Voz
Ela
Cansei do meu próprio sofrimento
o arrependimento é a voz que te delata
na forma exata que nasceu o acalento
sobra o lamento da mulher que foi ingrata.
Recomeço
já não consigo descrever quem somos nós
a minha voz não declama poesia
quem repudia muito antes do após
faz do algoz aquele ombro em que confia.
Sem perdão
Você não aceitou o meu perdão
a razão era o tom da voz ativa
se a dor é viva e rasteja pelo chão
meu coração foi um barco à deriva.
Ode a Bailarina
Fecho os olhos e escuto a voz de uma doce flauta doce.
Ébrio, inebriado por perfumes de flores amarelas
Percebo que tem uma bailarina bailando ao meu redor
Está vestida de assas de borboletas
Traz um chapéu bordado
Um cachecol com cores que não imaginava existirem
Um nariz vermelho de palhaço
Um sorriso encantador, que encanta a minha dor
Seus pés não tocam ao chão
És livre, linda, liberta
O som de sua risada me envolve, esquenta, me devolve
Abro os olhos e me vejo dançando no meio do metrô
Todos do vagão me olham com indignação, reprovação
Cheguei em minha estação, tenho que voltar ao trabalho
... ainda ouço a flauta e sua risada doce.
POR UM FIO
Não quero o amanhã...
Debilitados estão os meus músculos,
A voz do discernimento geme,
Pedindo o propósito para prosseguir.
Quem vai cortar esse fio?
O ser que controla a navalha da vida indaga:
E Quanto as Alegrias...?
Foram imensos balões, robustos, coloridos,
Onde o tempo tirou as cores e os tornaram-se sem ar.
Fumaça; dissipou-se.
E as fortes Paixões...?
Correram nas veias enganando o coração,
O desejar e ser desejado,
Obra da imaginação.
Fumaça; dissipou-se.
E o amor...?
Voz pregando incondicionalidade.
Pura obra do egoísmo.
Ninguém ama por amar,
Imprescindível algo em troca.
Esperança...
Enganar meu coração?
Às vezes penso que sim, outras vezes penso que não.
É o que me resta!
Aguardarei a morte da esperança...
Quando sentir-se triste, tente ouvir a voz do seu coração, ele sempre bateu para fazê-lo viver e sabe melhor do que qualquer um, o que você quer. Se não conseguiu o que queria hoje, é porque não era a hora.
Ainda que tentem calar a minha voz, usarei as minhas mãos,para mostrar que na escrita pode-se ouvir tão alto, quanto um grito em meio ao silêncio.
Meu Coração
Meu coração palpitou e sonhou...
Com sua voz.
Agora dorme, desfalece, morre...
Sem um nós.
Meu coração foi além, buscou...
Deu-lhe a vida.
Agora no rosto escorre...
A lágrima sentida.
Meu coração, ah... amou,
Quis viver!
Agora ele corre, cansa e corre...
Quer morrer!
Meu coração bateu forte, cantou...
Sentimentos!
Porém, agora... já não sofre,
Sem batimentos.
Fim
Os corações se aquecem com essa melodia que ouço, preenchida pela voz eloquente de Norah.
Aquilo que desenhas com letras grafitadas, mostra um esboço que tento decifrar, com certeza. numa noite encantada sem grilos...
Para virar a mesa, procuro a senha na aquarela com que distribuis a cor e torço encontrar algo no escuro...
Mais que isso:
Selar um compromisso de derrubar os muros, um desejo de abrir a janela, de par em par, escancancarar...
Alma boemia
Com a alma machucada
vou andar por esta madrugada
e, minha voz irei soltar
até a lua no céu não mais vagar!
E nessa boemia constante
nas cordas desse violão
sob o sereno da minha emoção
cantarei meu amor a todo isntante.
E a luz desse luar de prata
há de levar minha alma apaixonada
até ao portão da tua casa!
......................................
E ali, ao pé da tua calçada
de alma plena de amor e poesia
levada pelo murmurio do mar
e o canto suave da brisa
meu amor por ti,vou declara!
Hoje pulei da cama
Pensei ter escutado tua voz
Mas é meu coração que anda gritando
Falando que sente sua falta
E o tempo até parece gente
Olha o que ele fez com agente
Apressou nossa ida sem volta
Tirou nosso direito de se ver
