Aniversário Amadurecimento
"Uma dica de resposta pra quando comentarem contigo depois de te verem descabelada, sem dinheiro e com a autoestima no chinelo: 'as coisas estão difíceis, hein?'. Simples de responder:
_ As coisas nunca são fáceis para aquele que arrisca, que ousa, que investe, cria e muda. Mas e daí? Uma hora eu acerto."
"No começo, foi insuportável. Quando se está só de verdade, sem pessoas, sem com quem conversar, ouvindo apenas seus próprios pensamentos acelerados e confusos, é doloroso e causa um medo enorme... Somos obrigados a viver com nossos fantasmas, aqueles que vamos acumulando no decorrer dos anos. Mas isso só acontece porque não estamos acostumados a esta solidão. Se você conseguir ficar um tempo junto a ela, perceberá que seu deserto, aquele que quase te enlouqueceu, começa a desabrochar em amor..."
"A vida bem que poderia ser como aquele drinque em um bar qualquer num fim de noite. Você pede, usufrui, saboreia, filosofa asneiras com o cara no balcão e depois vai embora. Que ela seja tão doce e colorida quanto, porém, com muito mais teor alcoólico."
"NÃO PODEMOS criar um personagem e viver uma vida inteira em cima de um palco aguardando os aplausos de uma meia dúzia de expectadores.
A vida tem de ser vivida, sentida com a verdade. Aquilo que sai de seu coração e que vai em direção às pessoas. Aquela onda multicolorida que envolve a todos quando você sorri, aquele tempo cinza que te abraça quando está triste e sofrendo... Este é você. Alguém que ama, que percebe, que sente, que existe e respira ao SEU MODO. Sem máscaras, sem sorrisos forçados ou lágrimas em olhos secos. Vida real. Nada de interpretação mesmo que você seja muito bom nisso.
Então tire suas vestes de super-herói, de general ou de princesa capturada. Esteja nu para a vida. Esteja de mãos dadas, caminhando lado a lado com sua verdade, seja ela qual for. Não se preocupe se não for aceito, se for rejeitado. A maioria das pessoas não entendem como alguém pode viver sendo ele mesmo. Elas não entendem. Mas você compreenderá, porque estará sempre sorrindo, mesmo em dias nebulosos de sofrimento. Estará sorrindo porque não será um personagem.
VOCÊ SERÁ VOCÊ MESMO!"
"TUA RISADA ouvi daqui, aquela vez, ao telefone. Era noite fria e minhas ilusões eram tão presentes que, ouvir tua risada ao telefone era meu passatempo preferido. Eu tinha tão poucos sonhos e, naquele momento, você era o melhor deles. Quase o único. Era feito chocolate, doce e viciante. Feito vinho: quente e inebriante. Assim era tua voz ao telefone que me dizia de todo aquele sentimento que não experimentamos, daquele maldito pôr de sol que não vimos e de todas as outras vezes e maneiras que eu poderia ter ouvido sua risada divertida ao telefone e que eu não ouvi."
"Coisa boa é ser amado e você é amado, sabia? O amor não é exatamente o parceiro ideal que vai se declarar e dividir uma vida conjugal com você. O amor vem de diversas formas e através de gestos, muitas vezes tão pequenos que você ainda se depara reclamando por não ter amor. O amor está em sua volta, na natureza, nas pessoas que te olham com carinho e te visitam, no animal querido que se alegra todo dia quando chega em casa! Não se esqueça: você é amado! E quanto aos que não te amam? Não se importe, não se afete. Eles não fazem ideia da pessoa incrível que você é!"
Infeliz daquele que protege sua opinião com cercas de ego e arames de orgulho. Submeter a opinião a liberdade de se modificar é a essência do amadurecer
Coisas tem acontecido e não sei se tenho ficado para trás, ou se tenho deixado para trás... Pessoas antes interessantes, espetaculares, hoje são normais, outras que me manipulavam, hoje são irrelevantes.
O passado volta, o presente urge.
Continuo sendo inconstante. Continuo querendo todas as coisas.
Não dá para agradar todo mundo.
Não dá para abraçar o mundo.
Me sinto pequena, me sinto grande.
Crise dos 30, talvez. Mas tenho me tornado mais séria, mais introspectiva, mais exigente.
E em meio a essas exigências, tenho encontrado a melhor resposta de todos os tempos:
Tudo que procuro nos outros, encontro de melhor forma em mim mesma.
Encontro paz em mim, encontro sossego em mim, encontro paixões, amores, tormentas, chuvas, tempestades. Alvoreceres.
Preciso do meu hiato.
Aproveitando mais uma vez minha primavera, cuidando de meu jardim.
Esperando as borboletas. Esperando minhas flores. Esperando, esperando, esperando, vivendo, acontecendo, vivendo...
o tempo vai passando e você vai crescendo, pensamentos vão mudando e você cada dia mais amadurecendo.
Amadurece aquele espera sua vez de falar, que genuinamente se coloca no lugar do outro, que não tem medo de aprender, mudar de opinião, errar e voltar atrás.
Algumas fases da vida parecem uma bagunça que a gente tenta varrer pra debaixo do tapete, mas que insiste em escapar pelas frestas. São dias em que o coração pesa, em que os planos escorrem pelos dedos, e até o que parecia pequeno, como uma unha quebrada, vira símbolo de tudo que não deu certo.
Mas o tempo ensina.
Ensina que orgulho demais atrasa o passo. Que a raiva pode ser um espelho daquilo que ainda não curamos. E que o choro, por mais silencioso, sempre tem algo a dizer.
Aprendi que nem tudo está perdido quando o que queremos não acontece. Às vezes, é só o terreno sendo revirado para que algo mais profundo possa brotar. Nem toda porta fechada é fracasso; algumas são cuidado disfarçado.
Passei a enxergar a espera não como punição, mas como preparação. É no silêncio do "ainda não" que a maturidade cresce, e com ela, a gratidão. Gratidão por não ter tudo do meu jeito, no meu tempo, mas por continuar sendo moldada no tempo certo.
Entendi que a vida não se trata apenas de conquistar, mas de aprender a sustentar o que se conquista. Que amar é muito mais do que estar pronto para oferecer, é também estar disposto a receber sem medo.
E talvez o mais difícil tenha sido perceber que algumas coisas precisam ser cortadas pela raiz. Que não adianta remendar o que já não se encaixa. Às vezes, é preciso ter coragem de recomeçar, de abrir mão do que parece seguro, para deixar crescer o que, de fato, tem raiz.
Não é fácil abandonar a ilusão do controle. Mas é libertador aprender a ver com outros olhos, não os que buscam aprovação, mas os que reconhecem valor até no que ninguém vê.
E, no fim, toda queda, todo atraso, toda espera… carregava em si uma pequena semente. De força. De fé. De renascimento.
Gosto de mergulhar no desconhecido. De me lançar em vivências que ainda não tive e me permitir aprender lições que, talvez, só entenderia anos depois. A intensidade dessa rotina agitada, das escolhas impensadas e dos caminhos inesperados... faz parte de quem eu sou.
E, ainda assim, o que me trouxe até aqui não foi a pressa, foi a espera.
Curioso, não é? Enquanto tantos correm para ter tempo, eu precisei de um tempo longo para não ter.
Talvez porque toda pressa, se vivida antes da hora, arranca a flor do caule antes que ela esteja pronta para florescer.
E foi preciso muito silêncio e muita pausa até aquele momento acontecer. Não por falta de vontade, mas por falta de preparo. Hoje, entendo: se tivesse recebido tudo que pedi no tempo em que pedi, teria desistido no meio do caminho. Porque ainda não era hora.
Algumas fases não são castigo. São solo.
E é no solo que se cria raiz.
A espera é uma escola silenciosa. Ela testa a força que ninguém vê. E é por isso que muitos desistem antes de alcançar o sonho; não por fraqueza, mas porque lutar contra si mesmo, todos os dias, cansa.
Só que sonhos não florescem na superfície. Eles exigem profundidade.
É como uma rosa. Tão desejada, tão admirada. Mas ninguém vê o que ela enfrentou para florescer.
Antes de exibir sua beleza, ela teve de resistir aos próprios espinhos. Cada dor que a cortou serviu para protegê-la. Cada ciclo, cada dia cinza, foi necessário para que ela pudesse, enfim, desabrochar.
E, quando desabrochou, já não era mais a mesma.
Era mais forte.
Era mais inteira.
Era a flor mais viva de todo o jardim.
Houve um tempo em que eu queria saber tudo.
E, quando não sabia, não me sentia inferior aos outros; me sentia inferior a mim mesma.
Colocava um fardo sobre os ombros, como se só valesse alguma coisa se pudesse provar, a mim mesma, que era capaz.
Capaz de quê?
De tudo, talvez.
De tudo ao mesmo tempo.
Eu me enveredei por caminhos difíceis não por vocação, mas por negligência comigo mesma.
Não parava para respirar.
Não me importava se estava bem.
O importante era vencer... mesmo sem saber exatamente o que ou quem eu estava tentando vencer.
Até que, por força de alguns acontecimentos, me vi de frente com o espelho da verdade, e descobri que não era capaz de tudo.
Na verdade, percebi que não era capaz de quase nada.
E não por fraqueza. Mas porque sou humana.
Teimosa como sempre fui, demorei para enxergar o óbvio.
Mas quando tirei o véu; aquele véu espesso da arrogância disfarçada de autocobrança, fui atravessada por um sentimento impossível de descrever.
Me vi pequena.
Uma formiga diante do universo.
Um grão de mostarda na palma de Deus.
E, paradoxalmente, foi ao me reconhecer tão pequena que comecei, enfim, a existir de verdade.
Vi-me como alguém. Alguém que erra... e continuará errando.
Alguém que sente; e cujos sentimentos influenciam tudo: o ritmo, o foco, o desempenho.
Alguém que não sabe de tudo, e o pouco que sabe, sabe porque Deus, em Sua graça, permitiu.
Quando entendi isso, o peso escorregou dos meus ombros.
Não era mais uma batalha por merecimento.
Era a busca por ser, ser quem sou, com limites, com dúvidas, com perguntas sem resposta.
E foi nesse dia que descobri o que tantos passam a vida tentando encontrar: descobri quem eu sou.
Para encerrar, adapto as palavras de Newton:
O que sabemos é uma molécula de água.
O que achamos que sabemos… é um oceano.
E como disse Sócrates, com toda a sabedoria de quem já mergulhou nesse mar:
"Só sei que nada sei."
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