Apenas um Menino Diferente
O menino
Meu carrinho de lata
Rodas retalhadas de madeira cordas de cipó a puxar-lo
Meu relógio de tampinha de garrafa marca as três e meia da tarde, vou jogar bola feita de meias amarradas
Meu campinho de barro
Brinco descalço a correr
Das minhas amizades o afeto de verdadeiros amigos
Vou sorrindo a minha casa descansar, na minha rede amarrada nas varas de bambu balanço de um lado a outro, olhando o tento estrelado de minha casa sem teto.
Agosto me disse sorrindo:
--Será outro menino; e vai mais uma vez virar sua vida do avesso, dará um trabalho sem fim em dias longos e cansados, apesar disso no encontro desses olhinhos puxados que pedem atenção e colo, se transformará em tempo de afeição e zelo que tão confortavelmente hospedará no seu coração.
Susto, surpresa
Enjôos, desejos
Barriguinha se exibindo
Primeira ultrason
Será menino ou menina?
Infinitas dúvidas.
Papos de mãe pra mãe
De filho pra mãe que responde com chutes na barriga... nove meses ansiosa para ver o rostinho, abraçar e na torcida para que ele seja um bebê calminho, que não chore muito e que não a deixe em estado de exaustão (você pediu pode confessar ).
Depois de enfim conhecer as dores do parto, chegou o momento de vê - lo, procurar semelhanças, de sentir muito muito amor e nem irá imaginar a vida sem este ser pequeninho, espaçoso que tomou conta da sua vida com fraldas, bicos, madeira, choros etc etc.. Depois da primeira fase vem a educação, de saber orientar, de dizer não na hora certa, de ser amiga porque mãe amiga é tudo de bom.
Feliz dia das mães!
Depois que o medo passou
O menino cabelo cortou
Ficou bem mais forte agora
E fugiu para novas auroras.
Criança na rua, menino drogado, há que triste ilusão, que mundo largado, se as almas perdidas pudessem contar, quão diferente seria para quem aprender a nadar... Tem criança sem infância, sem dia, sem alegria, o mundo escondeu os sonhos e trocou por desafios, hoje, não apenas na favela mas do lado externo de fora pra dentro do seu quintal meu caro amigo, veja o olhar frio, um coração que era quente agora grita por abrigo. A vida trocou os brinquedos comuns por outros que matam.
O encontro do menino apaixonado com dona morte
Caros colegas de classe
Não sou do sertão nascida
Por isso peço licença aos mestres
Para falar da cultura escolhida
Vou lhes contar sobre uma arte
Que também imita a vida
Essa arte com o tempo
Vem sofrendo mudanças
O cordel da nossa lembrança
Já está nos livros e no computador
E até nas universidades,
Na mesa do professor doutor!
Mas muita gente ainda canta
Muita gente ainda gosta de pendurar
Suas histórias em um varal
Pra o povo poder comprar
E quem duvida pode ir buscar
Na terra de painho que vai encontrar
Em toda minha pesquisa
Pra fazer essa lição, surgiu uma questão
Se o sapo pula não é por boniteza
E sim por precisão
E se o povo ainda canta
É porque não se cala o coração
Se num mundo com tanta tristeza
O sapo continua a pular, tenho algo a declarar
Como diria um grande mestre
Que também é grande artista
Se não acreditássemos num futuro melhor
Ninguém iria ao dentista.
E foi pensando nisso que eu decidi contar
A história de um menino
Que botou dona morte pra correr
Lhe contanto das maravilhas
Que a vida pode ter
Magro, franzinho, briguento e calado
De cara fechada, sozinho e invocado
Vivia no sertão e morava na estrada
Brincava de bola com os meninos da vila
E quando se machucava fingia que não doía.
O menino era forte, corria em disparada
Se a bola ia descendo os barrancos da chapada
Era um menino sozinho, o menino do agreste
Que conhecia todos os passarinhos
Que cantavam nesse nordeste
Ele se exibia dizendo:
Quiriri, Sabiá azulão e maguari
Jaçanã, Tuim, Beija flor e Saí
Bico-chato-de-orelha-preta
Biguá e bem-te-vi
Talhamar , Xexéu, Sacua, Siriri
Pica-pau , Mão da lua, Savacu e Sanhaçu
.
Tinha boa memoria, gostava de lembrar
O nome das belezas da natureza do seu lugar
Ele mesmo não tinha nome
E por ser magro e nanico,
Chamaram o menino
De zézinho tico-tico
Não tinha outro nome
Então ficou assim mesmo
Brincando na estrada,
Andando a esmo
Sonhar enquanto trabalhava a enxada
Era seu jeito de espantar o medo
Não tinha chinelo de dedo
Mas ia pra escola sem ninguém mandar
Achava ruim bronca de professora
Sem saber o que o futuro iria guardar,
Até que o menino sem pai nem mãe
Foi de vez pra roça trabalhar
Acabou-se a brincadeira nessa vida sofrida
Ele trabalhava pra ganhar
Um prato de comida
E um teto pra dormir
Com um buraco pra ver as estrelas
Depois que a noite cair.
Um dia sozinho, andando no mato
Muito cansado pelo dia de trabalho
O menino viu uma dona de preto
E como menino, se viu sozinho e com medo
A dona morte se aproximou
E de espreita ao menino perguntou:
“Ainda não está cansado da vida?
Trabalha, trabalha e quase não tem comida!
O que o mundo tem pra te dar
Se é sozinho sem família e sem lar?
Achei boa hora vir te buscar
Anda, conhecer o lado de lá”
O menino pensou bastante
Não sabia por que vivia,
Porque ir adiante? Se nada de bom acontecia?
Mas então lembrou do céu de estrelas
No buraco em cima da cama
Tinha coisa mais bonita
Do que o céu que a gente ama?
“Dona morte eu não quero
Tem alguém a me esperar
As estrelas em cima da minha cama
Que eu tenho que espiar
E de dia tem os passarinhos e as belezura do sertão
A gente pensa que tá ruim
E depois que olha fica bão
A vida eu vô levando
Acho que tá meio cedo pra eu morre
Quero ver mais um pouquinho
As estrelas e o sol nascer
Tudo tem sido ruim
Mas eu sei que vai miora
Até já me disse um conselheiro
Que o sertão vai virar mar
Parece que hoje em dia
Tá mais pro mar virá sertão
E eu nem sei como ajudar
No meio dessa confusão
Só lhe peço dona morte
Não me leve agora não
Eu ainda tenho que namorar
As estrelas do sertão
Te peço de coração
pois minha vida tem valor
Que ver eu lhe provar?
Posso lhe dizer com amor
As beleza desse lugar”
E o menino pois se a falar
Do pé de laranjeira boa de chupar
Falou do buriti do caju e do sapoti
Do pequi do bacuri do umbu e do oiti
Falou da fruta pão, da manga, do cajá
E também do caju, fruta boa pra amarra
Falou da cana caiana
e da mandioca que dá farinhada
do milho do arroz e da fava
Dos coqueiros e das palmeiras
Onde a sabiá cantava
Contou do babacá e da carnaúba
Do tucum preto e da macaúba
Do voo do bem-te-vi
Que descansa e cantarola
Na palha do miriti
Ao som de sanfona e viola
O menino explicou pra morte
Que tinha muito pra aproveitar
E que nessa terra tinha sim
Uma família para cuidar
E que estava ameaçada
Precisando dele com certeza
Pois sua mãe de verdade era mãe natureza
Que muito tinha o ajudado
Até a mostrar pra Dona Morte
As belezas desse seu lado
“Te peço não me leve embora Dona Morte
Pois amanhã cedo tenho que estar acordado!”
Dona morte foi-se embora
Pois descobriu o menino apaixonado
Pelas riquezas da natureza
E pelas belezas do seu estado
E hoje ele agradece por ser nordestino
E viver seu destino, nesse chão abençoado
Essa foi minha narrativa
De vocês eu me despeço
Como a mensagem positiva
De um menino muito esperto
Espero que a gente
Sempre possa valorizar
O privilégio que é a vida
Amando e cuidando do nosso lugar
os menino gostam das meninas pela situação corporal delas mas elas não percebem que o amor esta perto ,não esta no menino que gosta de funk nem no menino rico mas talvez no nerd ou em quem te faz sorrir e diz que seu sorriso e lindo não liga para a se você e bonita ou feia mas te ama e faz qualquer coisa para ver teu sorriso todo dia
O que o ferro nos trouxe
menino que vem de longe
o que veio me ensinar
menino que vem de longe
o que veio me ensinar
menino diga pra mim
o que tem pra me ensinar
mano meu que mora aqui
ouça bem o meu cantar
trouxe força e energia
meu axe e mandiga
trouxe força e energia
meu axe e mandiga
menino que mora aqui
preste muita atenção
trouxe mandinga escrava
em ânsia de libertação
trouxe capoeira angola
pra vadiar com meus irmão
Camarada...
Irmãos nordestinos.
Vem do berço do menino
no começo da formação
respeitar o seu destino
sem medo nem restrição
porque todo nordestino
tem o outro como irmão.
MENINO PRÍNCIPE
Outro dia, outra noite , outro momento,
Meus sonhos poderiam ser outro também
Um passo, uma queda, um vacilo, o exílio
Norte ou sul, por terra, ar ou por mar.
Um meio de seguir minha jornada.
Ja esta ilustrada a caminhada
Poderia ser através do meu Diário dos Dias.
Uma longa estrada diante de mim
De sol a sol , minha estrada
De lua a lua noite, minha jornada
Minha história ficará registrada para sempre.
No fruto teu no ventre meu
Todos os dia, todas as noites a qualquer momento,
Nada Me impedirá de te fazer presente dentro e fora de meu ventre
Eu voarei, eu cairei, eu jamais hesitarei
Ei de rever o pai do fruto que em um dia talvez, muito distante, esteve tão presente com a valiosa semente hoje menino de cabelos negros, olhos amendoados , chamado por todos de Menino Principe
Vou partir meu menino Principe
Como um sonho em que você deve acreditar.
Um passo, uma queda, um vacilo, meu tempo termina e você Rei será por direito a dinastia
Sigo um mundo novo além de um vasto oceano,
Vou ao encontro do pai do fruto que em meu ventre gerei, por amor
Este caminho finalmente é a minha jornada.
Enfim estarei com meu Rei ao lado,
Juntos zelando por nosso fruto
O nosso valioso menino Principe
___________Norma Baker
Menino Interior
Ainda embalado pela cantiga de Natal
Minh’alma pedala o velocípede com emoção
A bola os aniversários a piorra em coral
Enfeitam a memória da minha recordação
A brincadeira de queimada na calçada
As férias esperadas com ansiedade
O pique esconde com a meninada
Escreveram histórias e felicidade
Hoje acordei pensando no meu menino
O menino ingênuo, menino pequenino
Sorridente, alegre, brilhante, divino
Este menino interior que um dia evoluiu
Perdendo-se na saudade que o subtraiu.
Desenhando o adulto que surgiu...
Ah! Menino por que partiu?
Dia das Mães
Quando eu era menino, o Dia das Mães se celebrava assim: as crianças que tinham mãe colocavam uma flor vermelha na blusa; as crianças que não tinham mãe, uma flor branca. Era tudo. Tudo estava dito.
Menino Contente
Início de mes tem pagamento
Pai e mãe vão pra cidade
Fazer compra de mantimento
Sobrar uns trocos é raridade
Menino cabula aula e vai junto...
No mercado se surrpreendem
Com o preço tão elevado
Assim o salário não rende
Comparado com o mes passado
Menino pede um bombom...
De gôndola em gôndola vão passando
Isto a gente leva aquilo não
As novas marcas vão assustando
Será que vai dar pra levar o som?
Menino está cansado...
No campo trabalha tanto
A botina gastou o solado
Ouvir moda de viola é acalanto
Vamos ficar sem o novo calçado
Menino volta contente...
Seu raádio estava ligado!
mel - ((*_*))
Droga inocente menino, menino inocente futuro, futuro criado perverso, meu versos diante será, será do presente verá, verá o risco do vento soprar e o resto de tudo voar!
Dorme, menino!
veste as fantasias que só os sonhos permitem
viaja no espaço sem limites
antes que a lua fuja na janela.
Dorme, menino!
tu és feliz no teu quarto aberto,
eu no quarto fechado me alegro.
se me seguro me sinto segura.
Dorme, menino!
Tranquilo da vida
se der um terremoto
garanto que te acordo
e a gente se segura no bruto da vida.
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