Voz do Silêncio
Confessamos com um olhar, silêncio em voz alta sem mais palavras apenas sensações de um sentimento inexplicável, tão bela e intensa a alma se expressa.
Sem Voz
Eu ouço o som do seu sumiço
Do seu adeus
Da falta do som dos seus passos
Do som silencioso dos nossos abraços
Dos nossos corações batendo em compasso
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Lembre-se que você deixou pegadas
Que sigo cego onde quer que vá
Não vou te encontrar,
Mas é só o que restou: acreditar
Que você ainda vai voltar a me olhar com aquele olhar
Que volta a me falar,
Que ainda dirá, mesmo mentindo, que vai sempre me amar
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Se um dia o som dos gritos silenciosos que dei chegarem até você
E seu coração bater de novo daquela maneira de antes
Saberá que estou muito perto de você
No lugar que sempre estive
Mesmo sem você entender
A barreira do som da nossa voz
É esse tempo e essa distância que vive entre nós
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz,
Sem voz...
"O silêncio que ontem calou minha voz, é o mesmo, que hoje ainda, lhe fala ao coração e lhe inquieta a mente."
Aquieta-te e ouve a voz do silêncio, ele tem muito a te dizer. Aprende com ele, pois a tua essência está no silêncio.
Se me conhecesse saberia que me assusta o silêncio, pois posso ouvir a tua voz sussurrando segredos, saberia que gosto dos dias chuvosos embora me enrolem em uma doce tristeza. Que posso beber café a qualquer hora do dia. Que falo muito quando estou contente e pouco quando estou nervoso. Saibas que nunca faria mal a ninguém, e que não há nada que não faria por um amigo. Que penso tanto quanto falo, que sonho tanto como choro. Gosto dos filmes e séries quase tanto como dos meus livros, me afasto de mentes quadradas. Se me pedires posso te contar um conto todas as noites e as histórias de que são feitas as estrelas. Se me conhecesse saberia que poucas pessoas amo de verdade, que respeitar sentimento, é ser feliz com quem te ama e está do seu lado pra tudo. Saibas que eu já errei, que já falhei, mas nada foi intencional. Se me conhecesses talvez não falaria tanto, talvez você me convidaria para uma boa conversa e uma xícara de chá, talvez até contar teus segredos, talvez pensaria duas vezes antes de me condenar, e por não ser o anjo que esperas, até podes perdoar-me.
No silêncio da madrugada o bom ouvinte também precisa falar, deixe a voz do outro também se expressar.
"Mas quando a tua falta me pesa gravemente, quando o eco devolve a tua voz no silencio. Apenas eu me encontro sozinho na escuridão..."
VOZ DO SILÊNCIO
O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos
No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera
É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos
Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano
Silêncio.
O silêncio é privilégio.
Fico imaginando Deus a ouvir todos os sons da terra se propagando em ondas até o céu, e invadindo o seu universo, todo dia e toda noite… sem parar e infinitamente… infinitamente barulhento e ruidoso… sete bilhões de vozes, mais bilhões de ruídos de animais, e folhas e ventos e objetivos que se chocam, sons estridentes, músicas boas e ruins… buzinas, gritos, e orações. Pensamentos… preces silenciosas para os ouvidos, mas que soam ao coração. Sons de tiros, sons de gaitas e foles, o som de um parto, de uma obra qualquer… todos estes sons somados um a um, espalhando-se e multiplicando-se até os ouvidos de Deus. Meu Deus! Impossível de imaginar…
O silêncio é liberdade. É libertador.
Mas é quase utópico.
Estamos sempre acompanhados de sons… do mundo todo, e dos pensamentos, vozes, imaginação, inconsciente… até quando pensamos estar em silêncio… será, que de fato, estamos?
O silêncio é necessário…
Porém, ele, na verdade, não existe…
Falamos em silenciar o exterior, sempre na perspectiva de calar uma voz para ouvir outra (no caso, a interior), mas nunca para que não escutemos nada, de fato.
Como silenciar o externo, o interno, o consciente, o inconsciente, como é que podemos estar realmente, em silêncio absoluto?
Se silenciarmos tudo, ainda assim, a batida de nosso coração produziria som…
O silêncio absoluto significaria, então, a morte?
Nesta vaga reflexão,
Chego à conclusão de que atingimos o silêncio quando, na verdade, calamos a nós mesmos, aos outros tantos, e nos permitimos ouvir a voz e o som de Deus… é quando o som, seja interno ou externo, vem cheio de paz e alegria para a alma, para a mente e para o coração. Quando ele simplesmente conforta…
Silêncio é quando nos permitimos sentar no banquinho do jardim de Deus.
Basta alguns instantes de silêncio, principalmente, na madrugada, para que os meus pensamentos fiquem mais barulhentos como se falassem em voz alta, todos aos mesmo tempo em um dialeto formado de certas palavras e veementes sentimentos.
O meu sono em vários momentos foi afastado graças a este barulho da minha mente e muitas vezes o que pude fazer a respeito, foi organizá-lo através da inspiração, transformando-o em versos e assim, ainda faço, um dos jeitos de não desperdiçar o fato de ficar acordado.
E por consequência, a partir de um horário inoportuno, um poema pode ser formado, um caos convertido em clareza, algo que já é muito esperado, tratando-se de um poeta, que ainda que seja um novato neste mundo poético, fica facilmente inspirado.
A voz do silêncio
fala sem palavras,
prefere usar os sentimentos
que, dificilmente, se calam,
sejam alegres ou tristes os momentos.
MUITAS VOZES (HOMENAGEM FERREIRA GULLAR)
Que vozes são essas?
Que até no silencio fala comigo?
Procuro dizer sem saber
O sentimento fala em meu ser
Dos poemas lidos
Dos amores esquecidos
Dos amigos perdidos
A voz presa na garganta
São manifestos?
São esperanças?
As vozes são tudo que carregamos
Do pai
Da mãe
De anos
O tom que temos
O tom que sabemos
É herança do que já esquecemos
Muitas vozes ao mesmo tempo falando
Eu aqui em silencio
Apenas observando
Voz do silêncio polifonia vazia
Voz do amor melodia tardia
Voz avós vós uníssono
Ressoa no luto a dor
Grito sem voz
Início e fim
Voz avós
A vós
Vó
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