Amiga Mensagem Ana Maria Braga

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⁠Viagem -

A vida é uma viagem
Um retorno sem imagem
Nos espelhos do destino,
É um grito sem amarras
Um poema sem palavras
Que vivemos no caminho.

O que trago ou não trago
O que canto e dou ao fado
Só eu sei o quanto dói,
Ver nos olhos de toda a gente
O silêncio de quem sente
O quanto a vida nos destrói.

Visto noites e cansaços
No meu corpo, nos teus braços
Na distância, o teu olhar,
Roda a roda do destino
Acendo velas no caminho
Numa pressa de te amar.

Só há Fado e solidão
Esta dor e um coração
Nos meus olhos a bailar,
E no céu da minha noite
Já nem há onde me acoite
Tanta estrela sem brilhar.

Inserida por Eliot

⁠Saudade de nós -

Chegaste tarde meu amor
E no silêncio desta dor
Nem sei bem o que senti;
Uma saudade de nós
Ou talvez por estarmos sós
Uma saudade de ti.

As andorinhas não vieram
E as pessoas não disseram
Se voltavas p'ra mim ou não;
Grito e ninguém me responde
Oiço-te mas não sei d'onde
Nos confins da solidão.

Passo a passo sem Carinho
Acendo velas no caminho
Virando os olhos p'ra Deus;
Porque não há maior tristeza
Do que trazer a Alma presa
Ao Silêncio de um adeus.

Eu nem sei onde me perdi
Que tudo me fala de ti
Entre a terra e os Céus;
Mas podes sempre voltar
Porque eu vou por ti esperar
Jamais te direi adeus.

Inserida por Eliot

⁠Ao passar pela vida -

Ao passar pela vida
Não levei nada na mão
E ai da minh'Alma perdida
Ai do meu pobre coração.

E houve momentos de comunhão
E houve instantes de poesia
Tantas horas de emoção
No viver do dia-a-dia.

Só a mim levei comigo
E foi muito ou talvez não
Que das saudades contigo
Só ficou a ilusão.

Agonia consentida
Lastro de pura solidão
Ao passar pela vida
Não levei nada na mão.

Inserida por Eliot

⁠Olha -

Olha o tempo que passou
e nada aconteceu
vê a vida que voou
no olhar de quem sofreu!

Olha as vezes que disseste
"este amor não é p'ra nós!"
tantas coisas tu fizeste
que p'ra sempre estamos sós!

Olha a esperança que não veio
que caiu em solidão
no silêncio do teu seio
no vazio de um coração!

Tudo passa e arrefece
até a dor de quem não fomos
na verdade não se esquece
do olhar de quem amámos!

Inserida por Eliot

Hão-de lembrar-se de mim -

⁠Hão-de lembrar-se de mim quando quiserem ver-me,
e eu, volvidos tantos anos, estiver morto,
hão-de lembrar-se de mim quando não poderem ter-me,
porque a terra já desfez meu pobre corpo!

Hão-de lembrar-se de mim ao verem nos meus versos
amargura, tristeza, dor e solidão
e hão-de sentir como traição dos vossos beijos
um punhal profundo cravado no coração!

Hão-de lembrar-se de mim, acreditem, ao ler-me,
e sei que me lerão, porque já terei valor,
"Rei morto, Rei posto!", todos me terão amor!

Mas se afinal, em vida, ninguém pôde querer-me,
vale a pena dar valor a quem chegou ao fim?!
Quando as lágrimas correrem hão-de lembrar-se de mim.

Inserida por Eliot

⁠Perdas -

Há silêncios magoados
Que nos trazem solidões
Amarguras lado a lado
Em par dos corações.

E há olhares cansados
E há vidas sem destino
Tanta gente sem passado
Tantas perdas no caminho.

O que há eu já não sei
O que sinto também não
Porque a vida a que me dei
Não passou de solidão.

E ao viver de mão em mão
Vivi silêncios magoados
E a par do coração
Amarguras lado a lado .

Há verdades que ficam por dizer
Olhares que falam sem falar
Tanta coisa que fica por viver
E a vida não pára de passar ...

Inserida por Eliot

⁠Marafada -

Lá vai ela p'la calçada
vai tão bela e formosa
onde será a barracada
dessa triste mentirosa!

A cabeça está vazia
nas mãos leva mentira
no passar de cada dia
mais parece a pomba-gira ...

... e gira ... gira ... gira ...
tão rodada que ela é!
É rodada a pomba-gira
mesmo igual ao que ela é!

Lá vai ela marafada
p'ra lixar algum amigo
lá vai ela endiabarada
fujam todos, é perigo!

Inserida por Eliot

⁠Bota - Abaixo -

Bota-abaixo as bocas sujas
Que vagueiam pelo lixo
E adoram pôr-te culpas
P'ra fugirem, bota-abaixo!

Aos que juram com maldade
Sobre os mortos, bota-abaixo!
A quem trai uma amizade,
Denúncia, bota-abaixo!

Quando pensam que te enganam
O que fazes?! Bota-abaixo!
Quando há nomes que te chamam
Fazes bem: bota-abaixo!

Fica longe da gentalha
Desses ninhos que é só lixo
Bota-abaixo essa canalha
Tu não queres nem papas disso!

Inserida por Eliot

⁠Filho do Passado -

E há silêncios na rua do meu medo
por entre as vagas ondas d'um Sol abrasador
e páira pelo ar o suspiro d'um segredo
deixando em quem lá passa desamor.

Sou na vida um deserdado sem esperança
um filho do Passado só e triste
Alguém que já perdeu a confiança
numa vida que não vive, só resiste.

Sou um filho da poesia, endiabrado,
a pausa entre as notas que faz a melodia
a memória d'um mendigo rejeitado
que vai matando a vida dia a dia.

Sou alguém qu'inda se lembra do ter sido
uma culpa que não tem pai, bastarda,
os olhos d'um desenganado, vencido
ou até o Pranto de Maria Parda.

Inserida por Eliot

⁠Nã passes tã fria -

Nã passes tã fria à minha igreja
Que me dexas triste, sem acção,
A conversa é forte, c'mas cerejas
Vê lá se cais num cagalhão!

Nã! Nã passes tã fria por alí
Que assim até perdes a razão
Anda, anda daí até aqui
Talvez, 'inda tenhas salvação!

Mas tu já não tens a salvação
Nas costas tens uma marreca
Só já te resta o cagalhão
E uma vida de pileca!

Inserida por Eliot

"⁠S. Miguel" perdeu a espada -

É mentira é mentira
É mentira o que ela diz
Aldrabona, mentirosa
Vê-se logo no nariz!

Interessou-se por alguém
Que eu não quis e não a quer
Muito pura, muito casta
Tinha fome, quis comer!

Ai coitada, pobrezinha
Foi p'ra Lagos e voltou
S. Miguel como previsto
Nem com um dedo lhe tocou!

Ou o Santo perdeu a ponta
Ou ela está desesperada ...
Mas todos sabem na verdade
Que o S. Miguel perdeu a Espada!

Será que o Santo é maricas
Ou a velha está usada?!
Destas velhas, destes Santos
É melhor não esperar nada ...

Inserida por Eliot

⁠Cobras Condenadas -

Quando se acredita em alguém
que diz ser verdadeiro
e grita amar-te a uma voz
não se percebe como vem
a calúnia e o mau cheiro
da mesma boca contra nós.

É mentira e nós não vemos
mas até desconfiamos
quando jura sempre em falso
dessa LAIA não seremos
e é por isso que deixamos
que se enterre passo-a-passo.

E depois quando te afastas
conta tudo à sua maneira
porque pensa que te enterra
o teu silêncio serão facas
porque a matas na fogueira
da mentira onde ela BERRA.

Essas cobras venenosas
com bom ar e elegância
que vagueiam por aí
morrerão todas ranhosas
do veneno e da ganância
que destilam contra ti.

Inserida por Eliot

⁠Hei-de rir-me -

Diz o povo e muito bem
Quem vê caras não vê corações
Mas o povo diz também
Que se apanham os aldrabões.

Quem vive alegre de traição
Ou de promessas sobre os Mortos
Há-de morrer do coração
Apodrecendo-lhe nos corpos.

Pobre gente da intriga
Cuja língua é veneno
São mais tristes que a lombriga
Que lhes vai no pensamento.

Hei-de rir-me dessa gente
Ao vê-los tristes por aí
Hei-de vê-los de repente
Caídos onde eu caí.

Inserida por Eliot

⁠Tem cuidado -

Tem cuidado com quem diz gostar de ti!
Muitas vezes é o tempo de criar
uma teia de mentiras aqui e ali
deixando-te à mercê de bocas sujas a falar.

Na verdade, de promessas está o inferno cheio,
de gente que por lá perde a sua Alma,
coitado de quem trái o bem alheio,
será abandonado por quem ama ...

E quem jura e rejura em falso, por seu mal,
nesta vida pagará essa mentira,
do inferno lhe há-de vir um catarral!

Nada mais há a dizer do que obrigado!
A roda do destino, não pára, sempre gira,
por isso, meus amigos, tenham cuidado.

Inserida por Eliot

⁠Tremores -

E eis que na solidão da praia deserta
Caem águas do meu triste olhar,
Mas essa água que me aperta
Não é menos que as águas do mar.

Não me lembro de existir dentro de mim
Algo maior que a palavra solidão,
Algo mais seco que a amargura d'um jardim
Plantado junto aos portais do coração.

Há uma noite enleada aos desejos de cada um,
Um grito, uma metáfora de saudade,
Uma vontade de comer que é jejum
Que a trazemos desde o berço por piedade.

E o que ser para além d'um silêncio sem destino?!
Um planeta sem elipse, uma curva,
Uma pedra só, pisada no caminho,
Um punhal numa fonte de água pura!

Inserida por Eliot

⁠Cegos de Amargura -

Às vezes procuramos o que temos
na iminência de inventar felicidade
e ali está, ao nosso lado, não a vemos,
cegos de amargura e de saudade!

Somos da História um filho do meio
à procura d'um lugar que não é nosso
procuramos o que temos, que já veio,
vida que respiro mas não toco!

É tão estranho estar vivo e parecer morto
estar alegre e sentir uma tristeza
que nos invade de lés-a-lés o corpo
deixando a Alma revestida d'incerteza!

Será loucura acreditar na felicidade?!
Será a felicidade feita de loucura?!
Nada existe sem um pouco de saudade
porque a saudade é feita de ternura ...

Inserida por Eliot

⁠Leme -

Na rua do meu silêncio
há um grito de saudade
é como o Céu tão cinzento
nos dias da tempestade.

Quando sopra qualquer vento
na minh'Alma há muita dor
pois na raiz do pensamento
sempre baila o nosso amor.

E no cais de qualquer porto
há sempre alguém que se demora
bailam saudades no meu corpo
como as dores de quem chora.

Alguém chora e não agarra
este meu sentir tão louco
sou como um barco sem amarra
que se afasta pouco a pouco.

Inserida por Eliot

⁠Barco antigo -

No cais da minha saudade
Atracou num barco antigo
Que julguei não ver jamais;
Um amor de pouca idade
Que o destino decepou
Em agrestes temporais.

A noite calou meu ser
Senti perto dor e perigo
Senti medo do passado;
Era o medo de te ver
Porque em mim nada mudou
Só a voz neste meu fado.

O barco chegou à praia
Fez-se perto aquele grito
Que deu voz ao alto mar;
E na proa que desmaia
Nesse barco que aportou
Vi um braço a acenar.

Nada trouxe de verdade
Afinal estava perdido
E nós ficámos iguais;
Do cais da minha saudade
Foi-se embora o barco antigo
Que julguei não ver jamais.

Inserida por Eliot

⁠Eu canto porque o meu canto é da cor
do sangue,
porque o meu sonho é maior que o mar
e porque a vida tem de cumprir-se!

Inserida por Eliot

⁠E outros dias virão!...
E com eles outros versos
menos amargurados, mais sentidos,
como pedras primeiras, bem alicerçadas,
na reconstrução de vidas destruídas!
A tristeza dos dias tumultuosos secará,
a fonte dos meus olhos minguará
e o poeta poderá enfim cantar...

Inserida por Eliot

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