Vou Tentando te Esquecer
Se não posso estar lá, fecho os olhos e vou, voo, flutuo pra onde o encanto quer ficar. Nada segura um sentimento, um afeto, um pensamento. As mãos podem ficar longe, os beijos podem não acontecer, mas não há coisa alguma que tenha a força de prender um coração, nada, nem muros, nem prisão podem me fazer não imaginar, não pensar, não querer você.
Não vou mais insistir... não é bom pra mim, não foi feito pra mim, não vai ser meu. Desisto. Desisto como sempre desisti. Nunca vou até o fim.
Eu não pedi pra você aparecer
Eu não entrei nessa para perder
Nem vou sobrar de vitima
Das circunstâncias
Eu tô plugado na vida
Eu tô curando a ferida
Ás vezes eu me sinto
Uma mola encolhida
Não vou falar dessa tristeza, não vou desacatar a esperança de um momento maior de luz. Só estou desassossegada e me sinto só em meio às mudanças bruscas que a vida impôs. Tudo foi se afunilando, mas eu já havia pressentido e nada fiz. Não posso reclamar do que me assusta, só posso agradecer porque o dia é feito de 24h e de hoje em hoje tanta coisa pode acontecer. Não vou enaltecer essa coisa doendo na garganta, é apenas um instante estranho, uma tristeza de domingo chuvoso. Nem posso reclamar do que vou perder, eu que ganhei tanta coisa quando nem precisava. talvez seja tão melhor o que vem pela frente. Talvez eu esteja recusando aceitar uma alegria imensa. Por isso, não vou falar dessa tristeza que só por hoje me arranhou o sorriso, embargou minha voz, abaixou minha cabeça, inchou meus olhos de água salgada. A tristeza não é nada para quem tem a favor de si, tanto amor, algum afago, um esboço de poesia… Essa é só uma fase rasurada, uma dor que não acabou de doer. E mais nada.
Não Importa se os outros não oram, eu vou orar! Não importa se os outros não leem a bíblia, eu vou ler!
Assim sou eu...com passos firmes, olhar confiante e um sorriso constante ... vou conquistando as coisas que sonho...Com salto atravesso campos de batalha e luto pelas causas que acredito pensem o que quiserem pensar..
Patativa do Assaré.
Quando leio Patativa
vou direto a outro plano
não existe uma obra viva
com poder tão soberano
e eu me sinto a deriva
como um pingo de saliva
perdida no oceano.
Eu só precisei provar que consigo fazer isso sozinha, porque vou ter que fazer as coisas sozinha agora! .
E se deixar eu vou...
Ser ombro onde você pode chorar,
assim, vou cuidar de você, mesmo sem você notar,
e vou estar por perto sempre que precisar.
Nem precisa chamar!
Só quero dar o abraço que vai te confortar,
pra ser o pilar a te sustentar.
E te cuidar...
Pra te mostrar o valor da sinceridade,
da confiança e da verdade.
Ser a sua metade...
Isso se chama amar!
Se eu ficar sozinho com ela, meu coração vai sair pela boca e eu vou morrer. Você tá a fim de me matar? E ainda se diz o meu melhor amigo?
(Takemichi Hanagaki)
Vou te dizer uma coisa: se tentar e perder, não será culpa sua. Mas se não tentar e perdermos, então será tudo culpa sua.
Eu morro a cada decepção, a cada mentira, a cada pessoa que me abandona. E vou continuar morrendo até levarem a última parte de mim. Porque morrer é assim, um processo longo que merece ser estudado. A gente começar a morrer a partir do momento que nasce, a gente morre quando criança, nossa mãe não nos deixa colocar na boca aquele brinquedo tão interessante. Morremos a espera, morremos de esperança, morremos de amor, morremos de dor. A gente morre quando percebe que a vida não era e nunca vai ser o que pensávamos, a gente morre com a mudança. A gente morre quando cresce, morremos quando se envelhece. Quando estamos jantando à espera de um prato que nunca vem. Morremos quando percebemos que ser apenas você mesmo não é o bastante. A gente morre na calçada enquanto andamos sempre na mesma direção, sabendo que tudo na vida que vira rotina, morre em vão. Morremos toda manhã ao acordar e perceber que quem nos queríamos ao nosso lado não está lá, morremos ao café da manhã, nossos ovos hoje estão podres, morremos ao ver que o do vizinho não. Morremos sem querer, morremos de propósito. Morremos em partes, e repondo essas partes que morremos de novo. Nada voltará a ser o que já foi um dia, morrer querendo ou não te torna mais vivo. Estamos gradativamente morrendo. Se perdendo em partes, vivendo de escassos, caindo aos pedaços. Eu morri uma vez. Hoje nasci de novo, e amanhã voltarei a morrer. E vou continuar morrendo até levarem a última parte de mim.
Vou te contar, foi difícil. Precisei revirar minha vida, pra te transferir pro quartinho de empregada. Me mudei por completo, por fora, cabelo, unha, roupa. Por dentro, jeito, pensamentos, coração. Precisei de outros caras andando pela casa e me enjoando, até um dia, um deles me fazer rir. Como você nunca tinha feito. E depois outro e você foi deixando de fazer falta. Só não quero que você me culpe. Sou outra, porque você me transformou, porque foi preciso. A mesma ia continuar sendo sua, de corpo e alma presa num nada. Você nunca foi embora, mas também nunca ficou. Pensava em mim, mas nunca se importou de verdade, nunca se esforçou pra dar certo. Sua ausência já me feriu muito, me fez pensar que eu nunca ia conseguir de fato partir e aceitar uma ausência definitiva. Mas hoje já não me importa, porque tua presença não compensa os dias de espera. Porque seu telefonema não me dá frio na barriga e sua voz não me deixa mais sem chão. Eu fechei meus olhos pro mundo pra só enxergar você e fiquei cega por muito tempo. Mas depois de olhar o mundo de novo, você já não tem mais cor, não se destaca. E tudo isso foi culpa sua, obrigada. Tantos conselhos de amiga que eu engoli pra continuar de olhos fechados, mas é assim, não é? Era você quem tinha que me fazer desistir, mais ninguém. E tá feito, tô feliz, sou outra e sou minha. Aprendi contigo mais do que havia aprendido toda a minha vida, voltei a ser minha com a mesma intensidade que fui sua um dia. Precisei de mil textos sobre você, distribuir essa loucura em linhas e hoje, vim te encerrar com as mesmas linhas que te deram início, continuidade e, agora, fim.
