Amor Textos de Luis Fernando Verissimo
"São pegadas na areia, de caminhos incertos que levam a lugar algum. O mar vem beijar a praia, e leva as recordações de passos descompassados em meio a multidão. Sim, aproveito a deixa e caminho em direção do mar. Sua água salgada encosta em minhas vestes e começa a encobrir o meu corpo. Continuo em frente sem medo do que pode-me acontecer. Pois, existe um mundo no qual ainda submerso vale mais a pena do que essa selva de pedras." - L.R.
"Bem-aventurado aquele que espera em Deus, e que o mesmo olhe pelos que acreditam e esperam no Homem. Pois até o demônio é crente, até mesmo ele sabe ler a bíblia. Tu eis aquilo que almeja, pois não lutas em vão. Assim, tenho que dizer ao pé dos teus ouvidos cansados que confie no Deus do impossível, e não na facilidade hipócrita do Homem." - L.R.
"Hoje, parte da sua vida faz parte do meu presente. Não estou falando das lembranças, mas de uma realidade que me assusta. A enfermidade de pessoas queridas a sua volta me deixa triste. Peço sempre em minhas orações por pessoas que já me apedrejarão. Por você eu sempre caio em contradição, quase não me reconheço em frente ao espelho. Perco da razão, minha identidade. Vou aos limites da minha existência, e experimento sensações até então desconhecidas. Digo que não, quando na verdade o que eu mais queria dizer é sim. Espero que me entenda, e que a onde estiver saiba, sempre estarei aqui. Por mim, e por você." - L.R.
O ser humano não consegue conviver com dúvidas; para acalentar o seu eu, propõe respostas. O grande erro de todas as civilizações é atribuir o desconhecido às divindades sem nem mesmo propor respostas plausíveis. Entretanto, para mentes brilhantes, é o maior instrumento de controle de massas.
Existem cenários cíclicos: guerras foram travadas, territórios apropriados, destruição, desmatamento, mágoas contraídas, ódio confeccionado, desmantelamento de laços fortes, destruição, escravização, abuso, ausência de limites. Tudo em nome de um único instinto humano: a necessidade de ter o controle de tudo, o domínio... E fez isso em nome de ideologias, discurso desenvolvimentista, soberanias, amor... Mas, no fundo, durante toda a história, o homem sempre quis ser o controlador das massas, do desconhecido, dos territórios, de tudo.
Barreiras sociais sempre foram colocadas e repassadas por gerações, reinventadas... e sua banalização é tão grande que aprendemos a conviver com as mesmas, sejam morais, éticas, intelectuais, ... Mas as vezes é divertido atravessá-las nem que seja por uma simples abstração momentânea de uma sociedade unificada; ou extrapolação do ser único; ou mesmo um momento de experiência para ter um discurso critico mais consistente.
Na grande maioria das civilizações humanas, o processo de reabilitação dos que não conseguem viver em sociedade é a prisão. O que me parece obvio é que esse sistema não cumpre o seu papel apenas aprimora o delinqüente em suas atitudes desviadas. O homem só respeitas regras com punições mais severas, um pouco de opressão é fundamental em uma sociedade que protege seus desertores
A grande tolice das massas idiotas e desprezíveis é esquecer-se do que é importante facilmente, basta existir uma festa, um evento, um “pão e circo” que todos os problemas passam, os corruptos são esquecidos, os erros apagados, ... não existe memória mas sim a esperança de um novo evento. Por isso desisti de lutar contra isso, vejo que é melhor mesmo serem enganados, roubados, ... controlados por mentes superiores, existem verdades que quando ditas podem chocar, mas é uma simples observação da realidade imutavel.
O domínio passivo, não se usa armas nem violência, apenas o poder da palavra. Na historia sempre existiram os dominados e os detentores do poder e, em todas as relações humanas se faz presente. Estar no poder realmente são poucos, é uma seleção natural; em um grande contingente de pessoas apenas um pequeno grupo se destaca, a grande maioria opta em ficar na inércia, ou simplesmente não tem capacidade de se destacar. Isso independe de poder,... Um idiota que herda uma fortuna pode ter estudado nas melhores escolas, mas é fato que pelo simples fato de ser um idiota por natureza irá destruir o patrimônio. Entretanto uma mente brilhante pode morar nas ruas, estudar nas bibliotecas publicas e passar em um concurso. Essa é uma hierarquia imutável
Quase sempre a miséria é mantida para gerar benefícios próprios de poucos. Afinal, entre os miseráveis está o voto fácil, a oportunidade de autopromoção, de captar recursos sob justificativa de bons atos, manipulação... Também existem aqueles que se mimetizam como miseráveis para como integrante do grupo, desfrutar destes benefícios, justificados por uma ascensão “justa”. De que adianta curar a ferida de um doente, apenas para obter a imagem do eterno caridoso e após o reconhecimento de todos desfrutar lucros vertiginosos e esquecer os “ideais”.
Pessoas negativas me despertam repulsa e indiferença. Quem realmente precisa de apoio não anuncia sua dor, demonstra apenas força e perseverança em superar os problemas. Existem os extremos desde aqueles que adoram problemas para viver uma constante campanha de vitimização, tirando proveito das migalhas que lhes são oferecidas, mas fadadas a eterna trajetória da desgraça. Para estas pessoas não importa quem lhes “dá afeto”, se o “tapinha nas costas” vem da mão de um interesseiro, de um malicioso ... e simplesmente não lhe conduza a lugar algum, isso já lhes basta, pois é ali que elas querem permanecer. Por isso não sabem reconhecer ou não valorizam as reais contribuições. Também existem aqueles que não se abalam por nada, mas vivem a estranha felicidade inabalável, muitas vezes infantilizada de quem ri de tudo, a ponto de assemelhar-se a insanidade. Como em tudo, existem as pessoas moderadas que se abalam pelas “açoitadas da vida”, mas não as usam como um slogan em uma propaganda de marketing. Por mais que as pessoas vivam um eterno concurso de quem tem “a maior dor do mundo”, músicas, poemas, filmes e todas as formas de expressão de arte tendem a aproximar sentimentos compartilhando-os. Conselhos não servem para quem quer sofrer, geralmente estas pessoas discursam por horas seu monólogo, repleto de interpretações próprias e muitas vezes deturpadas, até cansar-se. Mas existem os raros resilientes que internalizam a dor, passam por momentos de reflexão, interpretam, aprendem e continuam sua trajetória. Este é um objetivo ....
Há quem diga que existam períodos amaldiçoados onde tudo de ruim pode acontecer; como, por exemplo, as referências ao ano de 2020. Mesmo que fosse uma verdade, em nada existe a constância; ciclos são naturais em tudo. Tolice é passar pelo momentos turbulentos sem aprender nada. Assim como a tosse evidencia um problema no pulmão; a febre uma infecção, a depressão à ansiedade, stress; uma nova pandemia, alerta para o avanço sobre ambientes estabilizados ... ; as chuvas intensas com diminuição do tempo de reincidência, um problema climático; o aumento das queimadas um problema do clima global; ... tudo são sintomas de algum ciclo em desequilíbrio. Precisamos estar atentos aos sintomas, diagnosticar e reestabelecer a ruptura.
Limitados sãos aqueles que vivem da opinião alheia, da autopromoção, das divulgação de lamentações permanentes, da alienação as questões polêmicas, das conspirações e paparicos demasiados. Estes são os mesmos que não suportam a própria existência em meio a condição de isolamento. O silêncio e a introspecção são oportunidades fantásticas para definir novas metas, reinventar-se, ter ideias, identificar falhas, promover autorreflexão, empatia, autocrítica, dentre outros. Da mesma forma o afastamento revela laços fortes, sentimentos verdadeiros, traidores, interesseiros, amores, amizades sinceras e outros. Uma quarentena pode despertar a loucura de uns e evidenciar oportunidades, como por exemplo de empreender em outros. Repense o que pretende fazer com sua vida, qual imagem está promovendo, quais vínculos pretende preservar, o que atrai para ti, como quer ser lembrado: lástimas ou obstinação?
Diamante é lapidado a base da pancada; assim também se molda caráter, maturidade, empatia e outras características do ser humano. Ouvir os mais velhos seria o caminho mais fácil, sem feridas, decepções E outras marcas de ensinamento; todavia, como a maioria dos animais, buscamos nosso espaço desafiando os anfitriões.
Certas conclusões podem ser mais perturbadoras que a ameaça de uma pandemia mundial, mais impactantes que uma bomba nuclear; contudo, por mais que as evite, precedem transformações inevitáveis. A constatação é diretamente proporcional à recorrência, bem como a persistência à toxicidade.
Todo dia você tem a chance de ser diferença: comece o dia sorrindo, falando boas coisas e torne-se referência positiva; poderá ate mesmo salvar vidas, transformar ambientes... . Mas também pode fazer intrigas, espelhar palavras negativas, mau humor, perpetuar tragédias, brigas, perspectivas ruins ... e verás as consequências! A longo prazo as pessoas podem até evitar a "energia negativa acumulada", o que de fato é saudável e prudente. Quando acordar, pense sempre quem você quer ser no mundo!
Aceite, não fuja, viva todas as suas dores; mas no final tire as devidas conclusões. De nada vale um tombo se não o aprendizado de como não cair mais. Um dia vai tomar consciência que todas as desavenças e desagrados servem para lapidar quem você é. O que hoje lhe parece algo ruim pode ser um esclarecimento amanhã. Mantenha o foco e não ignore os sinais
Viradas de ano tem diversas interpretações: marcos místicos, milestone de projetos pessoais, data para iniciar mudanças que está adiando ... mas na prática é a troca de um calendário! As maiores transformações não tem data definida, mas sim a vontade de fazê-las. As motivações mais transformadoras vem da inquietação. As decisões mais sensatas precisam de tempo. Por isso, nesta data disruptiva, desejo as melhores reflexões, porque: mais importante que andar é saber para onde ir!
Não confio em pessoas que usam palavras e histórias como seu maior portifólio. Da mesma forma, desconsidero declarações e paparicos de quem muito diz. Os maiores feitos não precisam ser anunciados, da mesma forma que quem gosta de bajulações permite-se ser pego por uma armadilha. A vida me ensinou a perceber atos e intensões por traz de exageros; posturas que variam em grupos e situações. Nada mais confortável que observar atitudes situacionais, variáveis; é como uma peça de teatro onde o ator interpreta diferentes personagens!
A pior coisa que pode fazer é deixar de ouvir o seu eu interior. Por mais que diga que não me arrependo de nada na vida, sempre irei me questionar porque não ouvi o que o meu "eu" dizia. Principalmente depois de vivenciar dor, desgaste, stress ... achando que estava agindo de maneira lógica!
