Amigas de Escola
A escola tem que funcionar
como uma extensão da realidade
que o aluno encontra no meio em que vive,
para que ele encontre significação
no que aprende.
Enquanto a escola estiver
assumindo como seu foco
as exigências de um sistema de ensino,
para o qual ela está subordinada,
bem como, atribuindo ao currículo,
o norte de suas ações,
a formação integral de seus alunos,
continuará se perpetuando
como uma utopia,
oriunda de um discurso
desagregado de sua prática.
Quando o aluno não encontra
significado em que lhe impõem aprender
não consegue ver na escola
um motivo para a sua atenção reter.
Quando a escola muda o foco de suas ações,
do aluno para o reconhecimento da mesma,
a educação deixa de ser algo que transforma
para se tornar no caminho que molda
os resultados necessários para a sua glória.
Se a escola não consegue exercer o seu papel social, então ela passa de instrumento de transformação para aparelho ideológico do Estado.
Quando os pais procuram uma escola para os seus filhos, na verdade eles estão dividindo a responsabilidade da formação de seus entes queridos, consequentemente, almejam encontrar uma excelência no ato de educar dessa instituição.
Enquanto a escola prioriza as exigências do sistema de ensino ao qual está subordinada e ao cumprimento do currículo, os alunos valorizam o que está para além dos muros dessa escola, por considerar mais atrativo.
O maior mal que o neoliberalismo fez à escola, foi torná-la em um ambiente de
de profissionais na arte de auto-negar a sua capacidade de educar.
Quando a escola transformou o aluno em cliente e a educação em mercadoria, perdemos a capacidade de construir cidadãos críticos, capazes de enxergar o que as palavras não expõem de forma explícita.
A escola é um poço de contradições, onde a solução está no discurso que nunca se concilia com o ato.
Dizer que a escola não educa,
ou que o educar não é seu papel,
é desconhecer a dimensão da educação escolar,
é não ser capaz de enxergar a carência dos alunos
que se manifesta dentro da escola,
é não compreender que o ensino
está incluso no processo educacional.
Quando a escola incorporou a ideologia neoliberal, que transformou as instituições da sociedade em empresa, ela passou a agir com tal, logo o desenvolvimento pleno do aluno deixou de ser seu objetivo, passando a focar na obtenção de resultados positivos em avaliações externas, como parâmetro de eficiência da sua ação.
Quando a escola não cumpre o seu papel no processo de ensino e aprendizagem, depara com uma realidade dentro dela, que não consegue encontrar uma solução e a melhor que encontra é transferir a responsabilidade para a falta de participação da família no processo de ensino e aprendizagem do aluno ou na dificuldade que este tem de aprender.
O professor não pode olhar para a falta de interesse de um aluno aos assuntos da escola, sem ver a realidade a qual esse aluno está inserido e, muito menos, a sua história de vida.
Enquanto a avaliação for concebida como um instrumento de aferição de capacidade, a escola nunca conseguirá exercer o seu papel social com excelência.
Temos que repensar a escola para um fazer pedagógico desvinculado do modelo de empresa imposto pelo neoliberalismo, pois, do contrário, a mesma não deixará de ser um poço de contradições ao qual ela se transformou.
A escola tem que ser um lugar para onde o aluno deseje ir, mas para isso é preciso que ela faça dos seus espaços um ambiente que o aluno não tenha em casa.
O erro na escola não é algo que esteja em desarcordo com o que é certo, mas uma etapa do processo de aprendizagem que antecede ao que é aceitável como correto.
A escola que padroniza
é a mesma que produz trabalhadores dóceis
e transforma criança em homens que não perguntam,
apenas respondem.
A vida é uma escola...
A maior lição é que você nunca sabe a força que tem, até perceber que a única alternativa é ser forte.
A vida não te ensina a ser forte... ela te obriga!