Amor Impossivel por Causa da Distancia
INDIGENTE POESIA
Quando o vazio se ocupa do nosso peito
E a solidão nos consome e nos invade
O pranto não tem um qualquer direito
De em seu nome nos dar uma saudade
Ingratidão, suplício da dor sem respeito
Que dorido dentro d’alma sem caridade
Adentra o sentimento de um tal jeito
Que não acalma e nós deixa na metade
Estes silêncios são dívidas da sofrência
Que na carência não tem uma alegria
E no desamor o sonho é só impotência
Então, quando o não o falto anuncia
E no sim o amor perdeu a cadência
Lágrimas causam indigente poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2020, 06’53” – Triângulo Mineiro
Deserto
Atravesso desertos fora de mim.
Não encontro oásis no recôndito de minha alma.
Deserto incerto...
Nada é proporcional.
Miragens de mim.
Desejo intencional.
Deste-me um beijo.
Disseste-me adeus.
Gosto amargo e seco.
Tempestade de areia.
Uma serpente serpenteia.
Grito em silêncio.
Ecos num vazio amargurado...
Tudo desajustado.
Oásis embaciado.
Percepção
A sensação era de estar desperta...
Alerta!
Mas, na verdade, devia de sonambulismo constante sofrer.
O Sol não tinha o calor do verão...
parecia ter continuado a dormir depois de o inverno ter chegado ao fim.
Fazia frio...
Mas a fria sensação não a fazia tremer
Parecia não haver nada a temer.
Nada a atemorizar, nada a exorcizar.
Seus demônios eram só seus...
Na sua sonolência desperta...
Ou no seu despertar sonolento...
Ah! tanto faz...
de continuar do jeito que estava pela eternidade era capaz.
Nunca acordava totalmente... vivia um pouco dormente... em estado latente... demente.
Não via luz nenhuma no fim do túnel.
Não se sentia membro da raça humana.
Então continuava... do jeito que estava... continuava...
Mas... de vez em quando... não aguentava, meio que se revoltava...
... e chorava.
Who cares?
Muitos acreditam que existe o mal. Não, meus amigos! O que existe é o desconhecimento do bem. Pratique o bem, constantemente, e o mal irá se dissolvendo lentamente, e com o tempo ninguém se lembrará mais dele.
Suspiro-dos-jardins
Tira-me toda a angustia inquietante
Nesse labirinto, não encontro o caminho
E eu ei de vaguear por entre as estações sozinho
Bem vindo ao lar, com a dor causticante.
A flor-de-viúva há de brotar em mim
Formando suas raízes, que nada intera
O exórdio do nosso viridário de jasmim
Ao auge de minha quimera.
E toda a reminiscência, e o estigma por ti deixado
Lembrarei por toda a eternidade, o seu partir sem razão
Sinto que meus sentimentos precipitados, nada foi adiantado
Aos pensamentos sem fim, aos dias que não voltarão
O vestígio de ti, seu eflúvio atrativo, ainda me lança
“O passado se torna o presente na lembrança”.
Fragmento poético
Poesia: Desejo
(...)
Quero iniciar uma jornada!
Sem olhar para trás.
Construir uma nova vida
E sorrir cada vez mais.
Quero me apaixonar!
Nesse meu novo viver.
Quero saber o que é amar!
E dizer: EU AMO VOCÊ.
Fragmento poético
Poesia: Samuel Thorn
(...)
Quero me apaixonar!
Nesse meu novo viver.
Quero saber o que é amar!
E dizer: EU AMO VOCÊ.
CARREAR
O silêncio, origem de um final
Conhece o caminho do suposto
Lágrimas correndo com tal gosto
Em uma sensação de dor visceral
Que lacera a alma tão brutal
Na fúria de qualquer desgosto
Como sombras dum sol posto
E uma avalanche descomunal
Do desejo, ali sentidos e cego
E nesta escuridão submerso
A emoção é arrancada do ego
Que maltrata, e deixa disperso
Na ilusão, e então as carrego
No olhar, no peito e no verso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2020, 10’33” – Triângulo Mineiro
Só eu apenas preciso ter certeza;
Só eu mando no meu coração;
Eu sei o que eu sinto;
Eu sei que não é obsessão;
Meu amor por ela é puro;
Eu não ligo para nada;
Além da felicidade dela.
Se você consegue entender as minhas poucas palavras, irá compreender todos os meus desejos e sentimentos.
A vida é um jogo longo, um jogo que tem uma estratégia simples: conhecer-se, aceitar-se, tornar-se o Criador de si mesmo! Horas a vida nos joga pra lá e pra cá, nos vira de ponta cabeça, nos torce, retorce, mas com isso ela nos ensina que nada é fixo e permanente. Nos ensina a sermos flexíveis, nos ensina, a usarmos nossas próprias dores, para se transmutar em algo novo.
Morremos todos os dias e renascemos todas às manhãs. O que não for aproveitado em seu resnacimento serão apenas velhas cicatrizes.
PEDIDO
Houvesse Deus e os deuses
A fim de que lhes pedisse:
o coração em que penso, por
mais frases e bocas que beije
todas ache feias e frias, e que,
amanhã, ao despertar, ou à saída
da boate, pense em mim quando
a luz do dia sobre ele se desate.
Do epicentro da loucura
Uma linha tênue de lucidez
A visão de um futuro forjado platonicamente
A balbuciação de um projeto feliz
Sem explicação profunda
Ou o mínimo resquício de sensatez
Apenas alusões difundidas por afeto
Que não se partem simplesmente ao acaso
Mas que se ligam como um esbarrar de braço em interruptores
E que faz a luz de ambos resplandecer mais forte e vividamente
Pela simplista ocasião de estarem juntos.
Toda mulher gosta de Rosa
Tantos paralelos poéticos já foram feitos entre a mulher e as flores na música, na poesia, trabalhos acadêmicos, conversas de família e até mesmo em mesas de bar.
Discordo totalmente!
Foi preciso muito tempo para entender que eu nunca soube nada sobre elas.
Mas de uma coisa tenho certeza: de flor a mulher não tem nada!
Nem mesmo quando se enfeita ela parece uma flor.
Talvez um vaso, por tantos penduricalhos, para acalmar os seus esforços para atender a esses comparativos românticos.
Numa luta inglória elas cortam o próprio corpo, trocam a felicidade em forma de guloseimas para viverem acuadas em dietas que prometem fazer-lhes parecidas com rosas!
Não, elas não merecem isso...
Talvez o homem esteja mais próximo das rosas. Sim! Eles, depois de jogar água no corpo e no cabelo, expõem-se ao vento, exalando o seu cheiro natural, sem nenhum esforço adicional, causam contemplação e mesmo murchos, possuem ferozes feromônios, um pouco fétidos, até, mas ainda assim retém olhares e cuidados zelosos...
Que nem as rosas, os homens têm espinhos, não ouse se aproximar de qualquer jeito para manipular uma das suas pétalas.
Quem nem as rosas, os homens murcham e adormecem após a flora, as suas hastes precisam de um tempo sabático para recuperar as forças.
Às vezes, que nem as rosas de cativeiro que compradas em supermercados, os homens murcham para sempre, rapidamente.
Entendeu agora por que as mulheres e as rosas nunca tiveram semelhança?
Para começar elas nunca murcham...
Depois, rosas murcham com as estações e as mulheres sobrevivem a todas elas.
Por isso está decidido: nem gorda, nem magra, nem jovem e nem adulta, de maneira alguma a mulher parece ou será comparada a uma rosa!
A partir de agora eu declaro: toda mulher é como uma nuvem!
Resistente a todas as condições de temperatura e pressão, molda-se! Lindas, vagueiam com os ventos céu afora, liberando novas formas, a passagem da luz e água para que as sementes brotem...
Elas vivem como as nuvens, também cheia de penduricalhos.
E como as nuvens, elas recebem sobrecarga de energia, e assim passam pelas tormentas que trazem relâmpagos e trovoadas, e em meio às suas mal compreendidas tensões pré-menstruais jorram, preparando os campos para receber as sementes, regar fatal e ironicamente as flores, além de alimentar o viço de tudo que há ao seu redor.
Algumas mulheres vagueiam viçosas e se transformam rapidamente em lindos carneirinhos, anjos com asas enormes, figuras assustadoras, enfim, as mulheres podem ser e estar onde quiserem, e como as nuvens podem até parecer rosas, enquanto as regam...
Como as nuvens, assim serão as mulheres a partir de agora. Nada de rosas para falar das mulheres!
A partir de agora, quando eu estiver apaixonado, vou convidar o meu amor para contemplar o céu e dar-lhe uma nuvem de presente, daquelas bem passageira de estação.
Ao contrário das flores, e como as mulheres, elas não murcharão: apenas irão aonde quiserem embaladas pelos ventos!
Mas também, se quiserem, poderão retornar intrépidas, alvissareiras, trazendo as boas as boas novas da estação.
Será um presente para nós dois. Bem íntimo.
E por eu ser como a rosa que murcha, deixarei o meu testamento grafado nos céus para que a cada nova estação ela possa ver os sinais do meu amor.
Saudades
A tarde passa lentamente.
O dia aninha-se nos braços da noite.
Pássaros cantam sem tanto alarde.
E eu... eu apenas contemplo.
Não há mais lamento
Tu te foste...
Outros braços te abraçam
E eu sorrio... sonho:
são os meus lábios que sentes
é o meu calor que te aquece...
Tu, de mim, jamais te esqueces.
Sonho... aos poucos umas lágrimas rolam dos meus olhos...
Silenciosamente... Sinto saudades.
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