Acomodado
Quando dentro de uma caverna, acostumado, acomodado, tiramos o indivíduo que lá estava há muito, ele resistirá.
Jamais conseguirá voltar...
Seta da vida
Cerrei a porta do carro. Acomodado no banco percebo o movimento do tempo. Naquele instante eu despedia de mim os ruídos que estavam a minha volta, e almejava construir uma concentração. As provas de ruas da autoescola são enganosas. Provocam apenas ilusões de que o acontecido desacontece na realidade. A cena foi trágica: errei a seta. Naquele momento o corpo de minha continuidade humana estava sangrado. No vazio enorme daquele carro com duas pessoas me observando senti uma ausência de humanidade daqueles que me examinavam. Do carro, eu era o corpo, o examinador, a voz.
Aquela curta distância percorrida entre um quarteirão e outro era revelador. Era a reprovação. Não consegui a minha liberdade por causa da seta do carro, mas continuo dando certo as setas da minha vida.
Os omissos, os acomodados e os hipócritas, em geral, levam a vida com mais leveza e são, pela sociedade, recompensados com o bônus da aceitação pacífica deste seu
comportamento. Já os seus opositores, em geral, ficam com o ônus que são as críticas, o olhar atravessado e a solidão social por se exporem pelo bem comum.
Nós em nossa maioria somos muito acomodados frente à seriedade da vida.
Perdemos tantas oportunidades e chances de mudanças, que lá no futuro, nos cobraremos, porém, sem chances de retorno.
Neste comodismo estamos sempre culpando algum detalhe, até inexistente, para ter prorrogado aquela decisão que nunca chegou.
Ficamos ali esperando melhores condições, e com isto perdendo aquele tempo precioso, irrecuperável.
Quando nos damos conta, nada mais poderá ser feito, pois não teremos mais tempo, saúde suficiente, ânimo e nem outras condições necessárias, que estariam disponíveis no princípio.
E desta forma selaremos de vez nosso destino inglório.
(teorilang)
As ocupações dos líderes hipócritas, obsoletos e acomodados com instrumentos de seus ministérios fracassados, usam as preciosas horas das habilidades de seus seguidores à mercê de seus estagnados propósitos, em vez de treiná-los para a edificação da igreja.
Se nos rendêssemos aos caprichos dos acomodados, ainda hoje teríamos lampiões no lugar de lâmpadas ou carroças no lugar de carros, mas o progresso é dos vanguardistas e dos ousados.
O despertar
No anoitecer gélido,
acomodado junto ao supedâneo
contemplo a construção simétrica e harmoniosa,
com colunas e pórticos jônicos,
circunvalado pelo jardim recoberto de hera,
as luzes, reverberadas por candeeiros concatenados,
proporcionam beatitude!
Absorto nas obras helenísticas:
as aspirações, a razão e o irracional,
os questionamentos socráticos,
a busca das verdades pelas suas ideias,
as perguntas frequentemente reveladoras...
O saber, injustamente retribuído com uma taça de cicuta!
“Acalma-te poeta, a intenção não é a de emular nem exortar...
Quais as perguntas que te fizestes ultimamente?
Do que tens medo?
Pergunta-te, sê um crítico, não hesites!
Eis o ardil, conhece-te a ti mesmo, é fundamental...”
Na presença da solitude,
refutando imagens icônicas,
repleto de perguntas.
Repasso o epítome que desafia...
Recolho-me às mais profundas nuances do ser.
As luzes, impetuosas, irrompem...
Uma epifania...
É o despertar da filosofia
O triunfo da Eudaimonia...
Compreensível? Está indo a fundo? Não...
Tudo acaba no silêncio reflexivo deste poema...
Faça o seu melhor;mas prepare se por divergências,principalmente aos acomodados que se satisfazem com tão pouco.
Incrivelmente a vida,
Os acomodados incomodam a não decisão irrita e a falta de atitude cansa.
Por que o medo nos paralisam e nos deixam no mesmo lugar?!
Talvez aquela imagem de algum filme nos inspiram e quase nos fazem voar, mas logo logo o sonho é interrompido pela realidade.
Incrivelmente que desastre estamos vendo nesta vida, poderia ser uma vida incrível.
Inalcançável todos os desejos e aspirações, e quando chegamos lá e descobrimos que não é o lugar queríamos estar.
Verifique os passos a frente, não se prenda ao passado
Acomodados!
Espero o tempo passar,
chegar, mudar, curar.
Mas o tempo
o que ele pode fazer?
Se eu não agir,
Não escolher,
Não me levantar,
Permanecerei a mesma
vendo a vida passar
sentada aqui neste sofá.
“O diabo não incomoda os acomodados. O diabo não tenta os fracassados. O diabo está em derredor, rugindo como um leão, daqueles que sonham com algo melhor na vida. O diabo quer tirar você do processo da bênção.”
No consciente coletivo,
Caminha o acomodado consumista,
Monstruoso decrépito egoísta,
Enclausurado pelo protótipo cosmopolita.
Aprecio as coisas quietas:
um gato acomodado no sofá
um pássaro aninhado no coqueiro
o santo na charola ou altar.
Coisas que dão vida ao silêncio
que trazem à reflexão
e transmitem a sensação de paz,
mas, às vezes,
é preciso certos barulhos:
a criança que grita
os cantos silvestres
os rios que correm
é a vida vibrando
e o silencioso
anjo alegre
nos protege
o mundo vibra
e irradia
o equilíbrio há de ser,
o que a alma procura,
e o olhar há de ver-te
num infinito de ternura.
A verdade é que muitos fogem da real e eterna sabedoria por estarem profundamente acomodados e apegados a seus vícios e vaidades, que adornam como uma falsa beleza fúnebre que teimam em acreditar e idolatrar, por mais que no fundo saibam que isso é mentira, relutam para permanecerem cegos e tolos, porque o caminho das verdades eternas requer desapego (orgulho e vaidades) e confronto com nossos demônios e fantasmas (vícios e miséria), para então iniciar a caminhada para o despertar do Cristo em nós.
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