Açúcar

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Quero comer bolo de noiva,
puro açúcar, puro amor carnal
disfarçado de corações e sininhos:
um branco, outro cor-de-rosa,
um branco, outro cor-de-rosa.

Quando a vida tá azeda, dá uma reboladinha que o açúcar tá no fundo...

A civilização do açúcar teve suas santas; suas mulheres, grandes sofredoras, que humilhadas, repugnadas, maltratadas, criaram filhos numerosos, às vezes os seus e os das outras mulheres mais felizes que elas; cuidaram das feridas dos escravos; dos negros velhos; dos moradores doentes dos engenhos. (...) Teve as suas Dona Mariazinhas, Donas Francisquinhas, Donas Mariquinhas que desde meninas, desde a Primeira Comunhão, não fizeram senão cuidar dos maridos, dos filhos, dos escravos, dos santos.

Gilberto Freyre
FREYRE, G., Nordeste

Homem adora colocar a culpa no açúcar quando não consegue o que quer, incrível. A mulher não tá afim? É doce. Deve ser difícil aceitar que a mulher não tá na sua mão o tanto que você disse pros amigos que ela tava. Esse desespero em querer estar sempre por cima chega a ser hilário, quase um complexo de inferioridade embutido no machismo. Se você some uma semana, eu tô no meu direito de não querer mais te atender. E não, não é doce, não é birra, não é imaturidade, eu só não to a fim. Fiquei a fim de outro, demorou demais. Fiquei a fim de mim, minha fase, meu momento. Se você teve o seu e não aproveitou, supera. Mas chega de ficar enchendo a mulher de açúcar só porque agora é você quem tá sem sal.

"Eu te amo" virou uma frase tão romântica quanto "Me passa o açúcar".

Você quer passar o resto da vida vendendo água com açúcar ou quer ter uma chance de mudar o mundo?

(Steve Jobs tentando convencer John Sculley, CEO da Pepsi Co., a assumir a Apple)

Steve Jobs
Odyssey: Pepsi to Apple, de John Sculley e John Byrne

A vida é como café sem açúcar, cada um adoça ao seu gosto... mas ainda há quem prefira amargo.

Sem açúcar

Todo dia ele faz diferente
Não sei se ele volta da rua
Não sei se me traz um presente
Não sei se ele fica na sua
Talvez ele chegue sentido
Quem sabe me cobre de beijos
Ou nem me desmancha o vestido
Ou nem me adivinha os desejos

Dia ímpar tem chocolate
Dia par eu vivo de brisa
Dia útil ele me bate
Dia santo ele me alisa
Longe dele eu tremo de amor
na presença dele me calo
Eu de dia sou sua flor
Eu de noite sou seu cavalo

A cerveja dele é sagrada
A vontade dele é a mais justa
A minha paixão é piada
A sua risada me assusta
Sua boca é um cadeado
E meu corpo é uma fogueira
Enquanto ele dorme pesado
Eu rolo sozinha na esteira

Então você cresce, amadurece, e aprende, a duras penas, que o mundo não é feito de açúcar, que os adultos nem sempre detêm a verdade (quase nunca detêm...), que algumas coisas não saem do jeito que a gente quer. Mas a dor do crescimento aparece mesmo quando você descobre que algo em que você acreditava deixou de existir.
É assustador ter que reformular tudo aquilo que te constituía e não constitui mais.
Temos que estar dispostos a abrir mão de nossas crenças, de nossos planos tão reais, palpáveis, terrenos... para acreditar numa nova realidade.
E vamos descobrindo que nada é tão real, palpável ou terreno. Que tudo pode mudar num piscar de olhos, enquanto nos apegamos ao que é conhecido.
Percebemos que vivemos, mas não pertencemos. Amamos, mas não controlamos. Temos fé no invisível, mas nunca estamos prontos...

Quando se precisa de sal, não adianta ter açúcar.

O ciúme é amargo.
É que nem leite talhado, não há açúcar que adoce ou mude o estado.

Ai, que enjoo me dá o açúcar do desejo.

No Brasil é tudo importado: eu, você, a língua, os índios, a cana-de-açúcar e o café.

Tom Jobim

Nota: Paráfrase de trecho de entrevista à Revista Qualis em 30/11/94: Link

Café

Sem açúcar
Amargo
Nada ralo
Para não esquecer do gosto
Disposto
Oposto da calmaria

Que te faz acelerar pra nada perder

Muito cuidado! O que você chama de veneno e te mata para mim é só açúcar... e adoça a vida!

Certas dietas são simples. É só cortar açúcar, frituras, massas, molhos, bebidas alcoólicas, pães, biscoitos... e os pulsos.

Nunca fiz de boazinha... odeio gente que lamenta a vida...
não sou doce e nem açúcar... adoro bagunçar a vida...
sou do tipo tempestade... nunca consegui ser calmaria...
Nasci quente, fervendo, nasci provocante… feito bebida... uma dose de mim envenena… e se não envenenar... vicia!

Antigamente pediam pro vizinho um pouco de açúcar, hoje pedem a senha do Wi-Fi!

Um pouco de açúcar e uma dose de desapego, por favor. Ah, frio. Bem frio.

Escapulário

No Pão de Açúcar
De Cada Dia
Dai-nos Senhor
A Poesia
De Cada Dia.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.