Ando
Ando sentindo uma enorme necessidade de iniciar um novo processo de desapego as pessoas. Sinto que grande parte delas ou na realidade as que me cercam nesse momento, definitivamente não servem para mim. Não mais. Me tornei uma pessoa com a mente extremamente tumultuada, garota que questiona infinidades. Sei viver bem na solidão, me acostumei a essa nova rotina. Não gosto de tumulto, de conversas em grupo, multidão. Me sinto confortável na companhia do silêncio, me expresso pelo olhar e pelas palavras. Às vezes penso que um dia com apenas vinte e quatro horas não são o suficiente para mim. Preciso de mais tempo para pensar, ou para pelo menos tentar buscar respostas para os meus tantos questionamentos.
Ando de saco cheio com esse povo que acha que sabe o que é melhor pra vida dos outros, quando deveria saber simplesmente o que é melhor pra sua. Não consigo acreditar que seja tão difícil olhar pros seus próprios passos em vez de rir do tropeço do outro. Não consigo entender o que falta na vida das pessoas pra que elas se sintam completas sem precisar chamar o outro de feio pra se sentir mais bonito. A verdade é que tem muita gente precisando de mais vergonha na cara e menos vergonha alheia!
Quem sou?
Respiro, ando. Sou obrigada a existir...
Não tenho opção, e sim depressão...
Convicção tenho. Não pertenço a essa bola fosca e confusa chamada Terra.
Onde pertenço nesse universo?
Descobrir é preciso... caso não, pelo menos, justificar minha presença aqui.
Por muitos anos procurei-me a mim mesmo. Achei. Agora não me digam que ando à procura da originalidade, porque já descobri onde ela estava, pertence-me, é minha.
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só. O que vai sendo vivido e sentido por cada um é tão particular que, mesmo incomum ou já cantado em prosa e verso, é para sempre também único.
[...]Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom.
Onde está a imaginação? Ando sobre trilhos invisíveis. Prisão, liberdade. São essas as palavras que me ocorrem. No entanto não são as verdadeiras, únicas e insubstituíveis, sinto-o. Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.
Ando muito só, um tanto assustado, e com a esquisita sensação de que tudo acabou. Ou pelo menos está se transformando.
Me dá notícias. Se encontrar um daqueles telefones, ligo qualquer noite (...). Sinto saudade, ando meio só. Um beijo, cem beijos.
Ando viciado em coisas lentas, lentas e essenciais, em música e, sobretudo, estou viciado em silêncio.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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