Arte e Criança
Era uma daquelas crianças que adorava fazer arte,
mas odiava levar bronca.
Toda arte que eu fazia e alguém via eu levava uma baita bronca,
me arrependia e ficava revoltada.
Então comecei a fazer arte escondida,
e quando alguém descobria ficava mais revoltada ainda,
não por ter feito a arte,
mas sim por terem descoberto...
Então de tanto quebrar a cara, aprendi a lição,
a de não deixar nenhum chato mais descobrir minhas artes,
pois me arrepender eu iria
se eu mais nada fizesse!
A arte mais linda que já li mora na inocência das crianças.
Eu, como poetisa, não vejo o mundo como todos veem. Eu leio o mundo poeticamente.
Ser poeta é um ato de desordem. É um ato de coragem. Ser poeta não é apenas escrever e esperar que o leitor se encante com suas palavras. Ser poeta é ler a vida, é escutar a alma das coisas, é perceber o que os olhos distraídos não enxergam.
As crianças vivem isso sem esforço. Elas não escondem sentimentos. Elas choram, riem, pintam, cantam. Elas são intensas. Elas são presentes que a vida nos dá todos os dias. Os adultos, nós, nem sempre conseguimos ver a arte que elas fazem com as mãos, com os olhos, com o silêncio do corpo.
Elas não fingem. Elas se entregam. Elas vivem a arte como se a vida dependesse disso — e, de certa forma, depende.
Eu vejo isso. Eu sinto isso.
E posso dizer, com toda a simplicidade que a verdade permite: a arte mais bonita que já li veio de uma criança.
E, se prestarmos atenção, poderemos aprender com elas. Aprender a sentir a vida de verdade, sem máscaras, sem pressa, sem medo de ser intenso. Aprender que a beleza não está em objetos caros, nem em grandes feitos. A beleza está no que damos de nós, no que sentimos, no que ousamos deixar nascer.
As crianças nos lembram disso. Sempre lembram. E talvez, se aprendermos a escutá-las, possamos nos tornar um pouco mais humanos, um pouco mais poéticos, um pouco mais vivos.
Deixe a criança que existe dentro de você brincar.
Com amor e arte Deus as abençoou.
Assim podemos rir, seja lá do que for,
e amar.
Nesse universo lindo que Ele pintou
e para o homem criou.
A arte é a criança que não pode permanecer no colo comigo. É a rebeldia e tem suas própias fases. Mas, acima disso, é lindamente o filho que me trás sempre a alegria pra alma
Criança...
A arte de amar, sem no amanhã pensar;
o banho frio no verão, após uma tarde inteira a recrear;
a inocência que pode ganhar o mundo, num simples sonho a realizar.
Que eu possa enxergar a esperança
No sorriso de um velho
Na arte de uma criança.
Que o amanhecer chegue devagar
Para que eu não tenha medo
De viver, de sorrir, de sonhar
Mesmo não tendo lágrimas, eu choro
Com força e coragem sigo em frente
Duvidando da minha fé, eu oro
Deus me forjou focado, resliente
Se você se deparar com uma obra de arte, não tente compreendê-la com a cabeça, use os olhos do coração conectados as pernas e a cabeça e terá uma sensação inimaginável.
Verás com os olhos de uma criança que enxerga o completo.
PARAÍSO
O brinquedo e a arte são as únicas atividades permitidas no Paraíso. O poeta, o artista, a criança: esses são os seres paradisíacos. No Paraíso não existe trabalho. Existe apenas brinquedo e arte. Recuperar a sapientia é lembrar-se da “filosofia” sem palavras que morava no corpo da criança.
(livro "do universo à jabuticaba")
Respeito todo mundo quer.
O idoso, o aposentado.
O doente acamado.
A criança carente.
O filho adolescente.
O jovem trabalhador.
O adulto desempregado.
O pobre ou milionário.
Respeito todo mundo quer.
A arte de respeitar está em saber aceitar,
as diversas maneiras,
que cada um tem de pensar.
Respeitar o amor, seja qual for a união.
Respeitar aquele pobre cidadão,
que não tem dinheiro para comprar o pão.
Respeito está até aqui neste texto.
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CIRANDAR
Cirandar nos torna unis e ao mesmo tempo livres. A essência do cirandar com as crianças está na verdade e na alegria do perceber, em que juntos, nos fortalecemos em vínculos, aprendizados e desenvolvimentos. Somos Um.
Medos Sem Razão
Pelas esquinas da cidade
Os grafites ecoam a solidão
As crianças brincam ao fim da tarde
Sem saberem rezar
Não pedem perdão
Por encontrar a felicidade na simplicidade da vida
Livre de medos sem razão
E as crenças te impedem de acreditar em si mesmo
Os teus olhos fechados mantém
A beleza da paisagem em segredo
E quem você é afinal
O que você encontrou
Os rios mudaram de direção
As folharam caíram ao chão
E você nunca mais voltou
