Voz
Quando estou ao seu lado
Fico sem jeito, até perco a voz
Mil coisas para falar e a garganta dando nós
Talvez seja isso o que o tal amor faz
Talvez eu seja incapaz
Mas meus olhos dizem tudo
Mesmo que o coração esteja mudo
Tente ouvir a voz da solidão
Misture com um balanço e faça uma canção
Depois me chame para dançar
Na rua, atrás de um muro, em qualquer lugar.
Ouve a minha voz
Bem ao pé do ouvido
Sente a minha dor
Está tudo mal resolvido
Mas deixe que o tempo
Nos mostre quem somos
Esqueça o encanto, deixe estar
Nem venha com esse papo furado
De que sente muito
Já estou farta do auê que você causou aqui
Então vá, que a ferida se cura
E as cicatrizes viram espinhos
De uma rosa que já viveu
Por mim.
Em um canto qualquer do oceano, ouve-se uma longínqua voz. Não de linha reta. Mas de oblíqua. Não uma voz certa. Mas sinuosas ondas de espera. Não uma voz livre. Mas uma voz de cautela. Voz nascida antes do universo. Para além do multiverso. Sussurro antes do verso. Da nossa face o inverso. Nosso lado controverso. Nosso fardo subverso. Nosso ser igual. Diverso. Eu me despeço. Cresço. Amadureço. Esqueço. Viro semente. Lembro. Você descrente
Percebo. Escrevo. Não leio. Distribuo papeis em branco com a minha assinatura. Viro escritura. Defiro com firma reconhecida. É preciso encarar a vida. Cansa minha face descrida. Minha face precavida. Impossibilidade de qualquer enlace. Resisto. Insisto. A angústia me abate quando desisto. Vale tudo. Vale o que vier. Só não vale desistir da vida, deitado em uma cama qualquer. Seja homem. Seja mulher. Nem só de pão vive o homem. Nem só de direitos vive a mulher. Debruço-me no parapeito. Eu posso voar se eu quiser. Seguram-me pelo pé. Poderes mágicos, para quem tem fé. Todo colar é amuleto. Todo tempo é obsoleto. Deito-me. Não durmo. Uma nebulosa no meu peito. Rejeito. Enfeito-me. Faço cachos nos cabelos. Arrumo a coluna. Encaro a tribuna. Ninguém me excomunga. Sou água profunda.
Monalisa Ogliari
''Me diga com a sua própria voz que não vai conseguir ser feliz... Se eu ouvir isso, tenho certeza que vou conseguir me esquecer de você.''
A razão, por mais que grite, não consegue superar a voz do sentimento que mesmo manso e inofensivo pode destruir lentamente aquele que o nega
Ouvir
Hoje ao te ouvir,
senti em mim algo diferente.
Senti a tua voz, como se perto estivesses,
parecia-me ver o mover dos teus lábios,
a serenidade do teu rosto, junto ao brilho
dos olhos teus.
Senti que tinhas o coração alegre, aberto.
Passei o dia, perdido em pensamentos bem
distante, saudades tive.
Voltei a te ligar para um beijo te mandar
uma forma de atenuar a ansiedade, mas logo
o coração dispara.
É a saudade
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Eu ouvi.
Não sei se um suave sussurro da sua voz, ou um grito do seu coração, mas eu ouvi.
Ouvi seus braços me dizendo: - Fica aqui mais perto.
Ouvi sua respiração replicando: - Que bom que você está aqui.
Ouvi suas pernas se enroscarem e quase que com medo falarem: - Não! Não vou deixar você ir.
Nesse lugar escuro e silenciso só nós dois podemos escutar.
E quase que como um boa noite enfim ouvi...
Ouvi seu coração dizer: - Eu te amo! Você sabe que é você.
Será que sonhei? Será que foram palavras?
Não sei, só sei que ouvi.
Ouvi seu coração dizer : - Te amo!
E em silêncio o meu imediatamente responder: - E eu a vc.
AMOR DO MAR
Voz do mar é amar o mar
Ir e voltar e dar a vida ao mar.
Amar para VidAmar,
Mar da vida é para amar
Sempre nas ondas e além do mar.
Se não houver tempo para amar
Porquê odiar?
Se a vida é feita para amar,
É porque se deve amar
Para além do infinito do mar.
Cada vez mais apaixonado estou, seu olhar me encanta, se sorriso facina, sua voz como música me rega, me move, me guia. Ser teu é pouco, tão pouco com apenas ser, um ser tão forte fragilizado pelo grande medo, receio de não te ter, ou ter e te perder. Sozinho fujo dos males para te encontrar, já não sinto as feridas, pois você me cura, me salva, tão pura a tua certeza de amor intenso, que vivo, que sinto, que amo.
Amo os cachinhos, o sorriso e a gargalhada.
Amo os olhos, os lábios e a barba.
Amo a voz, o jeito de andar e a calma.
Amo o cantar, o contar e as pausas.
Amo o olhar, o piercing e as palhaçadas.
Amo a simpatia, a sinceridade e a confiança.
Amo cada traço, cada detalhe, cada sinal de esperança.
Amo amá-lo, odeio não tê-lo.
Mas só de nos imaginar, acalento meu desespero.
SAUDADE
Saudade é esse bem que se sente
quando já passou e fica
quando o vento traz a voz e o cheiro
quando a luz brilha no Sol e na Lua
quando o dia bem podia ter sido infinito
e a noite mágica não sai da memória...
quando o sentimento preenche os dias
e nossa mão enlaça no sonho outra mão
quando o lábio sente o toque da pele morna
quando permanecem os braços que nos fecham
ainda e sempre num abraço
quando bate fundo na alma um gosto que nos salva,
a vida sombreia o dia com um olhar que acalma
e o que vai fundo na alma nos alenta
com um pouco de nostalgia. <3
(suelidesouzapinto-jan/2018)
Autorretrato
A Flávia Ampan
Um poeta nunca sabe
onde sua voz termina,
se é dele de fato a voz
que no seu nome se assina.
Nem sabe se a vida alheia
é seu pasto de rapina,
ou se o outro é que lhe invade,
numa voragem assassina.
Nenhum poeta conhece
esse motor que maquina
a explosão da coisa escrita
contra a crosta da rotina.
Entender inteiro o poeta
é bem malsinada sina:
quando o supomos em cena,
já vai sumindo na esquina,
entrando na contramão
do que o bom senso lhe ensina.
Por sob a zona da sombra,
navega em meio à neblina.
Sabe que nasce do escuro
a poesia que o ilumina.
Sou sonhos e angústias! O vírus da sociedade moderna A voz da boca da noite A lágrima dos esquecidos
Sou o sangue do pulso rasgado cultivando poesias! O templo profano... O uivo da filosofia AnarcoSurrealTupiniquim!
Nessa "democracia" que vivemos, o povo ainda acha que tem algum tipo de voz ativa? No final, fazem o querem.
O barulho das ondas não podem calar a voz Daquele que te chamou para andar sobre as águas. CAMINHE!!!
O teu olhar é como a luz do luar q in candeia a escuridão trazendo luz vida e emoção a tua voz é como harmonia em uma canção q alegra o coração seu sorriso é algo q encanta e deixa sem ar quero tanto te amar
Ouvi qualquer voz dizendo: “não sangre tanto”.
e outra, engasgada, que desconfiada de mim
tapava a minha boca com a exausta lama das lamentações.
Ouvir – estou vendo a alta cúpula do Desejo
que minha mão não toca por cansaço.
Deixo-me porque pisar determinada é artifício,
um soluço na câmara lacrada -
toco o vidro e ele se ergue imutável.
Contenho bem pouco em mim
e em redor só vejo o que exalo
um semblante circular em espiral
de uma voz
- só para mim -
sempre incógnita.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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