Água Fria
Quando estiver quase a adormecer passem-lhe o sono pela torneira da água fria. Desatem o nó aos soluços que atravessam a garganta. Façam-no sentar à esquerda dos versos que mais não são que duetos com outras solidões. Risquem a pele os nervos a voz os pulsos com lâminas de encurtar distância. Quando estiver quase a amar. Não lhe ensinem amor como fazer de conta que se desfaz em conto de fadas.
ÁGUA FRIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não gaste suas exclamações com quem só tem reticências para devolver.
Você provoca com fósforo e faísca, quando pega fogo, Vem e joga água fria. Será você esqueceu que eu sei renascer das cinzas?
Gato escaldado tem medo de água fria
Não mais confio quando diz-me te amo
Não acreditarei em uma letra de tuas palavras
O que se diz doce da sua boca eu reclamo
Pois amarga como o cruel sabor da solidão
Não esperarei assentado muito menos em pé
Pois em você não acredito não
Não sei o porque adora demonstrar o que não é
Com você o talvez tem mais sentido
Pois por muitas vezes o sim sempre foi não
Ainda me lembro dos momentos sofridos
Gato escaldado não se molha mais não.
Seus pés pisaram a areia branca... quente, macia.
Num salto, molhou os pés no mar... a água fria.
Incerto ainda, o corpo todo mergulhou num movimento certo
deixou-se levar pelas águas do mar,
as ondas de leve a balançar.
O calor... o frio
A vida... a morte.
O corpo inerte.
As ondas... o movimento contínuo,
ir e vir... quebrar e reconstruir.
Então...
seus pés pisaram de novo a areia quente
agora milhões de ideias em mente...
e a vida toda pela frente.
Já me jogaram tantos baldes de água fria e cá estou, acordada pra vida. Que assim continue sendo. Deus me livre de um balde de água quente.
Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria...
“Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria, como poderei viver...” assim cantou Milton Nascimento. Pode um peixe viver fora d’água? Levando ao pé da letra, no denotativo, não, mas, num olhar conotativo, muitas vezes vivemos assim, “fora d’água”, anos e anos a finco. Isso acontece quando vivemos em um lugar, com o desejo de estar em outro, como se o corpo estivesse ali, mas a mente está habitando outro ambiente. Ou até mesmo estar ali, mas querer estar fazendo outras coisas, com outras pessoas. Quando não se comunga dos ideais das pessoas que o cercam, quando o programa de tv, o filme, a música que toca aqui não te toca. Viver fora d’água é não se empolgar com nenhum programa, nenhum lazer. É não achar graça de nada, até de uma boa piada. É perder a vontade de sorrir. É não sentir o paladar, mesmo quando é servido o seu prato predileto. É não ter motivação para fazer planos, é a ausência total de estímulos. É ser dominado por um sentimento vazio, oco, sem conteúdo, sem esperanças, sem futuro! Viver fora d’água nada mais é do que viver infeliz.
E ninguém quer viver infeliz. Todos nós vivemos com um objetivo único: ser feliz! A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade – é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, viajar, fazer planos, etc. Ela – a tal almejada felicidade – que nos convence de que a cada uma das conquistas, seremos felizes e assim nos dá disposição para lutar por elas.
Ser feliz é mais, é sentir prazer em estar ao lado de quem amamos, fazendo coisas simples, como assistir tv agarradinhos, ouvir uma música antiga, ir ao supermercado, preparar um o prato predileto do outro, passear de mãos dadas no final da tarde. Simples como brincar com as crianças, leva-las na praça, ensiná-las a andar de bicicleta, jogar bola, jogar vídeo game, fazer pipoca de chocolate com guaraná, tomar sorvete, montar acampamento no meio da sala, fazer cabanas de lençóis, etc. Ser feliz é achar graça em tudo, é rir do nada, simplesmente ter o sorriso estampado no rosto. Ser feliz é recordar, lembrar com prazer dos momentos vividos de simplicidade.
Se o que buscamos é a felicidade, por que insistimos em viver fora d’água? Por medo? Por comodismo? Por ser mais fácil viver na zona de conforto? Por insegurança? Não vale a pena trocar todos esses sentimentos pela arte de tentar, de mudar, de fazer acontecer? Enfrentar esse medo, romper as barreiras da zona de conforto, pisar em terreno desconhecido, arriscar, e tentar?
Vou tentar.. Sei que na tentativa, no terreno desconhecido posso pisar em campo minado e me machucar, mas vou tentar...E se me arrepender? Que eu me arrependa, mas arrependa de ter tentado, arrependa do que fiz, mas que eu não carregue, nunca, a incerteza de como seria se tivesse tentado! Por isso vou tentar... tentar ser feliz! Porque a vida anda passando tão depressa que meu medo maior é que não dê tempo de viver dentro d’água!
Minha alma ferve com tantos sentimentos. Se forem me jogar baldes de água fria que sejam muitos, pra todos os momentos. Senão não adianta.
Como pode…
Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria?
Como pode eu menino viver nessa nostalgia?
Como poderei viver, não sei se vou sobreviver
nessa tua, nessa tua, nessa tua vida crua,
onde o próprio ser humano se mata de amargura.
Como poderei viver, se estou a enlouquecer…
Choro
Aceito baldes de água fria,
porque minha menina
dos olhos está com sede
e quer se saciar.
Quer mandar o peso sair,
a tristeza fugir,
pra de novo te encontrar.
E depois deixar,
por tanto amar,
tudo vazar:
toda essa água
já salgada,
escorrendo mansa e
descendo quente
pelo meu olhar...
Te vejo então na minha frente
e percebo que você é o meu reflexo.
Mesmo parecendo sem nexo,
choro!
Te devolvo assim a água fria...
Perdoa amor, a ironia!
Sou comprometida com o amor, a felicidade e a paz de espirito. Jogar um balde de água fria sobre este maravilho estado de espírito de nada vai lhe adiantar!
Cuscuz a gosto!
Põe a massa na bacia
pra ele ficar composto
misture com água fria
e o sal coloque a gosto
basta um cuscuz por dia
pro cabra ficar disposto.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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