Arame
A falta de humildade e arrependimento é uma cerca de arame farpado que machuca quem está em ambos os lados.
AMOR DE ARAME
amor de arame amor remendado
nas idas e voltas tou apaixonado
mais tenho fé que um dia te deixo de lado
agente briga demais por causa do ciume
ate um perfume é motivo de brigar
e agente se deixa
no outro dia você vai ligar
e eu sou um bobo vou te aceitar
mesmo sabendo
que sedo ou mais tarde
agente vai terminar
amor de arame amor remendado
nas idas e voltas tou apaixonado
mais tenho fé que um dia te deixo de lado
não tenho coragem de terminar
em definitivo
e você feito um ioio
quando penso que estar indo
você já voltou
amor de arame amor remendado
nas idas e voltas tou apaixonado
mais tenho fé que um dia te deixo de lado.
Antonio Luis Compositor
29/07/2015
estou enrolada em arame farpado, e sempre que tento me soltar apenas me embaraço mais, os arames fazem feridas em mim, feridas que não sei se um dia vão se curar.
Arame farpado
O corpo marcado
O sangue a gotilhar
Não quer curar.
O vento bate
E a dor arde
Esse é o ardor
Do não pudor.
Me falta o ar
Continuo a respirar
Nunca padecer
Crer no poder.
Chega o anoitecer
No olho de quem vê.
Algo quer sufocar
Dor de incomodar.
Sem poder dizer
Difícil descrever
O ardor do ferimento
Quando bate o vento.
Vento que não vai
Dor que não sai
E continua sangrando
Vermelho gotejando.
Frio de arrepiar
Vento para machucar
O ardor da alma
É morte calma.
Pra chegar no meu coração
Pega estrada de barro
E ele é cercado de arame farpado
Se os fios de meus cabelos são pixaim e de arame, nas minhas veias corre, pulsa e no meu coração bombeia sangue. Minha natureza é humana, e a sua soberba a triste certeza de não se reconhecer em outro ser humano.
Idiotices cometidas pelo homem:
Desmanchar uma cerca para substituir o arame velho por um novo, e depois guardar esse arame velho e dizer que ele pode servir para fazer uma cerca nova...
Patife)
MANEQUIM
Longos cabelos de plástico
Falsos olhos, armados de arame
Cheiro artificial, corpo em fogo
Flores mortas
Química pura
Amor próprio, apenas por próprio amor dos outros
Hipovascularização, hiper hipócrita, hipnotizante...
Uma vida em incontáveis divisões
Todos de tua, nenhuma para si
Aparentemente ilusória altura
Impostora pele, cor mendaz, toque sintético
Intocável boca
Vermelha, falsa, lilás
E no fim, nada,
Tudo a todos,
Em todos nada
Todos em tudo
A si nada, nem ninguém
"Nós Somos Gente Com Celebro De Arame Farpado Tentando Espetar Quem Está Em Cima E Machucar Quem Está Em Baixo."
Boba e Insonsa
Não sei por que, mas deixei a minha alma
Pendurada em uma cerca de arame farpado.
No meio de um pasto.
Quando atravessei por ela
Ela quis ficar ali retida naquela morna paisagem
No meio do nada.
E quando estou triste, cansada, desiludida, é lá que eu fico
Paralisada
Sem memória da minha real história
E do porquê de ser são tola e pequena assim.
Talvez que eu sinta a minha vida
Igual àquela nesga de lugar
Boba e insossa.
ARAME FARPADO
O corrupto que se "elitiza",
numa burguesia que veda seus olhos de malfeitor.
Merece uma cerca de arame farpado,
para entender que errou.
A minha calopsita, linda de morrer, fugiu de sua gaiola de arame apropriada com todo o conforto necessário, com água filtrada, ração de primeira e tudo mais, para ir morar no galinheiro com as frangas índio - gigante, galinhas rhodia - vermelha e um casal de garnizé. De início, achei bastante estranho, porém, depois, observando melhor, verifiquei que a convivência deles estava maravilhosa e bastante harmônica, com a calopsita querendo até namorar o garnizé, e, os demais, alegres e felizes com a visitante estranha no galinheiro. Lá pelas tantas, quando tudo parecia estar tranquilo, eis que a garnizé fêmea, talvez por ciúme da calopsita que paquerava com o seu parceiro garnizé, partiu para a luta corporal atacando a calopsita com uma bicada mortal, a qual, se sentindo em perigo iminente de morte, se não voa muito ligeiro, já teria sido levada a óbito em menos de segundos. Aí, eu que não sou bobo, pressentindo o acontecido, prendi novamente a calopsita em sua gaiola e, alertei-a a não repetir mais tal façanha, sob pena de sofrer uma prisão domiciliar, até que se resolva o incidente acontecido. Ela, gentilmente abaixou a cabeça e pediu-me desculpas, balançando a cabeça se sentindo arrependida, e, com certeza, não vai querer fazer tal proeza nunca mais, é o que esperamos.
E vem a tristeza
A solidão
A melancolia acompanha meus passos
meus pensamentos...
vem como arame farpado, que envolve meus tornozelos
e me sangram me causam feridas quase que incuráveis
cicatrizes pela eternidade... onde andarei deixando esses rastros de sangue... essa tristeza e toda minha melancolia...