A Inteligencia Nao se Mede
“Há um tempo em que você precisa parar de tentar se explicar. Não é soberba, é maturidade. O ouro não faz discurso, não precisa de plateia, ele brilha mesmo enquanto está enterrado”
Medo de Amar
Se um dia gostar de alguém, não tenha medo de abrir seu coração e falar dos seus sentimentos, pois os sentimentos devem ser compartilhados, e falar do que se sente é maravilhoso, por quantas vezes perdemos pessoas por medo de falar, o que se sente, ou deixamos alguém que poderia ser um amor ou uma paixão, sair de nossas vidas, por medo de falar o que estamos sentindo pela pessoa, então sempre que gostar de alguém fale, não tenha medo da reação do outro, você disse o que sentia.
Dignidade Vale Ouro
Em meio às voltas da vida apressada,
Seja a verdade tua estrada traçada.
Não importa o caos ou a escuridão,
Jogue limpo, siga o coração.
Não minta, não omita, não finja saber,
O que pesa na alma, só tende a doer.
A verdade liberta, mesmo que doa,
É ponte segura, firme, boa.
Tenha cuidado com o que se entrega,
Afeto não é brinquedo que se pega.
Seja inteiro, seja luz, seja gente,
Seja sempre claro, transparente.
Quem planta respeito, colhe amor,
Quem age com honra, não sente temor.
A vida devolve, de forma certeira,
Tudo que damos, de maneira verdadeira.
Dignidade… tesouro profundo,
Mais valioso que o ouro do mundo.
Pois quem vive de forma honrada,
Deixa sua alma bem enraizada.
Às vezes, tenho tanto pra dizer, pra sentir, pra entregar…
Mas sempre esbarro em quem não sabe o que fazer com tudo isso.
“Ele Só Quer Que Você Volte”
Deus não espera que voltes perfeito,
Nem com as vestes limpas, o olhar ereto.
Ele conhece o peso do teu deserto,
E mesmo em silêncio, está sempre por perto.
Ele não quer tua máscara polida,
Quer tua dor, tua alma ferida.
Não pede que venhas com obras e glórias,
Mas com o coração, e suas memórias.
Volta com falhas, com medo, cansado,
Com o peito em pedaços, o passo arrastado.
Volta chorando, sem saber orar,
Só volta… Ele sabe como te abraçar.
Não é o brilho que o céu reconhece,
Mas o arrependido que enfim aparece.
Pois mais que o justo que nunca se vai,
É o filho que volta que o céu atrai.
Então, não te escondas na culpa ou na dor,
Teu lugar está firme, selado em amor.
Deus não espera que voltes perfeito…
Ele só quer que voltes. E te chama, do mesmo jeito.
Você não está perdido.
Está em processo.
Deus ainda está escrevendo sua história,
mesmo que, agora, tudo pareça confuso.
E ouça com atenção:
Ele não espera que você volte perfeito.
Ele só quer que você volte.
Volte com a alma rasgada,
com o coração remendado,
com os olhos marcados por lágrimas antigas.
Volte sem medo.
Volte com verdade.
Volte com sede.
Porque quando você volta,
não é para o julgamento…
é para o recomeço.
Deus não te quer limpo pra depois te amar.
Ele te ama para depois te limpar.
Ele não pede força,
Ele te oferece refúgio.
Ele não exige que você acerte tudo,
Ele te convida a caminhar ao lado dEle,
um passo de cada vez.
E mesmo que você tenha se afastado mil vezes…
basta uma volta.
Um olhar.
Um “Pai, eu tô aqui”.
E o céu se abre em festa por você.
Então levante-se.
Mesmo ferido.
Mesmo cansado.
Mesmo sem entender tudo.
Deus não desistiu de você.
E nunca vai desistir.
Volte.
Porque a graça não espera perfeição…
Espera decisão.
Tenho uma mão cheia de nada.
Mas está cheia! E tenho esta mão.
Não me enriquece nem é apelativa, mas eu não a escondo nem dela me envergonho, esta mão cheia de nada passa despercebida, ou melhor dizendo, vira-se o olhar pois incomoda; incomoda e aterroriza simultaneamente, é que a pobreza de espirito de quem finge que não vê é imensuravelmente maior do que a pobreza de uma mão cheia de nada.
Com esta mão eu não perdi o direito de apontar embora seja ignorada se o fizer e caso o faça, será com a minha estima pessoal totalmente destruída, ai que força que é precisa para nos levantarmos!
Com esta mão que convém ser desmembrada, pego na caneta e reescrevo a historia...ou talvez não; no entanto vejo nela a minha força, e enquanto a mão se destaca por estar vazia, eu estou ligada a ela e dentro de mim, em mim, há mais do que esta mão que mostro e também esta mão que mostro, não tenho receio;
Se um dia por qualquer motivo me apertar a mão aquele que antes passou por mim e fingiu não me ver, eu sou rica em conhecimento e sei com quem lido, até posso brincar um pouco ou até muito, se a ética não fizesse parte de mim e por isso reflito e talvez já com mais astucia e até maldade...ai o que eu podia fazer! Pondero.
Se um dia me apertar a mão aquele que me ignorou e nem me reconhece porque a minha mão já julga poder servir-lhe, eu acedo, mas estou longe, ausente, tal como quando passou por mim esse alguém e me virou as costas;
A sua intenção? Sim, sei qual é. Assim a minha sensação é a de estar à frente de um pateta; pelo contrário, esse alguém jamais me conhecerá e não irá tirar de mim o que procura.
Experiência de Vida.
E já agora, pelos mesmos motivos, caso a minha mão não estivesse efetivamente vazia, a minha reação era exatamente a mesma.
Lisboetas, não me sigam que eu não sigo Lisboa;
De Lisboa trago no peito os estudantes e suas histórias que deslocados como eu, de outras zonas do país, de outros países, de diversas áreas de estudo, em Lisboa a dada altura se encontraram e conviveram - amei, aprendi; Mas esses estudantes que tal como eu procuravam apoio, algum conforto, algum convívio, escapar um pouco ao seu isolamento nesta cidade fria,... - não era por acaso o nosso encontro - traziam consigo também muita dor, alguns simplesmente regressaram a suas terras natais, outros simplesmente não o podiam fazer por várias razões, ali permaneciam por anos, os estudos deixavam de ser a sua razão de estar em Lisboa, a sua ligação às Universidades servia muito mais como necessidade para ter visto e permanecer neste país - em muitos casos já nem tinham pátria e noutros tinham uma pátria em guerra, além de outros motivos; o meu foi ter sido ostracizada desde os 18 anos por membros da minha família, a minha razão de permanecer em Lisboa prendeu-se com o facto de ter servido mais a outros do que a mim própria . interesse nas matérias? como ter consciência disto e manter as notas e rigor pelo qual sempre me havia pautado?...
Eu, outros que como eu se reuniram em Lisboa, não era Lisboa que queríamos, era a nossa casa, a nossa família, o nosso país, e que o nosso país permitisse estudar, viver, continuar a crescer e a fazer crescer o povo a que de facto pertencemos um dia. Agora passear em Lisboa nada me diz, já não encontro lá as caras amigas ou pelo menos as com que mais convivia, nem sequer era expectável, estava implícito que entre nós eramos livres de estar ou não, de falar ou não, de aparecer ou desaparecer, de dizer o que pensávamos ou não,..; apenas havia uma regra, também implícita, o respeito.
No primeiro dia que a Lisboa cheguei chorei agarrada as paredes da rua da escola politécnica, não era meu hábito chorar, muito menos no meio da rua, mas chorei compulsivamente como um bebe, não querendo ficar, não podendo evitar de ficar; fiquei...até hoje.
Tudo é vazio para mim em Lisboa, desde há muito.
Tudo esvaziou gente e gente em Lisboa.
Não são as suas ruas que deram significado a Lisboa, outras terras, outras cidades, são as pessoas. Querem manter o turismo, querem mudar o povo que lhes deu a sua originalidade, estão a despir esta cidade e aos olhos de todos querem vender aos turistas a Lisboa de outra ora; pode durar uns anos, e depois cessa e enquanto isso a cidade já foi vendida; não sendo Lisboa, não sendo uma terra, sendo apenas uma pessoa, se por todos os meios me despojarem de mim própria, deixo de ser quem sou, tal como Lisboa ou outra terra ou pessoa; ao me despojarem de mim, ganharam uns anos para comprar e vender o que querem, depois também cessa, mas já cá não estou mesmo que o meu corpo permaneça, fica aqui o meu testemunho enquanto ainda há algo de mim em mim própria que não me tiraram.
Não me sigam lisboetas, eu não sigo Lisboa!
Ao lutar, escolha bem as armas que usa.
Recursos? Veja bem os que tem. Não aceite de olhos vendados "ajudas" alheias.
Está limitado? Todos estamos, quem lhe diz o contrário, talvez queira vender algo aproveitando as suas fragilidades para fazer face à deles próprios, talvez...
Que luta não é desigual? Se a luta fosse igual, as forças estariam equilibradas e portanto não existiria luta ou guerra...quem ataca também tem medo.
Quem ataca tem medo? Se assim não fosse, para que precisaria convencer este mundo e o outro além trincheiras? Trincheiras que delimitam um ringue mas não o campo de batalha.
Quando entram discretamente nas nossas casas e atacam nas nossas próprias raízes, não precisam de enviar soldados, não precisam derramar o seu sangue... nós tratamos de tudo aniquilando-nos.
Ao olhar para o mundo, suponho estar a ver mal, parece-me assistir a um suicídio colectivo.
Eu sou otimista, sonhadora...ou estaria calada. encolhida no meu canto, aquele que dizem ser o que devo ocupar.
Feliz Dia do Trabalhador ‼️
A festa agrada.
Cuidado com as canas.
- reflexão imperfeita por alguém imperfeito, permeável, eu.
Atrofiarmos nossa telepatia e a transformarmos em palavras.
E quantos ainda não sabem dizer o que sentem ?
“Lo confesso“ (soneto)
Os versos de amor que não lhe cantei
Aquele poema tão terno que não o fiz
Por achar que era sabido o que te dei
E que todo meu sentido lhe era servis
Passei pela saudade e de ti não serei
Vi que foi mesmice, pois teu olhar diz
Mas em cada verso no versar te porei
Registrando o quanto, então, te quis!
Mas agora é tarde, apenas sensação
Não mais sinto uma delirante paixão
Revelo-te sem quaisquer nostalgias
Leia-me com os olhos do sentimento
Pois, são confissões sem sofrimento
Que deixei abafadas noutrora poesias.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 julho 2025, 20’09” – Araguari, MG
