Apagar a minha Estrela
O tempo
Presa e suspensa no eterno crepúsculo que se tornou a minha vida.
O tempo passou sorrateiro...
Meio traiçoeiro... ou traiçoeiro por inteiro...
Me desacomodou.
As armas tirou.
Meu coração desalmou.
O tempo... lágrimas dos olhos derramou.
Me desequilibrou...
Numa enchente de dores me afogou.
Ah! O tempo... com esse seu ar de desdém...
Como uma torrente sem controle nem direção...
Vai arrastando tudo o que pela frente vem.
O tempo... não tem pena de ninguém.
Nem, na viagem da vida, calmamente espera por alguém.
Meu coração
Manhã fria de inverno.
Vento forte a soprar
Não há o canto dos pássaros
Pra minha vida alegrar.
Um aroma firme de café.
O quarto gelado...
O espelho quebrado...
Com você foi embora minha fé.
Sórdido este presente em desarranjo.
Roupas espalhadas pelo chão.
O medo batendo à porta.
Dói com a dor mais doída do mundo meu coração.
Diante deste mundo sombrio...
Nuvens carregas no céu...
O sol que escondido está faz-me sentir um mais forte frio.
Minha paz
O sol nasce bem cedinho.
Meus olhos brilham e se encantam.
Pássaros cantam por todo canto...
Um novo dia começa a nascer...
Quanta coisa linda nos espera pra acontecer.
Meu coração se enternece.
Minha mente se despolui da escuridão da noite...
Não há mais fantasmas a me perseguir.
Um novo dia vem aí pra me fazer sorrir.
Minha alma paira em uma dimensão em que há só amor e paz... empatia e colaboração.
Sinto as mãos que me amparam.
Sinto quem quer tirar a dor do meu coração.
Minha esperança renasce.
Meus olhos percorrem todos os recantos.
Vejo a cidade mansamente acordar...
Minha paz quero com todos compartilhar.
Como uma nota musical
Um olhar de menos de um segundo
e mudou minha percepção do mundo.
Uma nota musical
e nunca mais nada ficou igual.
Uma batida do coração
e a emoção se rendeu à razão.
Muito...muito mais de um bilhão de seres no planeta
e um... só um... um só encontrou morada no meu coração...
Estou bem...
Quando decidi pular do penhasco?
Foi escolha minha?
Fui obrigado?
Perdido estou nestas águas escuras e frias.
Seguindo só num barco furado e vazio.
Sigo. Cheio de cicatrizes.
Qualquer toque estarei em cacos novamente.
As águas turbulentas... barulhentas não me deixam ser totalmente restaurado.
Mas... estou tão bem em não estar bem.
Um consolo.
Um doce masoquismo?
O escuro não me deixa ver o quanto estou ferido...
A luz brilhante do sol só vai mostrar o quanto estou perdido.
Então, sigo.
Sigo acreditando na grande mentira que criei pra mim.
Que me importa a turba em alvoroço?
Só as batidas do meu coração é o que realmente ouço.
E ele bate em sintonia com toda a minha agonia.
Estou bem em conseguir me sentir tão bem.
"Não saia da linha, garotinha!"
E essas palavras ecoavam na minha cabecinha de menina... Que linha!? me perguntava eu... confesso que me esforçava pra encontrar a tal da linha em todo lugar em que eu estava... e nadinha da linha.
E as palmadas... quando da linha - que eu nunca encontrava - eu saía? Pá.. pá... "isso é pra você aprender a não sair da linha".
E o tempo passou... alguém a linha pra mim encontrou?
Poix, poix... demorô mas descobri o que era a tal linha que nunca vi.
"Ande na linha!" Sim, sim... tenho certeza de que todo mundo já ouviu... e, como eu, da linha saiu... e não é!?
Imaginava e ainda imagino today: uma linha estendida de um ponto qualquer a outro ponto qualquer... estendidinha... está lá... ninguém a vê, mas todo mundo sabe que está lá... até porque cada um põe a linha onde quer... e a linha que quiser... é um emaranhado de linha de dar dó.
Pois é,... há milhares de linha pra você dela (não) sair... foi o que acabei por descobrir....
E hoje - que sei bem de que linha todo mundo fala - eu... que sou bem dona do meu nariz tenho é, milhares de centenas de vezes, vontade de fazer com a linha o que bem quiser... andar na linha... desandar na linha... me equilibrar com um pé só... dar no pé... me desequilibrar... pro lado errado pular... no chão me estrebuchar, o nariz quebrar - não importa... depois é só consertar.
A linha... coitadinha... tão falada... está tão esgotada e o pior é que ela não tem culpa de nada.
Quebrar as regras... todas elas... mas assumir as consequências e ter a decência de se desculpar se, ao quebrá-las, alguém machucar ;)
Uma tristeza
Eu era tão feliz.
Você a razão da minha felicidade.
O dia amanheceu.
Tudo tão triste.
Nublado.
Não há sol.
Só nuvens escuras a cobrir o céu como um véu.
Véu negro que tudo esconde... que não dilui a dor... que faz desaparecer toda forma de amor.
Com você foram-se as cores do dia.
Foi-se pra bem longe toda a alegria.
Tudo virou nostalgia.
O tempo, em protesto, não se fez de rogado.
Parou e ficou do meu lado.
Olha pra mim com olhos de terror... me diz:
“Não se machuque... não se afogue nesse copo de culpa... estou com você... serei um momento em que te farei feliz.”
Esforço-me, então, pra sobreviver.
Quero essa felicidade prometida viver.
Da solidão
A solidão era tudo o que eu tinha.
Mantinha um grito sempre aprisionado em minha garganta.
Queria chorar.
Deixar as lágrimas meu rosto lavar... minha alma acalmar.
Uma inundação...
Que tudo de ruim levasse pra bem longe de mim. E que essa dor tivesse fim.
Enfim!
Degredo
Que se passa em minha alma?
Não consegues tu imaginar.
Meus passos não foram tu que pela estrada andaste a pisar.
Hoje é fácil apontar o dedo.
Mostrar ao mundo todo o que em mim é puro segredo.
Minh´alma chora.
Em nada mais encontra paz... em nada mais tem alegria.
Sou escravo de mim mesmo.
Mandado para degredo.
Aqui estou eu preso em grilhões.
Ninguém é culpado se o mundo
Me tirou a esperança
Se as pérolas espalhadas por aí já não me traduzem mais emoções.
Triste fim
Um dia vou jogar no mar minha vida.
É o mar minha única saída...
Tentei viver uma vida normal...
Mas estou tão imersa em minha dor
Que mato todo sinal de amor...
que de mim se aproxima.
Triste mesmo esta minha sina.
Tenho meus segredos.
Tenho meus planos.
Tento viver meu lado mais humano...
mas meus atos são sempre tão desumanos.
Hoje não está nada bem.
Trovões e solidão povoam meu coração.
Um dia eu mato essa dor.
quem não me conhece, talvez vá chorar...
vai pensar: 'por que será que ninguém fez nada pra ajudar?'
É... ninguém fez...
ou... fez sim...
quem podia ajudar me empurrou ainda mais para esse triste fim.
E fim!
Levo minha vida no meu ritmo
Muitas vezes o ritmo do mundo ignoro...
Vou mais depressa... ou mais devagar...
O que acompanho é o teu caminhar.
Contigo é tudo o que me envolve.
Tua companhia é o que me conforta.
Ruas retas... ou ruas tortas...
Pouco... ou nada influem.
Não tenho pressa por algo...
Teu ritmo é o ritmo perfeito.
Depois que chegaste em minha vida
Não há mais portas de saída... minha moral nunca mais está em baixa.
Estou tão bem... como peça de quebra cabeças que se encaixa.
Que o vento leve
Que o vento leve todas as recordações tristes da minha vida...
Que todas as coisas que me fizeram mal sejam esquecidas...
Que nenhuma delas encontre em meu peito guarida.
Sepultei-as sem flores... sem lágrimas...
Quero seguir sem sofrimentos pela vida.
Noites serenas... madrugadas plenas.
Novos dias e eu feliz em cena.
Sorriso que não morre.
Doses de felicidades que não sejam pequenas...
Que o vento leve tudo o que fere minh’alma.
Que as cicatrizes sejam apenas leves lembranças
... que não tirem minha paz e minha calma
O que me causou sofrimento, definitivamente, lembrar não vale a pena.
Dança vespertina
Só por hoje vou me desligar,
vou pelo dia passar
sem os erros da minha vida toda
de uma só vez querer consertar.
Só por hoje não vou me culpar
por todos os passos errados
que insisti em dar.
Vou bailar uma dança vespertina...
Vou sorrir... serei pura alegria...
Seguirei os acordes da música...
Com dança vou brindar ao lindo dia...
Dançarei até o sol se pôr e fechar a cortina.
Só por hoje simplesmente vou me adaptar,
não vou querer o mundo todo mudar,
os erros dos outros nem vou notar...
só por hoje vou fazer uma boa ação e não dizer a ninguém o que fiz...
só por hoje vou tomar a decisão de ser pra sempre feliz...
só por hoje....
Baila... bailarina... dança vespertina.
Ah! Eu poderia ter te amado...
Minha vida seguiu sempre por linhas tortas.
Me equilibrava eu nelas como uma viva morta.
Teu olhar... tuas palavras... teu carinho.
Encontrei em ti um lar... um ninho.
Foi muito aconchego.
Foi...
Agora vejo que olhei tudo com olhos de pura esperança...
Esperança de que nas minhas andanças haveria amor reservado pra mim.
Que eu teria o sossego de um abraço enfim.
Enfim.
Fim.
Me enganei.
No ziguezague da sua vida eu só era uma rua sem saída.
Você deu a volta... e voltou...
Voltou pro seu lugar de conforto.
Hoje só consigo acreditar, olhando pra mim, 'que pau que nasce torto morre torto' (muito triste isso).
Eu só queria minhas vias tortas endireitar.
Ah! Como eu poderia te amar.
Siga em paz!
Sei de tudo o que você é capaz.
As vozes sombrias do arrependimento ecoam nas margens da minha memória como sombras que se recusam a desaparecer.
Nas cicatrizes da injustiça, encontro a força para renascer. Minha verdade será minha maior vitória, e minha história de superação silenciará o preconceito.
Ao viver na escuridão fui convidado a ver a luz desde então trabalho incessantemente minha pedra bruta, com o malho e o cinzel seguindo a dadivosa orientação dos meus mestres, na justa e perfeita geometria.
MINHA VIOLETA
Quando você esta por perto
Vejo tudo muito belo
Quando estou te ouvindo
Tudo fica muito lindo.
Você é muito inteligente
E já sacou qual é a minha
Isso me deixa bem sem graça
Em um beco sem saída.
O perfume que você usa
É pura sedução
Seduziu a minha alma
E entrou no meu coração.
Minha violeta solitária e linda
Eu sei que você não é minha ainda
Mas Deixa eu sentir o seu cheiro
Ser seu colibri, ser seu companheiro.
DORES
Sabe... Tem dores que eu sinto e não demonstro. A minha pobre alma sofre, em um silêncio profundo, e chora. O meu coração sufoca, grita:e ninguém ouve, ninguém vê! Mas será que você sabe? Será que senti?
Será que você me observa e entende?
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