme na mão do meu pai e vamos! Entramos!
Tudo é novidade pra mim. Vou olhando tudo. A torcida que cantava e vibrava como sempre...
As bandeiras, o gramado, toda movimentação dos repórteres e tudo que envolve o jogo.
Meu pai compra uma porção de amendoim com casca. Coloca em cima da arquibancada mesmo. Vamos comendo o amendoim aguardando o jogo começar.
E de repente começa um barulho da torcida. As bandeiras se agitam. É o nosso Verdão entrando em campo!
Muito emocionante ver o seu time do coração de perto.
Começa o jogo. Uns com radinho no ouvido. Uns sentados...a maioria de pé...
A tensão é geral. Alguns xingam, outros ficam em silencio.
E o momento mágico acontece: Gol do Palmeiras!!!
Sinceramente não me lembro como foi...quem marcou, nada...rsrs
Só me lembro do meu pai me pegando e colocando em cima dos seus ombros...
Nós gritando sem parar...Olê Porco...Olê Porco...
Ah que lembrança gostosa...que saudade!
Mas aquela década de 80 foi sofrida para nossa nação alvi verde...
Chega a década de 90...já estávamos a 17 anos na fila...era hora de acabar com isto...
Sábado, dia 12 de junho de 1993.
Estou com meu pai a frente da TV. Tinha 15 anos. Final do campeonato Paulista contra o nosso arquirrival...
Estamos bastante nervosos como todos os outros torcedores.
Bom...o final todos sabem...A alegria foi imensa! A primeira vez que vi o meu Palmeiras ser Campeão!!
E muitos jogos se passaram...acompanhando pelo rádio principalmente ou assistindo pela TV.
As vezes a gente discutia por causa de alguma opinião diferente sobre o time,
sobre algum jogador, etc... Mas nada sério...
Tirávamos sarro dos colegas e amigos de outros times quando ganhávamos...
E éramos zoados também quando perdíamos...
Mas tudo na paz, sem brigas ou magoas. Que tempo bom.
Em Abril de 1996, meu amado pai se foi...
E acompanhar os jogos do Verdão sem ele nunca mais foi a mesma coisa...
Mas continuei, continuo e continuarei torcendo para este time maravilhoso
que meu querido pai me ensinou a amar!
Saudades papai! Avanti Palestra!
Se desfez da vida que tinha conquistado, do quartinho, do seu pedacinho de ser, do único lugar em que era triste e feliz sem ninguém julgar, livrou-se dos meus momentos com aquela cidade como se aquilo não tivesse valor algum, foi embora sem olhar para trás, não deu uma satisfação para si mesmo do porquê estar fazendo aquilo, ele devia ter se acalmado, chamando a sí próprio para conversar, ele devia ter sido mais gentil consigo mesmo, seus amigos, deixou lá como se tudo que tivesse vivido com eles não fossem meros momentos, esqueceu o brilho que aquela cidade tinha, esqueceu do quão ela ficava bonita durante o natal, se perdeu em sentimentos confusos e jovens, tratou a sua saída como algo símples, e que não seria nada demais, era só uma cidade, a grande cidade, os ônibus, como eu fazem falta, podres e caíndo aos pedaços, a cada curva emitiam um barulho horrível que cada vez era um novo susto, mas eles não estão mais aqui, aquele velho fim de tarde, aquele sol se pondo, aquela euforia para chegar em casa e não ser ninguém, ser mais um naquela grande cidade era uma dádiva, era uma criatura tão livre e tão presa ao mesmo tempo, chorava amarguras falsas, um flagelo imposto por aparências, nada se continha no seu jovem coração, com todas as possibilidades, toda uma nova vida se abrindo diante dos seus olhos, noites entre ruas, parado no sinal, conseguia apenas pensar em chegar, onde? não sebemos ao certo, foi assim, deixando de viver o percuso pois estava muito ocupado pensando na chegada, que na verdade nunca chegou, uma pequena mudança mudou tudo, me equivoco quando à chamo de pequena, pois foi grande, e em sua cabeça negativa irreversível, um ser esplêndido, no final não passava de alguém normal, a sua própria ruína, os momentos vram tivídos agora são cheios de desconfiança, não pode mais acreditar nos seus olhos, ou melhor, nas suas lembranças, quando tudo era mais difícil, quando as pessoas eão fechadas a ponto de deixar-lhe a boca seca com medo de pronunciar uma palavra, aqueles sim, foram momentos gloriósos, as luzes eram tão brilhantes naquela noite, a vida de dois jovens, ofuscada pela timidez, ele devia ter se esforçado um pouquinho mais, sim, todos sabemos que ele vai chorar ao relembrar destes momentos inalcançáveis, mas podemos apenas observar o que isso lhe tornou, se ele não é mais quem vocês conheceram, tudo bem, não é culpa sua nem dele, atos inconscientes podem ser perdoados pela vida, mas nunca por pessoas, e ele mesmo se repreende, deita na sua cama, olhando as estrelas do seus sonhos, e imagina como tudo poderia ser diferente, talvez uma simples frase, uma frase de se libertar do seu medo, do seu orgulho, talvez essa simples frase mudaria o seu destino, hoje seria alguém menos perdido, na verdade não sei dizer, mas a certeza que carrega no seu coração é de um profundo arrependimento de ter sido inerte.
...tinha vontade de viver vidas presentes, passadas e futuras
...tenho vontade de descer ao fim do abismo e encontrar de tudo o princípio
...vontade tenho de um extra-terrestre ser e desejar um terrestre ser, sem mente plana, só escravo de amante e amado ser...
piu
"Em primeiro lugar, não importa se é um personagem de jogo. Ele tinha uma história ali, mesmo que fosse ficção, ainda era história dele. O que separa nosso mundo da ficção?"
-Breloom 2020
Os homens que você perdeu… Eu consigo ver que tinha carinho por eles. Conheço muito bem esse desejo de vingança. E a dor esmagadora de perder pessoas próximas a você. Não posso ficar parado e permitir que outra pessoa experimente o que eu vivi.
Quando Cristo falou ao jovem rico para dar tudo o que tinha, Ele não o queria pobre na miséria, mas queria algo mais nobre em seu coração. O jovem não entendeu e amou mais seu dinheiro...
