Amor Saudoso
Uma vez o meu saudoso Bispo Onaldo Rodrigues Pereira diante da explanação persuasiva de um pregador visitante que ministrava sobre o sermos como águias, de forma serena e educada, mas com a franqueza que lhe era peculiar, de forma original replicou algo que em essência jamais esqueci. A frase foi mais ou menos essa: "Embora admiremos o voo solitário dá águia, nós wesleyanos, como as gaivotas, voamos em bando".
A lição que extraí para a minha eclesiologia a partir do seu ensinamento, foi: na igreja ou vamos juntos, ou não há graça em ir.
Pulei cedo e fui passar a vista na caracada.
Saudoso eu estava do manejo,
da berração.
Contornei a capoeirinha
e fui chamando: Vem moirinha, vem cigana,
vem campeão.. Vem!
Reuni e fui tocando.
De começo já percebi duas paridas: um bezerrão malhado, uma terneirinha roxa.
E foi.
Fechei, apartei, curei bicho no umbigo,
passei remédio pra caganeira...
Minhas meninas me rodeavam: Olhares mansos,
confiados, majestosos.
Dei mais um repasse e pensei: sem mais novidades.
E elas foram passando uma a uma pela porteira.
Conta certa, falei pro meu umbigo.
Sol alto eu voltei pra terra dos bancos..
Agora é seguir o rastro oloroso do almoço.
É bom estar de volta
aos meus domínios,
à barra do Piancó,
à vidinha besta desse canto
de Minas.
Saudoso rio Sabor......
.......selvagem eu queria ser.....
como tu meu amigo......
........livre e belo corres suavemente...
Tenho saudades de tomar banho no rio....
.........de brincar com os meus irmãos.....
dos piqueniques e dos lanches...
.......que a nossa mãe preparava....
com queijo de cabra,presunto,mel....
e pão de centeio que a minha mãe cozia....
.........no forno a lenha,que saudades.!!
De passar a ponte sobre o rio Sabor.....
........de colher as azedas para a salada.....
que saudades eu sinto,das tuas águas ....
....tão puras e claras do seu aroma tão peculiar....
fresquinha que podia-se beber.....
......e pescar uns belos peixes....
ai Sabor selvagem e puro!!!
Ontem assistimos ao filme do nosso saudoso Sebastião - Tim Maia, achei excelente. Claro que em meio a tantas músicas lindas eu não poderia deixar de lhe dedicar uma. Você...
Divagando.......
Filhos?????
São emprestados a nós , como dizia o grande e saudoso Saramago....
Cláusulas ??????
Temos que cumpri- las , uma a uma, como firmamos com o mestre mundo.......
Quando cumpridas??????
É só alegria ......
Filhos netos , genro e nora maravilhosos .....
Quebras ??????
Nos faz chorar lágrimas de sangue....
Penas?????
Prisão perpétua, lá nos confins do arrependimento .
Pense nisso e não se arrependa Porque????
não há volta .......
VILLA URANDY
Saudoso era o tempo
do pequeno arraial,
com casarões e sobrados
no estilo colonial.
A praça era um largo
de terra arenosa e grama.
Só tinha um tamarindeiro,
quando chovia só virava lama.
As ruas eram poucas,
pareciam mais com vielas.
As pontes de madeira
pareciam mais com pinguelas.
As casas coladas nas outras
eram de influência portuguesa.
A pobreza morava no casebre;
os casarões eram da classe burguesa.
Pegavam água no rio
com lata ou com pote;
buscavam lenha no mato
e enchia de água o corote.
O livro Harry Potter foi escrito após uma separação e depressão.
O saudoso artista tinha 42 quando interpretou Chaves.
Lady Gaga antes de se tornar um fenômeno musical "chorou tanto que não conseguia falar" quando foi demitida de uma gravadora.
Jay Z um dos rappers mais reconhecidos não conseguia ser contratado por nenhuma gravadora e a solução foi vender o CD no porta-malas do carro.
Não existe idade e limitações para realização dos nossos sonhos, a persistência é o segredo do sucesso.
O dia do reencontro será saudoso e precisaremos sentir energias diversas para que nossa alma perceba a necessidade de que este é mais um passo rumo ao eterno
AS PERIPÉCIAS DO FIRMINO
Por Nemilson Vieira (*)
O meu saudoso conterrâneo, o velho Firmino deixou o seu estado de origem, o Maranhão e saiu pelo mundo… Se pôs como pedra a rolar, rolar… Pelos caminhos da vida. Como a pedra que muito rola não cria lodo… Não quis o destino que fosse além de Campos Belos às suas peripécias. A sua trajetória de caminhante solitário encerrou-se por lá, num descanso eterno. Com a cidade viveu num estado de graça e amor permanente; à morte os separaram.
Bom camarada; extrovertido, sociável daqueles que sentimos bem estar ao seu lado. Um dos melhores contadores de causos que conheci. O seu jeito alegre de ser, a história que contava prendia à atenção das pessoas para ouvirem as suas narrativas orais.
Como bom maranhense amava de paixão as pescarias e os ensopados de peixes; numa ocasião nos contou sobre uma que participou com os amigos do lugar. Sobre brancas areias de um rio armariam as suas barracas, nas suas águas jogariam os seus anzóis, lançariam as suas redes. Cada integrante do grupo se ocuparia do que fosse necessário fazer naquele espaço.
Bebidas umas cachaças para animar o Firmino criou coragem para mergulhar no poço frio e profundo, à sua frente.
Gastou um tempo para voltar à superfície das águas. Os companheiros sabiam que ele demorava muito nos seus mergulhos.
Cultivava o hábito da captura dos peixes com as mãos introduzidas nas locas e fendas das rochas. Depois da demora ressurgiu, e voltou à praia sem nenhum peixe daquela vez. Prometeu à turma retornar às águas para buscar o prato do dia. Uma sucuri para quem animasse a comer. Pulou novamente no poço, desceu às suas profundezas.
Dessa vez demorou um pouco mais em retornar à superfície; talvez uns minutos. — Um só, submerso, já é uma eternidade.
Firmino estava grudado com as duas mãos no rabo da cobra à puxar-la para fora; a mesma inflava o corpo e se firmava nas laterais da toca, num descuido avançava para o seu interior. Naquela luta ferrenha dos dois pela sobrevivência… Firmino a venceu.
Na terra firme, ao batê-la sobre o solo por algumas vezes, a pobre da cobra desfaleceu. Foi uma farra daquelas dos colegas.Salivações de sobra só de pensarem em degustar uma iguaria daquela.
Ao iniciarem os preparos para o guisado, constataram que não se tratava de cobra-sucuri coisa alguma e sim, de uma cobra-jaracuçu que não crescia mais.
Dormiram com fome.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
F.L.
Tenho 52 anos, um olho apenas, a carne nasceu por dentro do osso como falava o saudoso humorista “espanta” que Deus levou de forma precoce mais, pense num ser humano GRATO a Deus sou eu, no mundo do “TER” não sou nada, pois, nada tenho, mais no universo do “SER” sou gigante, tenho brilho e sua luz incomoda grandiosamente. Obrigado meu PAI, GRATIDÃO com toda sua plenitude.
O #ACENDEDOR DE #LAMPIÕES
No silêncio do ontem...
Entre ventos a soprar...
Saudoso de tempo que não volta mais...
O acendedor de lampiões vem lá...
Em namoro com a lua...
Em vielas e ruas...
Nos becos mais escuros...
Junto as tabernas ou cafés...
Casarões antigos...
Cabarés...
Em cantos silenciosos...
Entre alguém e ninguém...
Um a um acende...
Tão cedo no céu a fornalha se aurora...
Retorna lentamente...
Vagando entre as sombras...
Que espreitam insatisfeitas...
O adormecer das estrelas...
No baile das horas...
Não sabe ele...
Nada pode testemunhar...
Da vida pulsante oculta...
De madrugadas de luar...
Muitas vezes o tormento...
Incendeia a paixão do tempo...
Quando a alma precisa de um momento...
Em caminho tantas vezes percorrido...
O acendedor sente saudades de abrir a janela do coração...
Bendita, malvada vida...
Em acender e apagar o lampião...
Suas imensas lembranças...
Silenciosamente dentro dele começam a ecoar...
Algumas oprimem seus sonhos...
Outras o fazem sonhar...
Na rotina dos dias, meses e anos...
Deseja prender o tempo...
E do que lhe resta tão pouco...
Sem perceber muito dá...
Em seu passeio noturno...
Ele faz tudo brilhar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
“Não existe dor maior que a saudade e nada mais saudoso que as lembranças dos momentos que juntos vivemos”.