Aprendi que Nao Importa

Já é saber muito quando se sabe que não se sabe nada.

O prazer em si não é vício.

A maior infelicidade dos que são bafejados pela felicidade, é não saberem dizer: basta!

Quando não se tem imaginação morrer é pouca coisa, quando se tem, morrer é demasiado.

Um escritor não lê os seus colegas: vigia-os.

Aquele que apenas pensa nos deveres a cumprir quando lhos recordam, não é digno da menor estima.

Não tenho visto na vida nada de grande senão a crueldade e a tolice.

O desejo transforma o ser de que nos aproximamos num monstro que não se parece com ele.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.

O homem: um milímetro acima do macaco quando não é um centímetro abaixo do porco.

Não há coragem triste.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

Quando um escritor se transforma num clássico, já não há necessidade de lê-lo: basta citá-lo.

O universo não é nem hostil, nem amigável. É simplesmente indiferente.

Todos esses caprichos filosóficos, a que se chamam deveres, não têm qualquer relação com a natureza.

Que grande dom de Deus é a beleza! / É preferível tê-la ao dinheiro: / pois a riqueza não dá beleza, / mas com beleza se conquista a riqueza.

Não há coisa mais fácil que vencer os outros homens, nem mais difícil que vencer-nos a nós mesmos.

Quem pensou uma coisa tola ou sensata, que já não tenha pensado o mundo antigo?

Não podemos suportar nem os nossos vícios, nem os seus remédios.

O talento sem genialidade é pouca coisa. A genialidade sem talento não é nada.