Amigos Ficantes
Confie
Quente, apaixonado, delirante
Fecho os olhos e sinto-o
Oh, o seu beijo.
Trance seus dedos nos meus
Permita-me te amar
Passe por essa porta
Venha e seja meu.
Oh, meu abrigo
Quero teu espaço
Deite-se ao meu lado
Fecho os olhos e sinto-o
Oh, você está aqui.
Olhando a lua
Numa madrugada fria
Você diz nada sentir
Oh! Quanto desamor
Deixei de lado a razão
Deixo cair no esquecimento
Lavo meu corpo com águas límpidas
Fica nítido as cicatrizes
Dor já não existe
Tempo amigo, não me deixe
O sol já vai raiar
Ser “bom” e não ser “egoísta” para algumas pessoas, infelizmente, não é um estado permanente, “mas um esforço diário”.
Crônicas do Efêmero
No ritual matinal do café quente,
abre-se o dia com moderação,
enquanto o sol, comedidamente,
ensaiando seu brilho, molda a mesa com precisão.
A brisa, tímida e reflexiva,
percorre as folhas com lembranças,
como quem passeia entre memórias,
de um tempo que, na verdade, nunca se foi.
O riso infantil, puro e indomável,
corre sem destino certo,
como se a vida lhe pertencesse,
e o momento fosse uma eternidade.
Um abraço inesperado,
que sem alarde se anuncia,
carregando em seu simples gesto
todo o peso suave da afeição.
E no reencontro com os amigos,
as palavras fluem sem pressa,
entre risos, confidências e recordações,
como se o tempo, por um instante, se esquecesse de passar.
São essas minúcias da existência,
aparentemente insignificantes,
que compõem, em segredo,
o grande romance da vida.
A sacralidade nas refeições.
Há certa equidade no rito das refeições. Sob a toalha, já não se vê quem é maior. A mesa esconde nossas deficiências.
Sentados, a única urgência é pela comunhão, que é repartida juntamente com o pão e a manteiga. O sagrado tem sabor de café.
Quando nestes encontros falamos, rimos e recordamos, as horas voam diante da saudade acumulada, e notamos que, pelo menos por alguns instantes, conseguimos arranhar a eternidade.
Algum aparelho sempre toca e, espantados com o horário, sabemos que é o momento de partir.
Na porta, ao nos despedirmos, alguém intencionalmente sacode a toalha do café, assim as aves também poderão se alimentar com as migalhas dos nossos momentos.
Quando abraço alguém, fecho os olhos e demoro pelo menos uns trinta segundos antes de soltar. Neste tempo, consigo ouvir exatamente cada pulsar do coração. Acredito que cada coração tem um ritmo, como se fosse um timbre vocal. Convido-te a ouvir! Para isso, é preciso que eu saia da superficialidade dos sentidos. No último abraço que dei, pude escutar as palavras mudas de um coração: "Obrigado por estar aqui."
As estações de adversidades, revés e dificuldades que passamos, fortalecem o compromisso dos verdadeiros amigos.
Em algumas circunstâncias da vida podem acontecer três situações:
- Deus te ajudar. João 5.1-9; Jesus foi até o homem.
- Pessoas te ajudarem. Marcos 2.1-12; Amigos o ajudaram.
- Você se ajudar. Marcos 10.46-52. O cego foi até Jesus.
É melhor serem dois do que um; porque se um cair quem o levantará? E um cordão de três dobras e mais difícil de quebrar.
Que você tenha amigos que possam rir e chorar com você; Que possam torcer e comemorar as suas vitórias. E que com suas derrotas eles venham a se entristecer junto com você. Sendo assim você terá amigos que são bem mais que isso; Eles serão parte de você. E tenha certeza esses amigos estarão ao seu lado sempre, aconteça o que acontecer.
Amigo é aquele que caminha ao teu lado sem desejar ser teu destino. A verdadeira amizade não exige espelhos, mas presença. Entre os que riem contigo, poucos te verão quando estiveres invisível ao mundo — esses são os amigos.
O meu coração é um palácio.
Nele guardo pessoas preciosas e especiais que tiveram comigo nos meus mais baixos momentos, e ainda assim, continuarão ao meu lado, amando-me.
Os dias são maus, as trevas são intensas,
mesmo assim, procuremos preservar
as coisas que o dinheiro não pode comprar,
pois são elas que nos tornam ricos.
Nos acostumamos com comportamentos prejudiciais e os consideremos "normais", esquecendo-nos de merecer respeito.
A vida, de tempos em tempos, nos brinda com essas surpresas maravilhosas. São pessoas que chegam sem aviso prévio, mas que se tornam presentes valiosos.
Aprendemos com elas que não importa o quão difícil seja o nosso caminho, pois sempre encontraremos mãos estendidas prontas para nos ajudar a seguir em frente...
- Edna Andrade