Às Vezes

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Às vezes, as coisas boas desmoronam para coisas melhores acontecerem.

Ás vezes eu tenho vontade ser menos intensa, só pra poder entender como o resto do mundo aguenta essas coisas que me devoram permanentemente e de uma forma tão absurda...

Desconhecido

Nota: Embora a frase seja atribuída a Clarice Lispector, não existem fontes que confirmem a autoria.

As vezes, um paga demais por coisas que outro pode conseguir de graça.

As paixões são como as ventanias que incham as velas do navio. Algumas vezes o afundam, mas sem elas não se pode navegar.

COM VOCÊ

Às vezes fazemos coisas que não queremos
Às vezes sentimos desejos que não são nossos
Sentir o que não faço
Desejar o que não sinto
é o que acontece comigo
quando estou com alguém
quando tudo o que eu queria
era estar com você.

Já caí inúmeras vezes, achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Às vezes, melancolia sem causa escurecia-me o rosto, uma saudade morna e incompreensível de épocas nunca vividas me habitava.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

E é somente no caos (por vezes tão necessário), que as coisas finalmente se ajeitam...

Um cumprimento gentil e delicado muitas vezes cria amizade, apaga a inimizade.

Quero envelhecer sem rugas ... Eu quero ter a coragem de ser leal à face que tenho feito. Às vezes eu penso que seria mais fácil evitar a velhice, morrer jovem, mas depois que você nunca completa a sua vida, pois não? Você nunca sabe totalmente.

Por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas.

Desconhecido

Nota: Embora a frase seja frequentemente atribuída a Friedrich Nietzsche, não existem evidências da sua autoria.

...Mais

Digo que sinto sua falta às vezes, como se eu não sentisse o tempo todo. Engulo-me persistente em que eu possa ser melhor, mas no fundo sou um poço vazio de decepções e comportamentos traiçoeiros. Lamento-me pela volta, como se a ida não fosse tão mais dolorosa. E eu prefiro não me despedir. Dou alguns acenos de longe, sem sorrir, sem piscar. Tenho medo que você também não volte. Tenho medo que você também se perca ou se desmonte. Mas cheiro de café quente ainda está no meu lençol, e ando como se eu estivesse intacta aos cítricos, mas a verdade é que eu realmente encontrei-me no silêncio e no escuro em que ficou do nosso sono, ou da nossa falta. Seremos, sempre seremos. Mas seremos distante e do avesso, com a sensação de que ainda existem formas de fazer você ficar. Se te causa dor eu não sei. Confesso-te que também não sei bem se me interesso em saber. Tenho medo que sua dor tenha efeito sobre mim e que eu não possa mais levantar durante a madrugada, sentando-me na janela do quarto, pisoteando as camisas jogadas e segurando uma caneca antiga sem analisar bem o que faço. Talvez o efeito me faça dormir a noite inteira, então realmente não devo saber. Mas acho que você deveria lembrar-me que ainda existe. Só por precaução. Só para que eu ainda possa ouvir sua voz. Talvez.

Eu devo ter dito: ‘estou bem, obrigada’ pelo menos 37 vezes. E não foi verdade em nenhuma delas. Mas ninguém percebeu.

Às vezes eu amo e construo castelos, às vezes eu amo tanto que tiro férias e embarco num tour para o inferno.

Cazuza
Medieval

Quando os prazeres daqueles que amamos estão em jogo, às vezes a sua gentileza sobrepõe-se ao seu julgamento.

Encontros e desencontros do amor

Cada encontro está carregado de perda. Ou de perdas. Às vezes duas pessoas que se amam (amigos, casados, solteiros, amantes, namorados) se encontram e são felizes. Ao fim da felicidade, um deles chora. Ou fica triste. Ou baixa os olhos. Ou é invadido por uma inexplicável melancolia. É a perda que está escondida no deslumbramento de cada encontro.

O encontro humano é tão raro que, mesmo quando ocorre, vem carregado de todas as experiências de desencontros anteriores. Quando você está perto de alguém e não consegue expressar tudo o que está claro e simples na sua cabeça, você está tendo um desencontro. Aquela pessoa que lhe dá um extremo cansaço de explicar as coisas é alguém com quem você se desencontra. Aquela a quem você admira tanto, que lhe impede de falar, também é um agente de desencontro, por mais encontros que você tenha com as causas da sua admiração por ele.

A pessoa que só pensa naquilo em que vai falar e não naquilo que você está dizendo para ela é alguém com quem você se desencontra. Alguém que o ama ou o detesta, sem nunca ter sofrido a seu lado, é alguém desencontrado de você. Cada desencontro é perda porque é a irrealização do que teria sido uma possibilidade de afeto. É a experiência de desencontros que ensina o valor dos raros encontros que a vida permite. A própria vida é uma espécie de ante-sala do grande encontro (com o todo? O nada?).

Por isso, talvez ele nada mais seja do que uma provocação de desencontros preparatórios da penetração na essência do ser. Mas, por isso ou por aquilo, cada encontro está carregado de perda. E no ato de sentir-se feliz associa-se a ideia do passageiro que é tudo, do amanhã cheio de interrogações, da exceção que aquilo significa. A partir daí, uma tristeza muito particular se instala.

A tristeza feliz. Tristeza feliz é a que só surge depois dos encontros verdadeiros, tão raros. Encontros verdadeiros são os que se realizam de ser para ser e não de inteligência para inteligência ou de interesse para interesse. Os encontros verdadeiros prescindem de palavras, eles realizam em cada pessoa, a parte delas que se sublimou, ficou pura, melhor, louca, mas a parte que responde a carências e às certezas anteriores aos fatos.

É mais fácil, para quem tem um encontro verdadeiro, acabar triste pela certeza da fluidez da felicidade vivida do que sair cantando a alegria da felicidade vivida ou trocada. Quem se alegra demais se distancia da felicidade. Felicidade está mais próxima da paz que da alegria, do silêncio do que da festa. Felicidade está perto da tristeza, porque a certeza da perda se instala a cada vez que estamos felizes.

É esta certeza - a da perda - que provoca aquela lágrima ou aquela angústia que se instala após os verdadeiros encontros. Há sempre uma despedida em cada alegria. Há sempre um "e depois?" após cada felicidade. Há sempre uma saudade na hora de cada encontro. Antecipada. Disso só se salva quem se cura, ou seja, quem deixa de estar feliz para ser feliz, quem passa do estar para o ser.

A curiosidade e a produção do conhecimento no homem muitas vezes supera qualquer prazer carnal, distinguindo-o dessa forma de qualquer animal.

Às vezes só precisamos de alguém que nos ouça. Que não nos julgue, que não nos subestime, que não nos analise. Apenas nos ouça.

Algumas vezes me sinto como que se, por dentro, fosse de gelatina.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.