As Coisas Tangíveis
Mistério
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.
Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.
Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…
Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!
A maior parte das coisas que dizemos e fazemos não é necessária; quem as eliminar da própria vida será mais tranquilo e sereno.
O ciúme vê com lentes, que fazem grandes as coisas pequenas, gigantes os anões, verdades as suspeitas.
As coisas mais desagradáveis que os nossos piores inimigos nos dizem pela frente, não se comparam com as que os nossos amigos dizem de nós pelas costas.
Deixe que os outros vivam vidas pequenas, mas não você. Deixe que os outros discutam por coisas pequenas, mas não você. Deixe que os outros chorem por pequenas feridas, mas não você. Deixe que os outros deixem os seus futuros nas mãos de alguma outra pessoa, mas não você.
A primeira regra é manter o espírito tranquilo. A segunda é enfrentar as coisas de frente e tomá-las pelo que realmente são.
Quando se é demasiado curioso de coisas praticadas nos séculos passados, é comum ficar-se ignorante das que se praticam no presente.