Andar de Muletas
É melhor andar sozinho na direcção certa do que seguir a manada rumo ao abismo, só porque toda a gente vai.
Nem todo barulho é progresso. Às vezes, é só gente perdida em grupo.
Nós andamos em círculos, andamos em círculos procurando por amor
Vamos para cima para baixo, nos achamos e nos perdemos, procurando por amor
Cara de bobo, jeitão de bobo, às vezes me finjo de bobo e até convenço que realmente sou bobo, mas cá entre nós... Sou bobo? Às vezes, porque de bobo mesmo mesmo, só o jeitão de andar e alguns amigos.
O livro da vida é descrito minuciosamente pelas mãos de Deus.
Está sendo feita a vontade de Deus e não a sua. Demora, dói e machuca, mas a cada queda Deus te deixa mais forte.
Lembre-se: Nem uma criança aprende a andar sem cair, as feridas dos teus joelhos vão sarar, e as cicatrizes que ficarem serão visualizadas por você como um grande sinal de glória!
Se a vida é como andar de bicicleta, inevitavelmente haverá deslizes, tombos, cara esfolada, joelho ralado, cansaço, subida na qual teremos que pedalar exaustivamente, vontade de desistir... Mas, exatamente por ser como andar de bicicleta é que sabemos que depois de toda subida tem uma descida que nos permite parar de pedalar para aliviar o cansaço; depois das quedas ganhamos a experiência de reconhecer os terrenos onde derrapa o pneu; depois dos tombos adquirimos mais segurança, andamos com menos medo, podendo assim, apreciar o frescor da brisa no rosto e a beleza da paisagem que se estende ao longo do caminho.
“Eu vejo poesia
Vejo um rio de agonia
Vejo um desespero e uma dor
Dor no olhar
Dor no cantar
Dor no andar
Me falta o ar
Eu vejo flores
Flores para te dar
Vejo um canto,
Mas um canto escuro
Em um lugar qualquer
Para chorar
Eu vejo poesia
Quando te vejo nos meus sonhos
Nos meus sonhos eu te tenho,
Você pegava em meu rosto e me chamava de amor”.
Não se segura o tempo por entre os dedos. Não há força que o possa reter. Se assim o é, o que nos resta é andar com ele, colado nele, aproveitando cada benefício que ele traz. O passado, o tempo já enterrou, o presente bem, como o próprio nome diz é um presente, use-o, aproveite-o da melhor forma possível. O futuro, bem este ilustre desconhecido, não é dado a todos, mas a alguns privilegiados. Sendo assim, se não temos a certeza de que o viveremos, vamos agradecer o presente, e trabalhar para que ele seja, no futuro, nosso melhor passado.
Amizade é uma coisa. Interesse é outra.
Admiração é uma coisa. Baba-ovos é outra.
Andar junto é uma coisa. Fazer que anda junto é outra.
Diferenças gritantes. Condutas discrepantes.
Conveniências chocantes. Vidas hesitantes.
Penso porque penso,
mais penso,
menos reflito,
porque um é diferente
do outro, mas andam juntos,
se pensar é usar o pensamento,
refletir é usar argumento
JANELA JÁ NELE
Por onde eu te vejo
São olhos de desejos
Que no alto
dum terceiro andar
Paixão já é tanta
Que nem se sabe
pr'onde a vírgula
Foi
Par,ar
Mesmo que não haja intenção, imagino que a extroversão e a inconveniência andem praticamente de mãos dadas. Sendo assim, cuidado. Essa linha é muito tênue e por vezes escorre pelo pior lado do muro.
Na história deste mundo construíram um muro para dividir
As desigualdades do comunismo oriental
Ou as desigualdades do capital ocidental
Eu pedi a Deus para derrubar
Aquele muro para eu não ter que virar sempre à direita e andar, andar, andar, andar e andar em círculos. Eu não queria virar sempre à esquerda e andar, andar, andar, andar, e andar em círculos
Roteiro
No caminho de volta pra casa, enquanto eu caminhava por aquele monte de avenidas que se estendiam diante dos meus olhos, percebi que uma friagem veio de encontro a mim. Parecia anunciar a vinda de uma chuva daquelas. Foi coisa rápida. Só tive tempo mesmo de pensar em como seria bom se você estivesse segurando na minha mão, naquele momento. Apenas para que eu pudesse achar graça do seu jeito discreto de ficar feliz com o movimento do ar.
- Ei, olha isso! – Você diria, com o maior sorriso do mundo como que exposto numa
vitrine.
Entre um cruzamento e outro, já perto do meu destino, notei que no alto de um poste à minha direita, uma caixa de som, antiga e desgastada pela ação do tempo, ainda se mantinha firme e razoavelmente forte.
Naquele exato momento estava tocando, por incrível que pareça: Gene Kelly - Singing İn The Rain.
Na mesma hora, pensei: Caramba! É sério, isso?
Sei que você também gosta. E que de certo pensaria em me pegar pelos braços e confortavelmente se acomodar na paz que você tanto diz residir entre o peito e meus braços. O que certamente teria a minha aprovação, já que eu adoro a visão dos seus cabelos ao prazer do vento. Isso, sem falar do cheiro...
Enquanto o sinal estava fechado para os pedestres, me mantive absorto em pensamentos. Lembro de uma senhora ter-me chamado a atenção para perguntar se eu precisava de alguma coisa. Acho que minha cara indicava que eu não estava ali.
Logo meus olhos se perderam ainda mais naquela imensidão e meus pulmões responderam por mim. Respirei fundo e apenas lhe sorri de volta, indicando que ela não precisava se preocupar.
É estranho, mas aquele contexto me fez pensar que a saudade alimenta uma esquisita relação entre o amor e o ódio. Pois veja bem, é notório que adoro quando você chega com aquele sorriso que deixa na cara a sua vontade - que também é minha – de trocarmos tudo que estamos fazendo, por um daqueles beijos que sempre terminam em mordidas e gargalhadas. O que bem poderia estar acontecendo agora, diga-se de passagem. Mas odeio quando nossos compromissos limitam a nossa tão simples vontade de passarmos mais alguns instantes deitados, em silêncio e tentando de forma disfarçada, sincronizar nossa respiração com a do outro, seja lá pelo motivo que for.
Enfim. Cheguei em casa e não lhe vi. Aquilo me levou á conclusão de que, verdadeiramente, estar em casa é bom. Que ter um lar é reconfortante. Mas que, no final da história - e do dia - o melhor lugar que existe, sem sombra de dúvidas, sempre será dentro de um abraço. E eu quis o seu, no meu. Conjugando assim o tempo que, não importa até quando, sempre será nosso. Presente.
Andar pelo mundo observando as belezas do caminho, ainda que a estrada seja de espinhos.
Procurando a poesia espalhada nas pequenas coisas.
Naturezices me chamam,
Me contam segredos que poucos conhecem.
Do que adianta viver por viver
Do que adianta andar por andar
Do que adianta correr por correr
Do que adianta voar por voar.
Sem foco
não se chega a onde
se quer chegar.
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