Aniversario da Freira e 60 anos
A ARTE DE ENVELHECER
Manchete que estava estampada no jornal do bairro:
"Velho de 51 anos morre atropelado no dia mundial sem carro".
Quase morri também! 51 anos...velho??? Eu tenho 52 !
Em compensação, no mesmo dia, recebi de um amigo, um artigo em que a jornalista Regina Brett, de Cleaveland, celebrava sua chegada aos 90 anos no apogeu de seu trabalho criativo e cheia de energia. Alguns dos seus segredos:
* Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles.
* Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
* Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
* Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
* Perdoe tudo de todos.
* O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
* Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
* Seus filhos só têm uma infância.
* Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
* A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente
Quando disse para o meu amigo Mário que também pretendo chegar “lá-pela-casa-dos-noventa-cem", ele reagiu dizendo: " Não vamos limitar a graça de Deus"!
Meu pai perdeu um pulmão aos 43 anos e teve força suficiente para trabalhar, sustentar a sua família até a sua aposentadoria por tempo de serviço. Nunca teve carro, o pouco que conseguiu foi comprar a sua casa e pagar meus estudos. Apoiado na janela, respirava com dificulldade, nunca foi a praia comigo, tão pouco participáva de outras brincadeiras de minha infância. Só veio a falecer, quando percebeu que sua família estava bem estruturada, seu filho já formado, trabalhando, em condiçoes de dar continuídade a sua missão, de amar e proteger minha mãe, seu grande amor de sua vida. Um verdadeiro HERÓI.
Autonomia programada.
Vez ou outra sopra em minhas ideias um sussurro que de uns anos pra cá se torna cada vez mais insistente; ainda não chega a incomodar por não ter conquistado minhas convicções, mas está muito difícil de ignorá-lo. Questiono-me até quando vou resistir.
A partir desse ocorrido entendo o porquê de às vezes se preferir ficar na ignorância em certos assuntos. A ILUSÃO PODE POUPAR DURAS REALIDADES QUE O ESCLARECIMENTO TRAZ À LUZ.
Refiro-me a idéia defendida por um número crescente de estudiosos de várias ciências, independente de seus credos, sejam céticos ou nem tanto: A ideia de que a vida é efêmera, curta e sem significados tão sagrados que dão a ela. Que somos etapa de um processo em constante experimentação. Ou em outras palavras; cobaias da evolução ou de um processo maior onde evoluir é só um departamento. Mesmo não estando convicto, vale dar atenção a possibilidade; e se for mesmo?
Não vou mentir que uma faculdade na vida de qualquer ser humano seguramente indicará mil novas formas de pensar e muitas ideologias pra se aproximar ou mesmo adotar, contudo nessa matéria em questão uma faculdade de biologia coloca qualquer religioso em cheque. Mesmo depois de uma vida toda, nascido e criado dentro da doutrina evangélica como é o meu caso.
Esses dias lendo o livro – O gene egoísta - de Richard Dawkins, aquele sussurro q me referi anteriormente voltou a soprar e desta vez me levou a traçar um comparativo da maneira como eu pensava há dez anos atrás com minhas crenças inabaláveis e firmes como uma rocha, norteados pela religião, com o novo modo bem mais flexível que penso hoje sobre esses mesmos assuntos.
No livro o autor defende a teoria de que os genes estão por trás de tudo que existe não só formando os seres ou máquinas de sobrevivência, como denomina o autor, mas também ditando o modo como agem ao meu ponto de vista, uma espécie de programa que controla a “autonomia”. Para isso eles não precisam ter consciência.
Hei, Autonomia programada, ehehe! Bom título para um livro. Mas enquanto não escrevo um nesse sentido, vai servindo como título do fotolog mesmo.
Trazendo pro lado humano é como considerar o Amor, saudade, sofrimento, coisas que se sente ao longo da vida diversas vezes, sendo parte de um programa genético e instintivo para trabalharmos melhor a favor de uma micro ideia de replicação, de melhoria genética, de tentativas no caminho da única coisa que interessa pra evolução, a existência!
E surgem os questionamentos primeiros, e se devo prestar atenção a tudo isso, devo tbm me questionar sim, sobre o propósito da capacidade de raciocínio, a inteligência que nos deu tanta autonomia, tanta criatividade, capacidade de especular sobre a existência, porque não permanecemos simplesmente programados pra nascer, crescer, procriar, e morrer? Indagações e mais indagações.
Defendo que uma boa leitura sobre qualquer teoria deve ser feita o tempo todo acompanhada por indagações; ela será uma teoria convincente pra o seu intelecto somente se responder essas mesmas indagações, e assim conseguir gerar convicção ou pelo menos incomodá-lo sobre essa nova idéia.então aí vai:
Porque tivemos que descobrir o divórcio? Porque a adoção, o cuidado com os doentes crônicos e com os deficientes, os idosos, coisas que são tão incomuns na natureza!
Pra que tanto esforço?
Pra que pegar o ônibus lotado de manhã cedo, ficar sem o almoço, tirar o olhar do horizonte e colocar nos teclados, pra que? A nossa resposta está na ponta da língua- Realização pessoal, ser bem sucedido, ter dinheiro e viver bem. PEEEEEEEEEM!!! Resposta errada!
Alguns talvez digam - pra sobreviver - hum... Boa resposta! E a idéia é essa! Mas não é aquele tipo de sobrevivência comum de ter o pão de cada dia na mesa, e apesar de ser a condição de muitas pessoas ainda hoje, não é a condição da raça humana como um todo; a sobrevivência aqui é a da autonomia! Liberdade de se fazer o que quiser da própria vida... Ser dono do próprio nariz e gastar o próprio dinheiro da forma que bem entender,
Captar seus recursos energéticos e financeiros pra se deslocar por exemplo, mas seria em busca de comida? Ou pra poder ir visitar um amigo ou mesmo viajar pra um destino que se deseja? Pra escolher um campo fértil onde morar ou morar num grande centro urbano que sempre se almejou? Estarmos fora das leis naturais. E isso é fato quando olhamos pro interior dos nossos escritórios muito bem aclimatados e de encontro com o que está lá fora!
A idéia de sobreviver supracitada não descarta o sentido mais instintivo da sobrevivência, mas pelo contrário, se adiciona ao nosso repertório evolutivo juntamente com este preexistente; portanto, continuamos tendo que nos manter vivos o máximo de tempo possível para que se crie oportunidade de se duplicar várias vezes, se tenha tempo de interagir com o ambiente e sofrer mudanças. E é interessante que os melhores o façam, que os mais adaptados façam, pra q sua cópia seja melhor ainda e assim por diante...
Vejo da seguinte forma. Um projeto. Todos cobaias de um projeto ou de uma simples etapa do projeto. A vida (existência) um grande projeto (ou não). Mas para que? Ninguém sabe, obviamente; na verdade, o que ocorre de fato é que se sente fome e precisa-se ir até a geladeira pegar uma maçã; precisa-se dormir algumas horas diariamente, precisa-se despertar cedo pra pegar o banco sem fila, e etc., mas nada disso vai te marcar num cadastro astral de reconhecimento de responsabilidade ou vai te trazer algum mérito ou mesmo premiar você como “o ser do milênio de toda a galáxia”. Seja qual for sua postura e comportamento nessa terra nada fará diferença, vc vai passar pela existência e ponto; somente passar pela existência.
Percebo que dentro dessa visão sistemática onde os genes mantêm as regras, não há espaço ou qualquer interesse na existência do indivíduo como ser único, ou nas coisas boas que ele fez, na vida que levou, ou quem ele cativou. O interesse não está em você, vc não é o protagonista, nem sequer é o coadjuvante da superprodução. Apenas uma seringa descartável q depois de usada será pulverizada junto com todas as outras e desaparecerá sem deixar rastros, ou sabe-se lá o que!
É difícil aceitar; entender não. Mas isso é justificável demais... A autonomia que “conquistamos” dentro desse processo nos faz acreditar que somos especias; o raciocínio de viver cheio de objetivos nos faz crer nisso tbm e tudo isso só dificulta a aceitação ou mesmo compreensão da teoria. No nosso programa entre os modelos mais complexos e evoluídos (versão 2010, rsrsr), desenvolvemos um raciocínio que nos faz crer q não existe manipulação alguma. Engano!
A autonomia é algo que dentro da história evolutiva inteira pode representar apenas um novo programinha de um tipo de officer qualquer; apenas um passo a frente do que deu cor a visão ou pêlos ao corpo. Não nos vemos como parte de um processo; não, não. E nesse momento é muito melhor acreditarmos no que defendem a esmagadora maioria das religiões: um propósito para a vida! Seja esse propósito um arém cheio de mulheres no reino de Alá, ou um céu com ruas de ouro, ou uma ideia de que não morremos, mas voltamos em versões inéditas e mais impressionantes!
Mesmo escrevendo sobre isso não é fácil pra mim, e preferia mil vezes que o fim fosse de qualquer outra maneira mais bonita, o que também não deve ser descartado. É bom se sentir único e especial (particularmente adoro me sentir assim), ao invés de mais um item de teste ou de melhorias inacabáveis e eternamente inacabáveis.
Mas driblar algo assim é possível? Eis então uma esperança para essa resposta, mesmo que bem remota. Pense que o fato da autonomia ter acontecido no cenário da existência, causa no mínimo um incômodo e relutância em aceitar essa idéia tão simplista de que a vida é efêmera e descartável, e nos torna assim, uma ameaça a esse grande projeto, pois estamos dispostos a descobrir, mesmo que tão lentamente como são os passos da velha evolução mecanismos que driblem essa armadilha.
Ai, ai, o que vou conseguir discutindo sobre isso?
...talvez seja melhor me iludir ou fingir que estou ignorante sobre esse tema, e continuar achando tudo lindo e poético, cheio de sentidos e sentimentos. No fundo sei que é tarde pra isso, mas fica um bom conselho aos ignorantes por opção... Mantenha-se iludido.
Será que essa ideia tbm é parte do programa?
Historia do Tempo
Tudo começa assim... Com o passar dos anos...
Aos 05 se aprende as letras
e aos 10 que os numeros são + complicados
Aos 15 se aprende que a vida é feita de duvidas
e aos 20 que as duvidas sao ainda maiores
Aos 25 começa entender que até os 20 sempre se foi humano saber "que duvidas são humanas"
Aos 30 se recupera oque perdeu com o tempo
e aos 35 entende que tudo que passou foi um aprendizado
e aos 40 sabe que é 1 novo começo
Aos 50 entende que nao se é imortal
e aos 55 começa a saber que...
...aos 60 toda experiencia se obtem com o tempo
Aos 65 ensinar que só aos 70 vai entender que o milagre do tempo é o tempo. Dai pra frente sabera que a morte será uma expectativa para a tela, só para ter a chanse de ter um novo começo.
Moral da Historia.
Aprende-se tudo e se erra, etc... Mas voce vai esperar acontecer e deixar acontecer errado, ali diz " o milagre do tempo é o tempo", o tempo de sua vida é vc quem faz, entao, construa, corra atraz ou se nao, no final nao crie expectativa da morte pra achar um novo começo e sim que a morte venha e voce diga a ela "comecei, construi, recomecei, reconstui.........."
(O RESTO DESSA FRASE é VOCE QUEM A COMPLETA)
A anos me pergunto isso, quem sou eu..
E acho que vou continuar me perguntando isso até o fim dos meus dias.
O tempo passa, conceitos mudam, assim como as pessoas..
Mais se existe uma palavra na qual eu me encontro, provavelmente seria, liberdade
Uma liberdade muitas vezes ilimitada, mais quanto tem que ser, limitada também.
To cansada desse lixo, dessa hipocrisia, dessa banalidade que é o mundo de hoje.
A sociedade dita as regras aonde nem eles próprios se encaixam..
Rotulam as pessoas e vem falar de exemplo de vida? ..
Imaginar, inventar, projetar, delinear, fantasiar..
Viver a vida, e usufruir de tudo que ela oferece;
Mais com a cabeça no lugar e mantendo os pés no chão.
O mundo não é mais como era antigamente, pessoas te ajudam buscando algo em troca;
Então prefiro ser conservadora e expor minhas idéias na hora certa.
Proteja seus valores e lute, pois pra chegar lá você tem que rebolar..
Então observe, fique perto de quem te faz evoluir, e exclua quem te faz desandar.
Existe pessoas que anos convivem com nosco e poucos
representam
Outras entram em nossa vida por acaso e grava o nosso nome
E voce concerteza e uma elas
Algumas pessoas vivem uma vida inteira e apenas se apaixonam.
Eu vivi três anos de amor eterno e puro.
E este pouco de tempo que estive contigo foram muito mais do
que todos os anos de vida que tenho hoje...
Eu amei e encontrei o meu verdadeiro amor em três anos que vivi e levarei
este amor até os últimos dias de minha vida comigo em meu coração..
Hoje eu estou com 15 anos, estou no 1ª ano e tenho vários objetivos para minha vidacomo por exemplo, eu quero fazer faculdade de Direito, sei que é meio impossivel mais é meu grande sonho e adoro essa profição mais penso também em fazer Educação Física eu treino volei e acho que dá pra fazer sim para preparar terreno pra daí sim faze a faculdade dos meus sonhos.
Como qualquer garota tbm quero me apaixonar, eu quero um cara bonito, especial, com grandes objetivos, que goste de mim, que seja alto de preferencia pq eu sou ,haha, que não seja igual ao meu pai nos detalhes de em quanto minha mãe faz a janta eli fica no sofá assistindo tv (acho issu ridículo), não espero um cara rico mais tbm não quero qualquer um, são muitas exigencias mais acho que mereço ou vou fazer para merecer caso ao contrário prefiro ficar sozinha. As vezes ficar sozinha em casa assistindo um filme é a melhor solução as vezes melhor do que com um marido e 3 filhos.
Casamento: talvez eu acho que prefiro viver tudu que eu posso pra pensar em casamento, eu acho a vida muitu curta não da pra aproveitar nada nessa vida era melhor se tivessemos duas, viver uma vez para errar e na outra para consertar os erros e aprender. Falam que o tempo cura tudo até um coração eu acho ao contrário, o tempo ajuda quando você fica longe de alguem ou do que fez, mais quando volta pra situação ve que o temp não a ajudou e nada vai fazer você equecer uma coisa que não quer.
Nos meu sonhos a faculdade ainda é prioridade mais eu tbm tenh sonhos como viajar para lugares distantes ou outros países famosos podendo me aprimorar nos conhecimentos, quero fazer curso de inglês quero ser culta e simples ao msmo tempo, esses meus objetivos vieram de um filme "Um Amor para Recordar" um grande filme a menina te vários objetivos para faze-los antes de sua morte mais acaba se apaixonando pelo menino mais popular da escola elis se casam e depois de um verão era falece, mais o importante é que ela realiza todos seus objetivos, assim eu me espelho nessa história é tão linda que faz que você queira viver e viver muitu mais além do que possa.
Sabe as vezes eu acho que vou viver solteirona pra sempre, que acho que nunca vou casar, que vou viver triste e infeliz, as vezes acho que issu vai ser um preço que vou pagar. Quero me mudar de Guaratuba tbm, quero novos horizontes e sabe aquele papo qui eu tava falando que o tempo não cura nada é msmo verdade você tem que querer e tudu se apaga na mente e no coração como s nada estivesse acontecido!!!
As vezes penso em ser médica, mais acho que é demais pra mim que eu não consigo eu acho que daqui a 3 anos eu vou saber msmo o que fazer mais essas 3 questoes são prioridade pelomenos eu acho que são. Eu quero tanta coisa que ja nem sei mais o que quero hahaha³
E hoje depois de alguns anos
Eu olho prá trás
E reaprendo as lições que a vida me ensinou
E isso inclui você ...
Aos 50 anos , não vou mais negligenciar os amigos. A essa altura da vida ,todo mundo já passou por essa dolorosa experiência pelo menos uma vez: quando é que poderíamos imaginar que aquela conversa, aquela carta , aquela visita naquele verão seria a última?
Amor de flor
Tenho um amor
Ele me acompanha
Os longos anos
É o mesmo amor
É com o mesmo ardor
Eu sinto seus olhos
O mesmo amor
Nestes anos todos
Meu beija-flor
Que me faz caricias
Que me beija a boca
Para ele faço
Todos meus poemas
Meu porto seguro
E neste tempo todo
De troca de olhares
De sussurros beijos
E ainda somos
Os dois amantes
Nos primeiros beijos
Nas bodas diamante
Que fizemos agorao
Sandra mello-flor
I R O N I A
conto
Geane era uma linda universitária, dezoito anos, filha de um bem-sucedido empresário da cidade do Rio de Janeiro.
Cursava psicologia em uma conceituada universidade e divertia-se em analisar o comportamento das pessoas, esnobando-as, na medida do possível.
Tinha várias amigas e sobressaia-se às mesmas, não só pela sua indiscutível beleza, mas sobretudo pela espontaneidade e simpatia.
Com esses atributos, não seria difícil imaginar sua facilidade em conseguir admiradores e eventuais namorados.
Gostava, principalmente, de brincar com o sentimento dos rapazes.
Seduzia-os e, pouco tempo depois, dispensava-os com a maior naturalidade.
Naquela tarde ensolarada, no Leblon, Geane conhecera um belo rapaz.
Diferente dos demais, que a lisonjeavam em excesso, despertando lhe rapidamente o desinterêsse; Roberto era sério, falava pouco, e não manifestava qualquer interesse por futilidades.
Dentro de poucos dias, após alguns encontros e telefonemas, começaram a namorar.
Mesmo estando entusiasmada com Roberto, Geane não perdera sua obsessão por sentir-se dona da situação, e insinuou que gostaria de ir com ele a um Motel.
Escolheram um Motel de luxo. Cada um foi em seu carro.
Entre carícias e beijos, Roberto insistia no uso de preservativo, justificando ser mais seguro para ambos, ao que ela retrucava:
---- Eu confio em você! Não precisa usar preservativo. Se você insistir nisso, vou pensar que não confia em mim.
---- Eu insisto, por ser mais seguro, Geane. Você é uma garota inteligente, deveria saber disso...
---- Com preservativo, não quero! Retorquiu Geane.
Depois de tanta insistência e já completamente excitado, Roberto cedeu.
Após exaustiva noite de amor, ambos adormeceram.
No outro dia, ao acordar, Roberto viu-se sozinho na cama.
Levantou-se, vestiu-se e, ainda sem entender direito o que havia acontecido, foi até o banheiro.
Foi grande sua surpresa ao olhar para o espelho e ver escrito com batom: "ESTOU COM AIDS, ROBERTO! ATÉ NUNCA MAIS! "
Roberto interfonou a portaria, pediu a conta, e soube pela recepção, que esta já havia sido paga pela garota.
Ele entrou em seu carro, e foi-se embora.
No dia seguinte, Geane contou a todas as amigas o que fizera, vangloriando-se, por ter feito mais um rapaz de idiota.
Vários dias passaram-se e Roberto não mais foi visto por ninguém.
Geane, que até então se divertira com o desaparecimento do rapaz, passou a sentir-se preocupada com sua prolongada ausência.
Resolveu, então, telefonar-lhe.
Uma tia de Roberto atendeu ao telefone.
---- Alô! Aqui é a Geane. Gostaria de falar com o Roberto. Ele está ?
---- Sinto muito mas você não o encontrará mais.
---- Mas por que ? Ele viajou ? Será que está com raiva de mim ?
---- Roberto morreu ontem ! Suicidou-se !
Completamente estarrecida, Geane perguntou:
---- Mas por que ele fez isso ? Ele tinha algum problema ? Deixou uma carta ?
---- Sim ! Ele havia contraido AIDS há mais ou menos um ano, e deixou uma carta dizendo que já não suportava mais enfrentar a luta contra essa terrível doença, pobre rapaz...
Existem vários anos da minha vida que eu gostei muito, mas esse ano de 2008 não foi um desses. Nesse ano na minha escola, briguei com a pessoa que eu achava que era a minha melhor amiga, ficamos 3 meses brigadas e só muito tempo depois voltamos a nos falar. Mas esse ano teve uma coisa boa, eu conheci a pessoa mais importante da minha vida. Foi com ela que eu superei essa briga, e vi que amizade de verdade, é a dela. Agora ela me diz que vai sair da escola, não sei como vou aguentar viver sem ela, ela é a melhor pessoa do mundo. Por isso eu digo ela: se a gente é amiga de verdade, onde quer que nós estejamos, você não vai me esquecer, e nem eu vo te esquecer.
Tudo isso que eu escrevi foi pra você minha eterna AMIGA!
eu te amo muito, e aonde quer que você esteja estarei com você nos pensamentos.
Envelheci vinte anos para te mostrar o melhor de mim, e mesmo assim você não passou dos 6.É por isso que resolvi aproveitar minha juventude e esquecer a sua falta de maturidade.
VINTE E TANTOS ANOS
Andando pelas ruas,
deparo com um homem,
me chama a atenção, seus passos lentos,
demonstrando tamanho desalento.
Aparência sofrida...Parecendo descrente da vida.
Andar cabisbaixo... Semblante sombrio... esguio.
Aparentando muito sofrimento... Puro abatimento!
Parecendo não ter forças,nem sonhos, nem esperanças,
Penso até que de si já desistiu.
Afinal! Já é um homem velho...
Tem lá, seus vinte e tantos anos!
Nhá Bába
A querida Nhá Bába, era uma senhora magra e alta, negra e beirando uns 100 anos.
Era minha vizinha no Parque Edu Chaves, uma das vilas do folclórico bairro do Jaçanã, bem na divisa de Guarulhos, aqui em São Paulo.
Quando criança, o bairro era uma fazenda que vinha se apovoando. Tinha gado, mato, riachos, muitas árvores e um crescente número de pessoas novas que vinham na oportunidade de adquirir seus terrenos e construir suas casas.
Era o início dos anos 60, pois o Presidente Kennedy ainda não havia sido assassinado.
A Avenida principal, onde eu nasci, era a única que recebera por aqueles dias um calçamento de paralelepípedos.
Eu morava em uma casa em uma das esquinas da Avenida principal, a qual ainda é nossa, da família.
Nhá Bába.
Vejam bem: em 62 eu tinha 6 anos e a Nhá Bába quase 100.
Voltando a ela, era muito bonita considerando a idade que tinha.
Magra e alta, perto de 1,80m, vestia-se sempre com vestidos longos, alvos e soltos.
Jamais a ví sem um turbante.
No bairro, os terrenos eram todos grandes, quase todos com no mínimo 50 mts de fundo e com a testada não inferior a 10 mts.
A casa da Nhá Bába era de madeira, como aquelas que vemos ainda em Curitiba ou nas cidades do Mato Grosso do Sul; bonitas e bucólicas.
Nhá Bába sentava-se sempre no terreiro, debaixo de uma Palmeira centenária e de bom papo, conversava todas e todas as tardes com a vizinhança.
Falava dos seus pais, das suas lembranças em Minas, da fazenda onde nasceu e cresceu, dos irmãos sumidos, dos filhos mortos. Falava da imensa alegria por estar morando em São Paulo.
Era uma figura impar.
Fumava um cachimbo de barro e benzia a criançada com tosse comprida, íngua e quebranto.
Muito plácida, parecia ser a conselheira das jovens mães, pois na época minha mãe não tinha mais que trinta anos, considerando-se os oitenta e um que ela tem hoje.
Naquele terreiro da casa da Nhá Bába, tinha galinha, muito passarinho e um aconchego de casa de vozinha.
Nem cerca tinha a casa da Nhá Bába.
Sei que morar lá e perto da casa da Nhá Bába marcou muito a vida das pessoas.
Eram anos dourados. Quando chovia tinhamos no ar aquele cheirinho de mato molhado; escutávamos nos riachos que eram límpidos o canto da saracura.
Não havia maldade. Todos, desde os mais idosos, como os mais novos tinha espírito de criança.
As tardes eram mais coloridas e as familias mais unidas.
Os vizinhos, como a Nhá Bába, eram parte das nossas familias. Todos se cotizavam por alguém doente, por ajudar um amigo.
Fazia-se bolo e mandava-se sempre um pedaço à casa do vizinho.
Foi da casa da Nha Bába que tive o primeiro contato com a Festa de Reis. Muitos de seus parentes, outros velhos negros do bairro, cultivavam o folclore já praticamente desaparecido da cidade.
Rezava-se a novena em um santuário na Casa da Nhá Bába, com praticamente todas as mães do bairro.
Nhá Bába transmitia tanta dignidade que jamais poderei esquecer daquela figura maravilhosa, uma rainha negra que tive a oportunidade de conhecer.
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