Amigos Nao Precisa ser do Mesmo Sangue
A gruta é úmida escura fria. Não tenho roupa, não tenho fome, não tenho sede. Só tenho tempo, muito tempo, um tempo inútil, enorme, e este farrapo de folha de livro. Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique, a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.
Só queria pedir uma coisa, acho que não é difícil, é só isso, uma coisa bem simples: quando você voltar outra vez veja se você me traz uma maçã bem verde, a mais verde que você encontrar, uma maçã que leve tanto tempo para apodrecer que quando você voltar outra vez ela ainda nem tenha amadurecido direito.
Veja, os meus cabelos estão molhados, caminhei horas pela chuva querendo e não querendo procurar você.
A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam. Mas, vantagens? Ah, isso também tem. A melhor delas é conhecer gente. Não tem coisa melhor (nem pior) do que gente.
Aqui está-se sossegado
Aqui está-se sossegado,
Longe do mundo e da vida,
Cheio de não ter passado,
Até o futuro se olvida.
Aqui está-se sossegado.
Tinha os gestos inocentes,
Seus olhos riam no fundo.
Mas invisíveis serpentes
Faziam-a ser do mundo.
Tinha os gestos inocentes.
Aqui tudo é paz e mar.
Que longe a vista se perde
Na solidão a tornar
Em sombra o azul que é verde!
Aqui tudo é paz e mar.
Sim, poderia ter sido...
Mas vontade nem razão
O mundo têm conduzido
A prazer ou conclusão.
Sim, poderia ter sido...
Agora não esqueço e sonho.
Fecho os olhos, oiço o mar
E de ouvi-lo bem, suponho
Que veio azul a esverdear.
Agora não esqueço e sonho.
Não foi propósito, não.
Os seus gestos inocentes
Tocavam no coração
Como invisíveis serpentes.
Não foi propósito, não.
Durmo, desperto e sozinho.
Que tem sido a minha vida?
Velas de inútil moinho —
Um movimento sem lida...
Durmo, desperto e sozinho.
Nada explica nem consola.
Tudo está certo depois.
Mas a dor que nos desola,
A mágoa de um não ser dois
Nada explica nem consola.
O homem consegue lançar-se ao espaço
e desvendar os mistérios do infinito,
mas não consegue garantir a todos um prato de comida...
Na lei dos sentimentos a soma é pra dividir por dois. Plantar para colher não é precoce, resumo de viver não é precoce. Existe o tempo certo da conquista, tesouro de valor não fica à vista.
E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor?
Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo.
A verdade é que você não vai conseguir seguir em frente se não tirar os olhos do retrovisor. Mire pra frente, e siga em frente!
Enquanto as pessoas estiverem satisfeitas com sua condição, não contestarão nenhum sistema de governo vigente, seja ele monárquico, ditatorial ou democrático. Enquanto vigorar a sensação de felicidade, até mesmo o governo mais injusto e corrupto conseguirá se perpetuar no poder.
Você me provoca sem esperar a picada. Sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.
Amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha.
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